Bonifácio Frederico

Bonifácio Frederico foi um nobre catalão ativo na Grécia Central como senhor de Caristo de 1359 até 1365 e então como conde de Salona e proprietário de vários outros feudos no Ducado de Atenas até sua derrota num conflito com seu sobrinho Luís Frederico no final da década de 1370.

Bonifácio Frederico
Morte 1376
Progenitores
Irmão(ã)(s) Pedro Frederico, Jaime Frederico

Bonifácio foi o filho de Alfonso Frederico, vigário-general do Ducado de Atenas e Ducado de Neopatras, e de Maria de Verona, filha do barão de Caristo, Bonifácio de Verona.[1] Quando Alfonso Frederico morreu em 1338, Bonifácio herdou a Baronia de Caristo de sua mãe e várias outras possessões na Ática. Ele permaneceu na Sicília até 1359, quando foi para a Grécia para reclamá-los.[2][3] Em 1365, contudo, vendeu sua baronia de Caristo com todos os seus domínios, incluindo servos, para Veneza, que há muito cobiçava-a, por 6 000 ducados.[4]

Jaime Frederico também legou a seu irmão "todos os seus direitos e propriedades" no Ducado de Atenas, incluindo o Condado de Salona com Lidorício e Veteranitsa, mas não Zetúnio e Siderocastro, que passaram para o filho de Jaime, Luís Frederico. Jaime também deu-lhe a ilha de Egina, que Bonifácio conferiu a seu filho Pedro. Quando Jaime morreu em 1366, isso deixou Bonifácio e seu sobrinho Luís como os dois senhores mais poderosos nos domínios catalães. Os dois viam-se com maus olhos, com Luís questionando a cessão dos domínios de seu pai para Bonifácio.[5]

Na disputa resultante, Luís prevaleceu: em 1375, foi reconhecido por Frederico III da Sicília como vigário-general de Atenas e Neopatras, e num combate entre Luís e Bonifácio logo depois, o primeiro venceu. Pedro, filho de Bonifácio, foi enviado ao exílio e preso em Aragão, Luís confiscou seus domínios, enquanto Bonifácio morreu em algum momento antes de setembro de 1380.[5] Em 8 de maio de 1381, a viúva de Bonifácio, Dúlcia, e seu outro filho, João, obtiveram um perdão real para Bonifácio bem como a restauração de suas propriedades confiscadas de Pedro IV de Aragão. É incerto, contudo, se eles realmente receberam a posse de quaisquer destes domínios.[6]

Referências

  1. Miller 1908, p. 242–243, 266.
  2. Miller 1908, p. 266.
  3. Setton 1975, p. 194.
  4. Miller 1908, p. 302.
  5. a b Setton 1975, p. 211–212.
  6. Setton 1975, p. 213.

Bibliografia

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  • Miller, William (1908). The Latins in the Levant, a History of Frankish Greece (1204–1566). Nova Iorque: E.P. Dutton and Company 
  • Setton, Kenneth Meyer (1975). The Papacy and the Levant, 1204–1571: Volume I. The Thirteenth and Fourteenth Centuries. Filadélfia: The American Philosophical Society. ISBN 0-87169-114-0