Brasiliocroton mamoninha
Brasiliocroton mamoninha é uma espécie de árvore da família Euphorbiaceae. Tem distribuição disjunta, com ocorrências registradas nos estados brasileiros do Maranhão, isolada no nordeste, e outra área de ocorrência no Espírito Santo, Minas Gerais e sul da Bahia.[1][2] Seus nomes populares são mamona-da-mata e mamoninnha.[3]
Brasiliocroton mamoninha | |
---|---|
![]() | |
Classificação científica ![]() | |
Reino: | Plantae |
Clado: | Tracheophyta |
Clado: | Angiospermae |
Clado: | Eudicots |
Clado: | Rosídeas |
Ordem: | Malpighiales |
Família: | Euphorbiaceae |
Tribo: | Crotoneae |
Gênero: | Brasiliocroton |
Espécie: | Brasiliocroton mamoninha P.E.Berry & Cordeiro, 2005 |
As árvores variam de 3 a 15 metros de altura. Tem folhas ovadas ou ocasionalmente obovada. As sépalas de suas flores são unidas pela metade do comprimento, e seu fruto é liso e globoso.[3] Cresce em terras não inundadas, entre 50 a 300 m de altitude.[4]
A espécie foi descrita em 2005. O holótipo foi coletado em Marilândia, Espírito Santo, em 1994. O epíteto específico é um dos nomes populares registrados para a espécie.[4]
É uma das duas espécies no gênero Brasiliocroton, junto com Brasiliocroton muricatus. Pode ser distinguida da congênere pela cor do indumento nos ramos jovens e eixos das inflorescências, pela posição e sexo das panículas, pela fusão dos sépalos das flores pistiladas e pela forma, tamanho, superfície e indumento do fruto.[2][5]
B. mamoninha possui pólen apolar, esférico, inaperturado e de tamanho médio, com diâmetro médio medindo 31,6 μm, e com um padrão de ornamentação tipo padrão-Croton. A ornamentação, a morfologia da ultraestrutura da parede e a variação do diâmetro dos grãos de pólen também são características diagnósticas que permitem diferenciar a espécie de B. muricatus.[2]
Referências
- ↑ SiBBr. «Species: Brasiliocroton mamoninha (Mamoninha)». ala-bie.sibbr.gov.br (em inglês). Consultado em 10 de setembro de 2024
- ↑ a b c Souza, Lidian Ribeiro de; Santos, Francisco de Assis Ribeiro dos; Carneiro-Torres, Daniela Santos (12 de setembro de 2019). «Pollen morphology and exine ultrastructure of Brasiliocroton P.E. Berry & Cordeiro (Euphorbiaceae)». Acta Botanica Brasilica (em inglês): 584–591. ISSN 0102-3306. doi:10.1590/0102-33062019abb0183. Consultado em 10 de setembro de 2024
- ↑ a b Arruda, Evilli; Cordeiro, Inês; Carneiro-Torres, Daniela Santos; Silva, Otávio Luis Marques da (23 de março de 2023). «Flora da Bahia: Brasiliocroton (Euphorbiaceae)». SITIENTIBUS série Ciências Biológicas. ISSN 2238-4103. doi:10.13102/scb9169. Consultado em 10 de setembro de 2024
- ↑ a b Berry, Paul E.; Cordeiro, Ines; Wiedenhoeft, Alex C.; Vitorino-Cruz, Maria Amélia; Ribes de Lima, Letícia (1 de abril de 2005). «Brasiliocroton, a New Crotonoid Genus of Euphorbiaceae s.s. from Eastern Brazil». Systematic Botany (2): 357–365. ISSN 0363-6445. doi:10.1600/0363644054223585. Consultado em 10 de setembro de 2024
- ↑ Riina, Ricarda; Carneiro-Torres, Daniela S.; Peirson, Jess A.; Berry, Paul E.; Cordeiro, Inês (1 de março de 2014). «Further Support for the Crotoneae Phylogeny: A New Species of Brasiliocroton (Euphorbiaceae) Based on Morphological, Geographical, and Molecular Evidence». Systematic Botany (1): 227–234. ISSN 0363-6445. doi:10.1600/036364414x678170. Consultado em 10 de setembro de 2024