Bracha Serri
Bracha Serri (Saná,13 de julho de 1940 - Jerusalém, 25 de abril de 2013) foi um poetisa israelense que recebeu o Prêmio de Literatura do Primeiro Ministro em 1990.
Biografia
editarSerri nasceu em Sana'a, Iémen,[1] em uma família judia religiosa. Seu pai, Moshe ("Mosi") era um lojista e aluno do Rabino Yiḥyah Qafiḥ, líder da corrente religiosa Dor Daim.[2] Sua mãe era Hamama, cuja família já vivia em Israel desde 1932. Serri foi para Israel aos 10 anos com seus pais na Operação Tapete Mágico. A família se estabeleceu no bairro iemenita perto de Kiryat Ata.[3] Serri é bacharel e mestre em Lingüística Hebraica e Semítica pela Universidade Hebraica de Jerusalém, e trabalhou pesquisando dialetos iemenitas, especialmente a língua feminina.[3]
Durante as décadas de 1960 e 1970, em Jerusalém, houve uma onda de movimentos sociais, afetados por desenvolvimentos semelhantes em outras partes do mundo, lidando com direitos sociais e políticos - incluindo os Panteras Negras (movimento social Mizrahi) e Matzpen (anti-sionismo). Serri envolveu-se com um grupo no campus dedicado ao empoderamento da população iemenita. Serri ensinou hebraico para palestinos de Jerusalém Oriental (apenas recentemente conquistada por Israel, em 1967), e iniciou campanhas de alfabetização em comunidades de imigrantes.[4]
Em cooperação com a municipalidade de Jerusalém, Serri dirigia programas para jovens, mas muitas vezes se via em conflito com o establishment burocrático. Esse foi um tema recorrente para Serri, que se viu à margem de quase todos os ambientes sociais e institucionais: Na universidade, ela encontrou desenvolvimento intelectual, mas desligamento de sua religião, cultura e tradição. Em seu trabalho com a cidade e com organizações religiosas, ela era a Mizrahi "primitiva" em um mundo Ashkenazi. Em uma nação governada por militares, ela era uma mulher.[4]
Entre 1989 e 1997, Serri viveu em Berkeley, Califórnia.[1][5]
Escrita
editarA escrita de Serri enfoca vários assuntos principais, incluindo judaísmo, identidade Mizrahi e feminismo político. Sua poesia frequentemente abertamente política e feminista baseia-se fortemente na tradição metafórica dos grandes poetas iemenitas, como Shalom Shabazi.[2]
Seu trabalho foi incluído na antologia de poesia de Mizrahi, One Hundred Years, One Hundred Writers: A Collection of Hebrew Poems by Mizrahi Poets of the 20th Century, editada por Sami Shalom Chetrit (1980). Seus poemas também foram antologizados em The Tribe of Dinah (1989).[1]
Desde o início, em que seu trabalho foi recusado pelos editores, Serri tornou-se uma figura importante no estudo e crítica da poesia israelense, em reconhecimento à sua importante contribuição literária.[2]
Notas
editar- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Bracha Serri».
Referências
- ↑ a b c Alcalay, Ammiel (1996). Keys to the Garden: New Israeli Writing. [S.l.]: City Lights Books. 290 páginas
- ↑ a b c הנרייט דהאן כלב (2003). בסוד ברכה: יצירתה של ברכה סרי (em hebraico). ירושלים: כרמל
- ↑ a b «ברכה סרי (1941־2013)». לקסיקון הספרות העברית החדשה (em hebraico). Consultado em 27 de março de 2019
- ↑ a b מתי שמואלוף (27 de abril de 2013). «מגילה, קמע, טמפון». ארץ האמורי. Consultado em 27 de março de 2019
- ↑ «האשה עם האור הגנוז». Ha'aretz (em hebraico). 24 de maio de 2013. Consultado em 27 de março de 2019