Caio Valério Levino
Caio Valério Levino (em latim: Caius Valerius Laevinus) foi um político da gente Valéria da República Romana nomeado cônsul sufecto em 176 a.C. com Quinto Petílio Espurino depois da morte prematura de Cneu Cornélio Cipião Híspalo em Cumas. Era filho de Marco Valério Levino, cônsul em 220 e 210 a.C., e meio-irmão de Marco Fúlvio Nobilior, cônsul em 189 a.C., por parte de mãe.
Caio Valério Levino | |
---|---|
Cônsul da República Romana | |
Consulado | 176 a.C. |
Primeiros anos
editarDurante a Guerra romano-síria, quando Nobilior foi cônsul, Levino o acompanhou em suas campanhas militares e no cerco a Ambrácia em 189 a.C., onde os etólios, por conta de suas ligações com o pai e a família de Levino, o escolheram como intermediário para dar início às conversas com o cônsul. Este último consentiu, garantindo aos habitantes da cidade e à Liga Etólia condições extremamente vantajosas, enviando-o a Roma com a delegação etólia para garantir que o Senado e a população fossem favoráveis aos termos já acordados.[1]
Quando seu pai morreu, em 200 a.C., organizou três dias de jogos.[2] Sua mãe, viúva, casou-se com o pai de Marco Fúlvio Nobilior. Em 179 a.C., Levino foi um dos quatro pretores nomeados segundo a nova Lex Baebia[3] e recebeu a Sardenha como província consular.
Consulado (176 a.C.)
editarTrês anos depois, o cônsul Cneu Cornélio Cipião Híspalo morreu repentinamente no início do cargo e Levino foi nomeado cônsul sufecto em seu lugar. Ansioso pela glória militar, partiu de Roma apenas três depois para assumir o comando do exército consular na Ligúria, derrotando os lígures no início do ano seguinte.[4]
Anos finais
editarEm 174 a.C., foi enviado, com outros emissários, a Delfos, com o objetivo de resolver dissensões internas entre os etólios. No ano seguinte, o Senado o enviou à corte macedônica para observar os movimentos do rei Perseu, e a Alexandria, para renovar a aliança com Ptolemeu VI Filómetor, do Egito ptolemaico. Em 172 a.C., voltou para Roma.[5]
Tentou se candidatar à censura em 169 a.C., mas não foi eleito.[6][7]
Ver também
editarCônsul da República Romana | ||
Precedido por: Caio Cláudio Pulcro |
Cneu Cornélio Cipião Híspalo 176 a.C. com Quinto Petílio Espurino |
Sucedido por: Públio Múcio Cévola |
Referências
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXXVIII 9, 10.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXXI 50,4.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XL 44.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XLI 25.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XLII 6, 17.
- ↑ Políbio, Histórias XXII 12. § 10, 14. § 2.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XLIII 14.
Bibliografia
editarFontes primárias
editar- Lívio. Ab Urbe condita libri 🔗 (em inglês). [S.l.: s.n.]
Fontes secundárias
editar- Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas
- Este artigo contém texto do artigo «Caius Valerius Laevinus» do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870).
- (em alemão) Ioannes Volkmann: Valerius 208). In: Realencyclopädie der classischen Altertumswissenschaft (RE). Vol. VIII A,1, Stuttgart 1955, Col. 44–45.
- (em alemão) Tassilo Schmitt: V. Laevinus, C.. In: Der Neue Pauly (DNP). Volume 12/1, Metzler, Stuttgart 2002, ISBN 3-476-01482-7, Pg. 1097.