Bob Vieira da Costa

empresário e publicitário brasileiro, ex ministro da Secretaria de Comunicação Social no governo Fernando Henrique Cardoso

João Roberto Vieira da Costa,[1] mais conhecido como Bob Vieira da Costa (Alfenas, junho de 1963) é um empresário e publicitário brasileiro. É casado com a jornalista Bia Pereira[2][3], tem dois filhos e dois netos. Formado em Administração Pública pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas,[4] foi ministro da Secretaria de Comunicação Social no governo Fernando Henrique Cardoso, é sócio-fundador e presidente da Agência nova/sb, pioneira na área de Comunicação de Interesse Público, sua especialidade.

João Roberto Vieira da Costa
Nascimento junho de 1963 (61 anos)
Alfenas,  Minas Gerais
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Sócio-fundador da nova/sb
Agência nova/sb

Carreira

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Iniciativa privada e serviço público

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Ainda bem jovem, de 1986 a 1987, trabalhou no CEPAM – Secretaria do Interior do Governo do Estado de São Paulo,[5] gestão Chopin Tavares de Lima, governo Franco Montoro, no Programa de implantação de Consórcios Intermunicipais no Estado de São Paulo.

De 1987 a 1990, foi Diretor da DISAETE – Divisão das Escolas Técnicas do Estado de São Paulo (Escolas Técnicas Agrícolas e Escolas Técnicas Industriais), órgão ligado à Secretaria de Estado de Educação, gestão Chopin Tavares de Lima, Governo Orestes Quércia. De 1991 a 1993 foi Chefe da Assessoria Técnica de Planejamento e Controle Educacional – ATPCE - e Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, gestão Fernando Morais, governo Luiz Antônio Fleury Filho. Entre final de 1993 e 1994 foi Secretário Adjunto da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, gestão Ricardo Ohtake, governo Fleury.

Em janeiro de 1997, a convite do então ministro da Saúde, Carlos Albuquerque, assumiu a Chefia da Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Saúde, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Permaneceu nesta função na gestão de José Serra até novembro de 2001, período no qual atuou na implantação dos medicamentos genéricos no Brasil; na campanha brasileira pela quebra de patentes de medicamentos para portadores de HIV;[6] campanhas de vacinação de idosos e vacinação infantil, campanhas de prevenção à Aids, mutirões de cirurgias de cataratas e na campanha de combate ao tabaco, introduzindo a proibição da propaganda de cigarros na TV, Rádio e Revistas no Brasil e na introdução de fotos de alertas nos maços de cigarro;

Em 2001, assume o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Estado de Comunicação Social da Presidência da República,[7] governo Fernando Henrique. Foi o responsável pela introdução no orçamento da União das rubricas de destinação de investimentos pelos órgãos federais em publicidade de utilidade pública - PUP,[8] institucional e mercadológica. Com a introdução destas rubricas aprimorou-se o sistema de controle da aplicação dos investimentos federais em publicidade.

Em 2002, afastou-se da Secom por dois meses para fazer a campanha de José Serra à presidência da República. Encerradas as eleições, reassumiu a Pasta e participou da equipe de transição.

No final de 2002 e início de 2003 trabalhou para eleger o então primeiro-ministro de Moçambique, Pascoal Mucumbi,[9] diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, numa ação deflagrada pelos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula em conjunto com o governo de Moçambique, sem sucesso.

Agência de publicidade

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Em abril de 2003, juntamente com os sócios Nelson Biondi e Silvana Tinelli, cria a agência de publicidade SNBB Comunicação [10] e passa a atender a conta de Consumo Responsável da Cervejaria AmBev.[11] e logo em seguida conquistou a conta da Telecom Itália institucional e da Tim varejo.

Como sua especialidade era administração pública e planejamento estratégico, começou a participar de várias licitações. Só em 2003 foram cinco: Secom em junho, Banco do Brasil em julho, Correios em agosto – esta com êxito, mas os concorrentes entraram com recursos na Justiça e a SNBB não levou a conta – e Petrobrás em setembro. Disputou também, em agosto, a Sabesp, no estado de São Paulo, sem sucesso.

Em janeiro de 2004 entrou na concorrência da Caixa Econômica Federal e [12]ganhou, junto com a TBWA e Fischer, sua primeira conta do governo federal. O escritório da agência em Brasília é aberto. Neste mesmo ano obteve a conta da CDHU, no governo de São Paulo.

No ano seguinte, 2005, lançou o Feirão da Casa Própria. Em 2006, com a saída do sócio Nelson Biondi, a agência passa a se chamar nova/sb. A agência investe na participação de licitações de órgãos públicos e terceiro setor. Em 2006, Bob organizou o livro Comunicação de interesse público – ideias que movem pessoas e fazem um mundo melhor,[13] voltado para o governo, terceiro setor e área privada. Em 2008, foi eleito conselheiro do CONAR[14] onde ficou por dois mandatos consecutivos até 2012.

O histórico de Bob Vieira da Costa no Ministério da Saúde foi importante para que a nova/sb fosse a primeira agência brasileira a ser convidada e ganhar uma concorrência internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS). A primeira campanha mundial foi contra o tabaco em 2008, veiculada em 200 países e vários idiomas. De lá para cá foram dez campanhas mundiais[15] - 4 para o Dia Mundial Sem Tabaco, uma para a 7ª Conferência das Partes (COP7) da Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde para o Controle do Tabaco e 5 para o Dia Mundial do Doador de Sangue. A agência também fez campanhas para Organização Internacional do Trabalho contra o trabalho infantil[16] e a escravidão moderna.[17]

A nova/sb ganhou a conta do BNDES em março de 2009 e inaugurou seu escritório no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano foi eleito vice-presidente da [18]ABAP - Associação Brasileira de Propaganda, cargo que ocupou até 2017.

Em agosto 2011 obteve a conta da Secom e renovou com a Caixa, em nova licitação. Neste mesmo ano, criou a [19]nova/batata, uma agência pop up que prestou serviços de comunicação gratuito para pequenos comerciantes do Largo da Batata, uma experiência que ajudou os lojistas a melhorar a performance de vendas e rendeu à agência um dos dois prêmios Effie naquele ano (o outro foi para a campanha de proteção de pedestres criada para a Prefeitura de São Paulo).[20] Bob foi eleito o dirigente do ano e levou o troféu Garra de Galo da Associação dos Profissionais de Publicidade (APP) [21]

Publicou, em 2013, outro livro: A publicidade na administração pública,[22] contando o histórico das licitações na área da publicidade e propaganda. A publicação foi distribuída para prefeituras e para o poder público em geral.

Em 2014, a sócia Silvana Tinelli[23] se afastou e vendeu sua parte para Bob e para o diretor-financeiro, Antônio Calil.[24]

Em 2016, a nova/sb conquistou a conta do Governo do estado de Mato Grosso e abriu seu quarto escritório, em Cuiabá.[25] Em novembro, a agência é uma das três vencedoras da licitação para atender o Ministério da Saúde[26] e se torna a primeira agência de publicidade do país a conquistar um prêmio inédito e se torna a primeira agência do país a ter o Pró-Ética do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle e do Instituto Ethos.[27][28]

Em 2017, a nova/sb foi escolhida a Agência do Ano[29] no Prêmio Colunistas Brasil e levou um Leão de Bronze[30] em Cannes e dois prêmios Clios (prata e bronze) com a campanha Sons da Conquista,[31] feita para a Caixa Econômica Federal.

Artigos publicados

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  • Até a churrasqueira ficou verde (Valor Econômico, 1 de abril de 2008)[32]
  • Publicidade, crise e novas demandas sociais (Folha de S.Paulo, 29 de janeiro de 2009)[33]
  • Surfista do Interesse Público (Folha de S.Paulo, 30 de setembro de 2015)[34]
  • O mito da tolerância (Folha de S.Paulo, 3 de agosto de 2016)[35]
  • Enfim, uma boa notícia (O Globo, 13 de abril de 2017)[36]

Referências

  1. «Verbete biográfico». Fundação Getúlio Vargas. 18 de dezembro de 2002. Consultado em 23 de junho de 2017 
  2. «Mentalistas: Vamos falar sobre suicídio». O Estado de S. Paulo. 26 de setembro de 2017. Consultado em 10 de outubro de 2017 
  3. «Questão do lixo não mobiliza usuários de redes sociais no Brasil». O Globo. 16 de julho de 2017. Consultado em 10 de outubro de 2017 
  4. «COSTA, João Roberto Vieira da | CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil». Fgv.br. Consultado em 23 de junho de 2017 
  5. «Cepam comemora 40 anos | Governo do Estado de São Paulo». Saopaulo.sp.gov.br. 26 de dezembro de 2007. Consultado em 23 de junho de 2017 
  6.    (22 de agosto de 2001). «Folha Online - Ciência - Brasil quebra patente de remédio contra Aids - 22/08/2001 16h39». .folha.uol.com.br. Consultado em 23 de junho de 2017 
  7. «Vieira da Costa é o novo Secretário de Comunicação». O Estado de S. Paulo. 6 de dezembro de 2001. Consultado em 23 de junho de 2017 
  8. Nome (29 de agosto de 2011). «Os 10 anos da Publicidade de Utilidade Pública». Comunica que Muda. Consultado em 23 de junho de 2017 
  9. «Lula dirá a Fox que Brasil apóia candidatura africana à direção-geral da OMS». UOL Notícias. 9 de dezembro de 2002. Consultado em 23 de junho de 2017 
  10. «SNBB cria anúncios para Ambev». propmark. Consultado em 23 de junho de 2017 
  11. «Ambev lança campanha de consumo responsável de cerveja». propmark. Consultado em 23 de junho de 2017 
  12. «Painel S.A.». Folha de S.Paulo. 20 de abril de 2004. Consultado em 23 de junho de 2017 
  13. «Livro aborda a comunicação de interesse público». IPEA. 10 de novembro de 2006. Consultado em 23 de junho de 2017 
  14. «Conar pede retirada de propaganda de brinquedo que imita caveirão do Bope». 31 de agosto de 2010. Consultado em 23 de junho de 2017 
  15. «Brasileiros fazem campanha da OMS pelo Dia Mundial sem cigarro». Exame. 31 de maio de 2017. Consultado em 23 de junho de 2017 
  16. «Cartão vermelho para o trabalho infantil». Vox News. 13 de junho de 2014. Consultado em 23 de junho de 2016 
  17. «Wagner Moura estrela nova campanha contra escravidão». Exame. 9 de maio de 2017. Consultado em 23 de maio de 2017 
  18. «Pernambucano toma posse como o primeiro nordestino na Abap nacional». Portal da Propaganda. 25 de maio de 2009. Consultado em 23 de junho de 2017 
  19. «Nova/sb vence prêmio Effie com case da nova/batata». Adnews. 11 de outubro de 2011. Consultado em 23 de junho de 2017 
  20. «nova/sb Nova SB». Novasb.com.br. 26 de março de 2017. Consultado em 23 de junho de 2017 
  21. http://acontecendoaqui.com.br/propaganda/socio-da-novasb-bob-vieira-da-costa-inaugura-amanha-o-ciclo-de-palestras-da-associacao
  22. https://www.saraiva.com.br/a-publicidade-na-administracao-publica-4622177.html
  23. «Silvana Tinelli deixa a publicidade para abrir escola de fotografia». Veja SP. 28 de fevereiro de 2014. Consultado em 23 de junho de 2017 
  24. «Silvana Tinelli deixa Nova/SB e publicidade – Meio & Mensagem». Meioemensagem.com.br. Consultado em 23 de junho de 2017 
  25. «nova/sb abre escritório em Cuiabá – Meio & Mensagem». Meioemensagem.com.br. Consultado em 23 de junho de 2017 
  26. «Organização Mundial de Saúde Contrata a nova/sb para campanha publicitária contra o tabaco». Época. 30 de janeiro de 2017. Consultado em 23 de junho de 2017 
  27. «CGU: 25 empresas éticas nas relações entre setores público e privado». Época. 16 de novembro de 2016. Consultado em 23 de junho de 2017 
  28. «nova/sb recebe prêmio Pró-Ética». Meio&Mensagem. 17 de novembro de 2016. Consultado em 23 de junho de 2017 
  29. «nova/sb é eleita a agência do ano do Colunistas Brasil 2016». Propmark. 11 de março de 2016. Consultado em 23 de junho de 2017 
  30. «Brasil soma 88 leões no Festival de Publicidade de Cannes». 21 de junho de 2017. Consultado em 23 de junho de 2017 
  31. «Caixa une rappers e atletas em campanha para Olimpíadas». G1. 26 de abril de 2016. Consultado em 23 de junho de 2017 
  32. Costa, João Roberto Vieira da (1 de janeiro de 2004). «Até a churrasqueira ficou verde». Valor Econômico. Consultado em 23 de junho de 2017 
  33. «Publicidade, crise e novas demandas sociais». Folha de S.Paulo. 3 de agosto de 2016. Consultado em 23 de junho de 2017 
  34. «Surfista do Interesse Público». 30 de setembro de 2015. Consultado em 23 de junho de 2017 
  35. «A intenet ajudou a derrubar o mito da tolerância brasileira». Folha de S.Paulo. 3 de agosto de 2016. Consultado em 23 de junho de 2017 
  36. «Enfim, uma boa notícia». O Globo. 13 de abril de 2017. Consultado em 23 de junho de 2017