Botelhos

município brasileiro do estado de Minas Gerais

Botelhos é um município brasileiro do sul do estado de Minas Gerais, na Região Sudeste do país. Localiza-se a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 455 km. Ocupa uma área de 333.666 km² e sua população em 2022 era de 14 828 habitantes. [1]

Botelhos
Município do Brasil
Igreja Matriz São José
Igreja Matriz São José
Igreja Matriz São José
Hino
Gentílico botelhense [1]
Localização
Localização de Botelhos em Minas Gerais
Localização de Botelhos em Minas Gerais
Localização de Botelhos em Minas Gerais
Botelhos está localizado em: Brasil
Botelhos
Localização de Botelhos no Brasil
Mapa
Mapa de Botelhos
Coordenadas 21° 37′ 58″ S, 46° 23′ 42″ O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Nordeste : Divisa Nova;
Norte : Cabo Verde;
Leste : Campestre;
Sudoeste : Bandeira do Sul e Poços de Caldas;
Oeste : Caconde (SP).
Distância até a capital 455 km
História
Fundação 30 de agosto de 1911 (113 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a) Eduardo Jose Alves de Oliveira (PSDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 334,089 km²
População total (Censo IBGE/2022[1]) 14 828 hab.
 • Posição MG: 241º
Densidade 44,4 hab./km²
Clima tropical de altitude (Cwa)
Altitude 1000 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 37720-000 a 37729-999[2]
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,702 alto
PIB (IBGE/2021[4]) R$ 325 925,798 mil
PIB per capita (IBGE/2021[4]) R$ 21 824,65
Sítio www.botelhos.mg.gov.br (Prefeitura)
www.camaradebotelhos.mg.gov.br (Câmara)

História

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O início da povoação que deu origem ao atual município de Botelhos se deu em 1845. Após Antônio Carvalho, construir uma capela em homenagem a São José no cruzamento das estradas das estradas que davam acesso a Cabo Verde, Caldas e Campestre.

Joaquim Botelho de Souza, doou por meio de uma escritura pública o terreno onde se construiu uma vila, no povoamento foi construída uma igreja matriz e um grande cruzeiro em 1888.

Com o passar do tempo ao redor da capela se formou um povoado que foi elevado a categoria de distrito de Cabo Verde em 30 de outubro de 1886, com a denominação de São José dos Botelhos. Em 1 de dezembro de 1873 o distrito foi desmembrado de Cabo Verde e anexado ao município de Caldas. Porém de acordo com a lei nº 2500, de 12 de novembro de 1878, São José dos Botelhos voltou a pertencer ao município de Cabo Verde assim como Divisa Nova. Botelhos manteve-se na categoria de distrito.[5]

Em 30 de agosto de 1911, através da lei estadual nº 556, o distrito de São José de Botelhos é desmembrado do município de Cabo Verde sendo elevado à categoria de município. Em 1915 o município teve o nome simplificado para Botelhos.[6][7]

Geografia

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A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 334,089 km², sendo que 1,8000 km² constituem a zona urbana e os 332,289 km² restantes constituem a zona rural.[8] Situa-se a 21° 37' 58" de latitude sul e 46° 23' 42" de longitude oeste e está a uma distância de 455 quilômetros a sudoeste da capital mineira. Seus municípios limítrofes são Divisa Nova, a nordeste; Cabo Verde, a norte; Campestre, a leste; Bandeira do Sul, a sudeste; Poços de Caldas, a sudoeste e Caconde (SP) a oeste.

De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017,[9] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Pouso Alegre e Imediata de Poços de Caldas. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Poços de Caldas, que por sua vez estava incluída na mesorregião Sul Sudoeste de Minas Gerais.[10]

Relevo e hidrografia 

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O relevo do município de Botelhos é predominantemente sinuoso com algumas áreas montanhosas. A altitude máxima encontra-se na Serra do Cristo, que chega aos 1 300 metros, enquanto que a altitude mínima está no leito do Rio Cabo Verde próximo ao distrito de São Gonçalo de Botelhos, com 850 metros. Já o ponto central da cidade está a 1 000 m.

Os principais cursos de água que banham o município são o rio Cabo Verde e o rio Pardo, os quais fazem parte da bacia hidrográfica do rio Grande. Com a construção da Usina Hidrelétrica de Caconde em 1961 uma pequena área do município foi alagada pelas águas do lago da Usina. O que obrigou que o distrito de Palmeiral fosse realocado para um local mais alto.[11][12]

Distritos

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O município possui três distritos: Botelhos, São Gonçalo de Botelhos e Palmeiral.[13]

Rodovias

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O clima do município é caracterizado, segundo o IBGE, como um clima tropical de altitude. Chove muito mais no verão que no inverno. Na Classificação climática de Köppen-Geiger o clima de Botelhos é classificado como Cwa.

Política e administração

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A administração municipal se dá pelos Poderes Executivo e Legislativo. O Executivo é exercido pelo prefeito, auxiliado pelo seu gabinete de secretários. O atual prefeito é Eduardo José Alves de Oliveira, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), eleito nas eleições municipais de 2020 com 58,35% dos votos válidos e empossado em 1º de janeiro de 2021, ao lado de Adelson Franco como vice-prefeito.[14] O Poder Legislativo, por sua vez, é constituído pela câmara municipal, composta por nove vereadores.[15] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias).[16]

Em complementação ao processo Legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também conselhos municipais em atividade, entre os quais dos direitos da criança e do adolescente e tutelar, criados em 2006.[17] Botelhos se rege por sua lei orgânica.

O município é sede da Comarca de Botelhos, que se localiza na sede do município. Sendo classificada como de primeira entrância. Foi instalada em 15 de dezembro de 1948.[18] O município possuía, em dezembro de 2017, 12 590 eleitores, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que representa 0,091% do eleitorado mineiro.[19]

 
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Referências

  1. a b c d «IBGE». Censo Demográfico 2022 
  2. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  3. «Ranking IDHM Municípios 2010». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 15 de junho de 2015 
  4. a b «PIB dos Municípios». Produto Interno Bruto dos Municípios - 2021 
  5. Almanach Sul Mineiro. «Almanach Sul de Minas Gerais». Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  6. Prefeitura de Botelhos. «Histórico». Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  7. IBGE cidades. «Histórico do Município». Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  8. Embrapa Monitoramento por Satélite. «Minas Gerais». Consultado em 11 de julho de 2014. Cópia arquivada em 6 de maio de 2011 
  9. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 25 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 25 de setembro de 2017 
  10. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1: 74–76. Consultado em 25 de setembro de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 25 de setembro de 2017 
  11. Blibioteca do IBGE. «SF-23-V-D-IV-1 (Botelhos)». Consultado em 3 de agosto de 2017 
  12. «Palmeiral». Prefeitura de Botelhos. Consultado em 6 de fevereiro de 2017 
  13. «Histórico». IBGE. Consultado em 16 de fevereiro de 2016 
  14. Tribunal Superior Eleitoral (TSE). / «Prefeito eleito em Botelhos» Verifique valor |url= (ajuda). Consultado em 17 de janeiro de 2021 
  15. Eleições 2016. «Candidatos a Vereador Botelhos /MG». Consultado em 6 de fevereiro de 2018 
  16. Flávio Henrique M. Lima (9 de fevereiro de 2006). «O Poder Público Municipal à frente da obrigação constitucional de criação do sistema de controle interno». JusVi. Consultado em 6 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 6 de maio de 2012 
  17. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2011). «Conselhos municipais». Consultado em 6 de fevereiro de 2018 
  18. Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) (21 de julho de 2013). «Relação das Comarcas» (PDF). Consultado em 6 de fevereiro de 2018 
  19. Tribunal Superior Eleitoral (TSE). «Consulta Quantitativo». Consultado em 6 de fevereiro de 2018 

Ligações externas

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