Bráulio Xavier
Bráulio Xavier da Silva Pereira (Caetité,[1] 9 de novembro de 1863 — Salvador, 1 de julho de 1936) foi um magistrado e político brasileiro que, como presidente do Tribunal de Justiça, ocupou interinamente o governo da Bahia em 1912.
Bráulio Xavier | |
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Desembargador Bráulio Xavier | |
Governador da Bahia | |
Período | 1912 |
Antecessor(a) | Aurélio Rodrigues Viana |
Sucessor(a) | José Joaquim Seabra |
Presidente do TJ-BA | |
Dados pessoais | |
Nome completo | Bráulio Xavier da Silva Pereira |
Nascimento | 9 de novembro de 1863 Caetité |
Morte | 1 de julho de 1936 (72 anos) Salvador |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Faculdade de Direito do Recife |
Cônjuge | Elvira Gomes Rodrigues Lima |
Profissão | magistrado |
Traços biográficos
editarNeto do comendador João Caetano Xavier da Silva Pereira, líder político de Caetité em fins do século XVIII e na primeira metade do século XIX e sogro do Barão de Caetité. Era, também, primo do poeta Plínio de Lima.
Por meio das interligações familiares, casou-se com Dona Elvira Gomes Rodrigues Lima, filha do dr. Rodrigues Lima, primeiro governador eleito da Bahia, e neta do Barão.
Formado em Direito no Recife, desde cedo Bráulio Xavier abraça a magistratura, onde inicia a carreira em Palmas de Monte Alto, até fazer-se desembargador e presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, ocasião em que ocupa interinamente o governo em várias ocasiões, a mais demorada delas em 1912.
Foi, ainda, no governo de Góis Calmon, Secretário do Interior (1924-1928).[2]
Era pai do médico pediatra Bráulio Xavier Filho que, em relato de Aramis Ribeiro Costa, registrava que o pai, apesar de bastante rico, era famoso por sua sovinice, a ponto de ao enviar um empregado para colher frutas no pomar ordenar que o fizesse assobiando, a fim de saber se o mesmo não estava a comê-las.[3]
Governo da Bahia
editarConturbados momentos políticos vivia o estado da Bahia, com as agitações promovidas por Ruy Barbosa e seu adversário, José Joaquim Seabra. Ocupava o governo João Ferreira de Araújo Pinho que, figura fraca, renuncia (1911). Sucede-lhe Aurélio Rodrigues Viana, presidente da Assembléia estadual. Entre outros disparates, este transfere a capital para Jequié, além de ocupar com tropas a Câmara, ensejando o triste episódio do bombardeio da Capital baiana - com prejuízos sobretudo para sua história, pois foi incendiada a biblioteca estadual, repositório da rica memória da Bahia.[4]
Depois deste trágico incidente, renuncia Aurélio Viana a 10 de janeiro de 1912, assumindo o desembargador Bráulio Xavier, presidente do Tribunal, a quem incumbia levar a bom termo a transição de poder, através das eleições que trazem ao poder J.J. Seabra.
Homenagens
editarBráulio Xavier é nome de rua na capital baiana (bairro da Vitória) e na cidade de Teixeira de Freitas.
Também na capital baiana o "Edifício Bráulio Xavier", localizado na rua Chile, ostenta um importante monumento mural realizado pelo artista Carybé, com a temática "Colonização do Brasil".[5]
No município baiano de Arataca o Colégio Estadual Bráulio Xavier foi nomeado em sua homenagem.[6]
Referências
- ↑ João Gumes (1916). Municipio de Caeteté: Notas e Notícias. [S.l.]: A Penna. 30 páginas
- ↑ Relação de governadores da Bahia. NUNES, Antonietta d´Aguiar (página acessada em dezembro de 2008)
- ↑ Aramis Ribeiro Costa (26 de março de 2011). «Bráulio Xavier Filho». Academia de Letras da Bahia. Consultado em 29 de junho de 2018. Cópia arquivada em 29 de junho de 2018
- ↑ TAVARES, Luís Henrique Dias, História da Bahia, EDUSP/EDUFBA, Salvador/São Paulo
- ↑ Raul Monteiro (16 de outubro de 2017). «Marta Rodrigues propõe tombamento de obra de Carybé na Rua Chile». Política Livre. Consultado em 29 de junho de 2018. Cópia arquivada em 29 de junho de 2018
- ↑ Institucional. «Escola: Colégio Estadual Bráulio Xavier». Q Edu (Inep). Consultado em 28 de junho de 2018. Cópia arquivada em 29 de junho de 2018
Precedido por Aurélio Rodrigues Viana |
Presidente do estado da Bahia 1912 |
Sucedido por José Joaquim Seabra |