Buíque

município do Estado de Pernambuco, Brasil
 Nota: Para a marca de automóveis, veja Buick.

Buíque é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Está localizado a oeste do Recife, capital do estado, distante 285 km, acessível pela rodovia BR-232. Integra a mesorregião do Agreste Meridional e a microrregião Vale do Ipanema.[5].

Buíque
Município do Brasil
Bandeira de Buíque
Hino
Gentílico buiquense
Localização
Localização de Buíque em Pernambuco
Localização de Buíque em Pernambuco
Localização de Buíque em Pernambuco
Buíque está localizado em: Brasil
Buíque
Localização de Buíque no Brasil
Mapa
Mapa de Buíque
Coordenadas 8° 37′ 24″ S, 37° 09′ 23″ O
País Brasil
Unidade federativa Pernambuco
Municípios limítrofes Sertânia (N), Arcoverde (NE), Águas Belas (S), Pedra (E) e Tupanatinga (W).
Distância até a capital 284 km
História
Fundação 1854 (171 anos)
Administração
Prefeito(a) Túlio Monteiro (MDB, 2025–2028)
Características geográficas
Área total [1] 1 345,124 km²
População total (IBGE/2022[2]) 52 097 hab.
Densidade 38,7 hab./km²
Clima Semiárido (BSh)
Altitude 814 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 56520-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010 [3]) 0,527 baixo
PIB (IBGE/2012[4]) R$ 347 548 mil
PIB per capita (IBGE/2012[4]) R$ 6 520,11
Sítio buique.pe.gov.br (Prefeitura)

O território de Buíque está situado sobre uma formação rochosa do período Cretáceo, com uma elevação de 798 metros acima do nível do mar, e ocupa uma extensão territorial de 1.336,544 km². Sua população é composta por 52.097 habitantes.[6]

A área está principalmente situada na região geoambiental conhecida como Planalto da Borborema, caracterizada por formações de relevo elevado, como maciços e colinas, variando em altitudes entre 650 e 1000 metros. Essa formação abrange uma extensão que se estende desde o sul de Alagoas até o estado do Rio Grande do Norte.[7]

A região é caracterizada pelo bioma predominante da caatinga, com precipitação pluviométrica média anual de 611,0 mm, concentrada entre os meses de março e julho. O relevo é forte, ondulado e o solo arenoso, pedregoso e rochoso. Além da Caatinga, também estão presentes os biomas Campos Rupestres, Mata Atlântica e Cerrado com Brejos de altitude, com vegetação de Florestas subcaducifólicas e caducifólicas.[8][7]

No subsolo, há ocorrências minerais de bário, celestita, chumbo, cromo, estanho, estrôncio, ferro, fósforo, gesso, hematita, ouro, pirita, prata, quartzo leitoso e verde, talco e tório. No passado (1700), o salitre (nitrato de potássio) chegou a ser explorado a nível industrial, sendo extraído das rochas do Brejo de São José e Serra do Coqueiro.[9][7]

Buíque faz fronteira ao Norte com Arcoverde e Sertânia; ao Sul com Águas Belas; a Leste com Pedra e a Oeste com Tupanatinga.[5][7]

História

editar

Originalmente, a localidade de Buíque se chamou Vila Nova do Buíque, distrito subordinado a Garanhuns criado por alvará de 11 de dezembro de 1795 e pela lei municipal nº 2, de 19 de janeiro de 1893. Essa condição se manteve por meio século, quando a lei provincial nº 337, de 12 de maio de 1854, elevou o distrito à condição de vila e o desmembrou de Garanhuns;[10] seu território abrangia também as áreas de Pedra, Águas Belas e a maior parte de Inajá[11] Só após o advento da República a vila ganharia foros de cidade, por força da lei estadual nº 669, de 26 de maio de 1904, que também a rebatizou de Buíque.[10]

Geografia

editar

Compõem o município quatro distritos: Buíque (sede), Carneiro, Catimbau e Guanambi.[10]

O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005.[12] Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca.[7]

Terras indígenas

editar

Localiza-se no município de Buíque a Terra Indígena Kapinawá, do povo Kapinawá, homologada pelo Decreto de 11.12.98 (veja o mapa). A terra indígena ocupa 12.403 ha. Desde 2003, o povo indígena têm como Chefe de Posto Expedito Macena Alves.[13][14]

Parque Nacional do Catimbau

editar

O Parque Nacional do Catimbau, popularmente conhecido como Vale do Catimbau, é uma unidade de conservação brasileira, criada em 13 de dezembro de 2002, que abrange partes dos municípios de Buíque, Ibimirim e Tupanatinga, na divisa entre o Agreste e o Sertão de Pernambuco. Com uma área de 62.294,14 hectares, o parque protege uma importante porção do bioma Caatinga, sendo o segundo maior parque arqueológico do Brasil.[15][16]

O Vale do Catimbau é uma região de grande beleza cênica e valor histórico-cultural. Seus imponentes paredões rochosos exibem formas singulares e estão envoltos em um intenso misticismo. A área abriga uma grande diversidade de sítios arqueológicos, incluindo cavernas, cemitérios pré-históricos e pinturas rupestres que datam de pelo menos 6.000 anos atrás.[17]

Economia

editar

Buíque: Economia Diversificada e Potencial Turístico

editar

A economia de Buíque, município pernambucano onde se situa parte do Parque Nacional do Catimbau, tem como base a agropecuária. No entanto, a cidade vem buscando diversificar suas atividades econômicas, investindo no turismo, impulsionado pelo clima ameno e pela beleza do Vale do Catimbau, na fruticultura e na pecuária, visando maior dinamismo e sustentabilidade.[18]

Agropecuária Tradicional

editar

A produção agrícola local se concentra em culturas como feijão, milho e mandioca. Predomina a agricultura familiar, com baixo uso de tecnologia, o que resulta em uma produção mais voltada à subsistência. Já a pecuária, predominantemente semiextensiva, se baseia na criação de gado em pastagens nativas. Essa atividade, contudo, enfrenta desafios, como a escassez de água em períodos de estiagem, a falta de armazenamento adequado de forragem e a carência de mineralização do rebanho, o que impacta negativamente os rendimentos.[19]

Turismo e Cultura Indígena como Oportunidades

editar

A presença da reserva indígena Kapinawá, adjacente ao Parque Nacional do Catimbau, enriquece o potencial turístico da região. Através dela, é possível ter acesso a elementos da cultura indígena já incorporados ao cotidiano local, como o artesanato em palha, as danças tradicionais do Toré e o ritmo contagiante do samba de coco.[20]

Artesanato: Herança e Diversidade

editar

Além das manifestações culturais indígenas, Buíque se destaca pela produção de um rico artesanato. Utilizando fibras naturais como sisal, coco e ouricuri, além de palhas diversas e cipós, os artesãos locais criam uma grande variedade de peças. Entre elas, destacam-se os caçuás (cestas grandes utilizadas no transporte de produtos agrícolas no dorso de animais), cestos para pães e roupas, bolsas, chapéus, abanos, sandálias, chinelas, cordas, descansos para pratos, peneiras e peças decorativas. Essa produção artesanal representa não apenas uma fonte de renda, mas também a preservação de técnicas tradicionais e da identidade cultural da região.[21]

Potencial de Crescimento

editar

Buíque possui um grande potencial de crescimento, combinando sua vocação agropecuária com as oportunidades emergentes no turismo ecológico e cultural. A valorização do artesanato, a promoção do Parque Nacional do Catimbau e a integração com a cultura indígena Kapinawá podem impulsionar o desenvolvimento local, gerando emprego, renda e qualidade de vida para a população. Além disso, investimentos em infraestrutura hídrica e assistência técnica aos produtores rurais são fundamentais para fortalecer a agropecuária e garantir a sustentabilidade das atividades econômicas do município.[22]

Comércio Local

editar
 
Igreja Matriz de São Félix de Cantalice, Buíque, 2024.

Panorama do Comércio de Buíque

editar
 
Rua Dr. Manoel Borba, importante rua comercial de Buíque.

O comércio de Buíque é uma parte importante da economia local e reflete as características de uma cidade de pequeno a médio porte do interior de Pernambuco. Ele é composto principalmente por pequenos e médios estabelecimentos, voltados para o atendimento das necessidades da população local e dos visitantes, especialmente aqueles atraídos pelo Parque Nacional do Catimbau.

Principais Segmentos do Comércio

editar
  • Varejo Alimentício: Supermercados, mercadinhos, açougues, padarias e quitandas são essenciais para o abastecimento da população. Eles oferecem produtos básicos e, muitas vezes, itens da produção local.
  • Lojas de Roupas e Calçados: O comércio varejista de vestuário também está presente, oferecendo opções para diferentes públicos e faixas de preço.
  • Farmácias e Drogarias: Como em qualquer cidade, farmácias são fundamentais para o acesso a medicamentos e produtos de higiene e beleza.
 
Avenida Jonas Camelo, portal de entrada para o comércio de Buíque.
  • Lojas de Materiais de Construção e Agropecuária: Devido à importância da agropecuária para a região, lojas que vendem materiais de construção, ferramentas e insumos agropecuários também são relevantes para a economia local.
  • Lojas de Materiais de Construção e Agropecuária: Devido à importância da agropecuária para a região, lojas que vendem materiais de construção, ferramentas e insumos agropecuários também são relevantes para a economia local.
  • Serviços: Bares, restaurantes, lanchonetes, salões de beleza, oficinas mecânicas, entre outros, compõem o setor de serviços, importante para a geração de empregos e renda.
  • Artesanato: A venda de artesanato, especialmente aquele produzido com fibras naturais que reflete a cultura local e indígena, é uma atividade comercial importante, que também atrai turistas. A proximidade com a comunidade indígena Kapinawá impulsiona esse segmento.
  • Hotéis e Pousadas: Oferecendo opções de hospedagem para visitantes e turistas.
  • Comércio Informal: Assim como em muitas cidades brasileiras, o comércio informal também está presente em Buíque, com vendedores ambulantes e feiras livres.

Feira Livre de Buíque

editar

A feira livre é um elemento tradicional do comércio em Buíque e em muitas cidades do Nordeste. Nela, é possível encontrar uma grande variedade de produtos, desde frutas, verduras e legumes frescos, vindos diretamente dos produtores rurais, até roupas, calçados, utensílios domésticos e artesanato. A feira é um importante espaço de socialização e um ponto de encontro para a comunidade. A feira livre ocorre no Pátio da Feira, localizada na Avenida Airton Senna da Silva.

ACIB - Associação Comercial e Industrial de Buíque

editar
 
Sede da Associação Comercial e Industrial de Buíque, 2024

A Associação Comercial e Industrial de Buíque (ACIB) é uma entidade sem fins lucrativos que atua como um importante pilar de apoio aos empresários e ao desenvolvimento econômico do município de Buíque, em Pernambuco. Fundada com o propósito de defender os interesses em comum do comércio local, a ACIB reúne empresários de diversos setores, buscando fortalecer a economia da região mediante ações conjuntas e da promoção de um ambiente de negócios mais próspero.

A ACIB oferece uma gama de serviços para seus associados, que inclui a emissão de Certificados Digitais, consultorias empresariais, organização de eventos e cursos para capacitação profissional.  Através desses serviços, a associação visa auxiliar os empresários a otimizarem suas operações, se manterem atualizados com as melhores práticas de gestão e ampliarem suas oportunidades de negócios.

Além disso, a ACIB desempenha um papel fundamental na defesa dos interesses dos empresários locais junto aos órgãos públicos e outras instituições, atuando como interlocutora em questões que impactam o desenvolvimento econômico do município. A associação busca promover um ambiente de negócios favorável ao crescimento das empresas, contribuindo para a geração de empregos, renda e prosperidade para a comunidade de Buíque.[23]

Turismo

editar

Equipamentos e eventos turísticos de Buíque.[24]

  • Museu Municipal Eduardo de Freitas e Casa da Cultura Lenira Cursino;
  • Espaço Municipal de Artes Carlos Henrique Benício;
  • Biblioteca Municipal Graciliano Ramos;
  • Centro de Atendimento ao Turista;
  • Carnaval;
  • São João no Vale;
  • Buíque Frio, Queijo e Vinhos e Mais Sabores;
  • Novenários;
  • Natal Luz.

Arte e Cultura

editar

Luiz Benício: Mestre da Escultura em Madeira

editar

Luiz Carlos da Silva, conhecido como Mestre Luiz Benício, é um talentoso escultor natural de Buíque. Apaixonado por arte desde a infância, Benício encontrou na escultura em madeira sua forma de expressão e sustento. Conhecido por suas esculturas em madeira crua, sem pintura ou rebuscamentos, o artista cria peças que retratam figuras do nordeste, como cangaceiros, temas religiosos, tatus e outros animais.[25]

Sua trajetória artística iniciou de forma inusitada, quando, ao criticar a obra de um vizinho artesão, foi desafiado a esculpir sua primeira peça, um tatu, que o surpreendeu pela qualidade. Desde então, dedica-se à escultura, utilizando madeira de árvores mortas coletada de forma sustentável, demonstrando respeito pela natureza.

Mestre Benício desenvolveu um estilo único, com traços rústicos e expressivos, reconhecíveis em qualquer lugar. Suas esculturas, algumas com mais de quatro metros de altura, encantam e inspiram, retratando a cultura e a vida do sertão.[25]

Buíque e Graciliano Ramos: Uma Conexão Literária

editar
 
Graciliano Ramos, 1940.

Buíque, além de suas belezas naturais e rica cultura, guarda uma conexão especial com a literatura brasileira: foi nesse município do Agreste Pernambucano que o renomado escritor Graciliano Ramos passou parte de sua infância, deixando marcas profundas na sua formação e na sua obra.

Graciliano, nascido em Quebrangulo, Alagoas, mudou-se com a família para Buíque por volta de 1895, onde viveu até os sete anos. Essa experiência no sertão pernambucano foi fundamental para moldar sua sensibilidade e visão de mundo, influenciando obras como "Vidas Secas”, “São Bernardo" e "Infância".

Em "Infância", Graciliano retrata suas memórias de Buíque, descrevendo as paisagens, os costumes e as pessoas que marcaram sua vida na cidade. O clima seco, a vegetação da caatinga, as dificuldades da vida no sertão e o contato com a cultura popular estão presentes em suas recordações, demonstrando a influência de Buíque em sua obra.[26]

 
Biblioteca Municipal Graciliano Ramos, Buíque, 2024.

A presença de Graciliano Ramos em Buíque é motivo de orgulho para o município, que valoriza seu legado literário. A Biblioteca Municipal Graciliano Ramos, um espaço cultural importante na cidade, é uma homenagem ao escritor e um convite à leitura e ao conhecimento.

A passagem de Graciliano Ramos por Buíque enriquece a história e a cultura do município, demonstrando a importância da literatura na construção da identidade de um povo. Visitar Buíque é também uma oportunidade para conhecer o cenário que inspirou um dos maiores escritores brasileiros e se conectar com a alma do sertão nordestino.[26]

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (27 de agosto de 2021). «Buíque». Consultado em 19 de agosto de 2022 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 1 de outubro de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2012». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2014 
  5. a b IBGE Cidades. «Buíque». Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  6. BUÍQUE. «Geografia buiquense». Prefeitura Municipal de Buíque. Consultado em 20 de dezembro de 2024 
  7. a b c d e CPRM - Serviço Geológico do Brasil (2005). Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea. Diagnóstico do município de Buíque, estado de Pernambuco. (PDF). Recife: CPRM/PRODEEM 
  8. BUÍQUE. «Geografia Buiquense». Prefeitura Municipal do Buíque. Consultado em 20 de dezembro de 2024 
  9. BUÍQUE. «Geografia buiquense». Prefeitura Municipal do Buíque. Consultado em 20 de dezembro de 2024 
  10. a b c «Buíque». IBGE Cidades. Consultado em 12 de maio de 2022 
  11. CAVALCANTI, Alfredo (1997). História de Garanhuns. Recife: CEHM. pp. 35; 41; 141–143 
  12. «Ministério da Integração Nacional, 2005. Nova delimitação do semiárido brasileiro» 
  13. Kapinawá. Instituto Socioambiental.
  14. Kapinawá. Povos Indígenas de Pernambuco. Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade da Universidade Federal de Pernambuco.
  15. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. «Parna do Catimbau». Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  16. VALE DO CATIMBAU. «Vale de Catimbau». Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  17. «Parna do Catimbau». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  18. BUÍQUE. Prefeitura municipal. «Economia buiquense». Prefeitura Municipal do Buíque. Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  19. BUÍQUE. «Economia buiquense». Prefeitura Municipal de Buíque. Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  20. Buíque. «Economia Buiquense». Prefeitura Municipal de Buíque. Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  21. BUÍQUE. «Economia Buiquense». Prefeitura Municipal do Buíque. Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  22. BUÍQUE. «Economia buiquense». Prefeitura Municiapal do Buíque. Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  23. ACIB. «Associação Comercial e Industrial de Buíque.». Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  24. Pernambuco. «Mapa Cultural de Pernambuco». Secretaria de Turismo. Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  25. a b Pernambuco. «Nossos Mestres: Luiz Benício.». Artesanato de Pernambuco. AD DIper. Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  26. a b BOSI, Alfredo (25 de março de 2014). «Leitura de Infância, de Graciliano Ramos.». ABL. Academia Brasileira de Letras. Consultado em 19 de dezembro de 2024 
  Este artigo sobre municípios do estado de Pernambuco é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.