Calibã (satélite)
Calibã, também designado como Urano XVI,[5] é o segundo maior satélite irregular retrógrado de Urano.[3] Foi descoberto em 6 de setembro de 1997 por Brett J. Gladman, Philip D. Nicholson, Joseph A. Burns, e John J. Kavelaars usando o telescópio Hale e recebeu a designação provisória S/1997 U 1.[6]
Calibã | |
---|---|
Satélite Urano XVI | |
Características orbitais[1] | |
Semieixo maior | 7 231 100 km |
Excentricidade | 0,1812 |
Período orbital | 579,73 d (1,587 a) |
Inclinação | 141,529 ° |
Argumento do periastro | 354,339° |
Longitude do nó ascendente | 171,189° |
Características físicas | |
Diâmetro equatorial | 72[2][3] km |
Área da superfície | ~16 000 km² |
Volume | ~200 000 km³ |
Massa | ~2,5×1017 kg |
Densidade média | ~1,3 g/cm³ |
Período de rotação | 2,7 h[4] |
Albedo | 0,04 (assumido)[3][2] |
Temperatura | média: -208,15 ºC |
Foi nomeado a partir de um personagem da obra de William Shakespeare A Tempestade.[5]
Órbita
editarCalibã segue uma órbita distante, mais de dez mais distante de Urano que a lua regular mais externa, Oberon.[6] Sua órbita é retrógrada, moderadamente inclinada e levemente excêntrica. Os parâmetros orbitais sugerem que Calibã pode pertencer ao mesmo grupo dinâmico de Estefano e Francisco, sugerindo origem comum.[7]
Características físicas
editarO diâmetro de Calibã é estimado em 72 km (assumindo albedo de 0,04),[3][2] fazendo dele o segundo maior satélite irregular de Urano, com metade do tamanho de Sicorax, o maior satélite irregular.[2]
Medições um pouco inconsistentes estimam uma cor vermelha-clara para Calibã (B–V = 0,83 V–R = 0,52,[8] B–V = 0,84 ± 0,03 V–R = 0,57 ± 0,03[7]), mais vermelho que Himalia mas menos vermelho que a maioria dos objetos do cinturão de Kuiper. Calibã pode ser um pouco mais vermelho que Sycorax.[4] Calibã absorve luz em 0,7 um, e é possível que isso seja resultado de de água líquida que modificou a superfície.[9]
A curva de luz sugere que o período de rotação de Calibã é de cerca de 2,7 horas.[4]
Origem
editarPensa-se Sycorax é um objeto capturado, que não se formou no disco de acreção, que existiu em volta de Urano logo depois de sua formação. O mecanismo exato da captura é desconhecido, mas capturar uma lua exige dissipação de energia. O possível processo de captura pode ser gás arrastado no disco protoplanetário, interação de muitos corpos e captura durante o rápido aumento da massa de Urano.[3][7]
Ver também
editarReferências
editar- ↑ «Planetary Satellite Mean Orbital Parameters». Jet Propulsion Laboratory. Consultado em 19 de março de 2011
- ↑ a b c d «Planetary Satellite Physical Parameters». Jet Propulsion Laboratory. Consultado em 19 de março de 2011
- ↑ a b c d e Sheppard, Scott S.; David C. Jewitt, Jan Kleyna (2005). «An Ultradeep Survey for Irregular Satellites of Uranus: Limits to Completeness» (pdf). The Astronomical Journal. 129 (1): 518–525. doi:10.1086/426329. Arxiv. Consultado em 20 de outubro de 2009
- ↑ a b c Maris, Michele; Giovanni Carraro, Gabrielle Cremonese, Marco Fulle (2001). «Multicolor Photometry of the Uranus Irregular Satellites Sycorax and Caliban». The Astronomical Journal. 121 (5): 2800–2803. doi:10.1086/320378. Consultado em 14 de setembro de 2008
- ↑ a b «Planet and Satellite Names and Discoverers». Gazetteer of Planetary Nomenclature. USGS Astrogeology. 21 de julho de 2006. Consultado em 19 de março de 2011
- ↑ a b Gladman, Brett J.; Nicholson, Philip D.; Burns, Joseph A. et al. (1998). «Discovery of two distant irregular moons of Uranus». Nature. 392: 897–899. doi:10.1038/31890
- ↑ a b c Grav, Tommy; Holman, Matthew J. (2004). «Photometry of irregular satellites of Uranus amd Neptune». The Astrophysical Journal. 613: L77–L80. doi:10.1086/424997. Arxiv
- ↑ Rettig, Terrence W.; Walsh, Kevin; Consolmagno, Guy (2001). «Implied Evolutionary Differences of the Jovian Irregular Satellites from a BVR Color Survey». Icarus. 154: 313–320. doi:10.1006/icar.2001.6715
- ↑ Schmude, Richard (2008). Uranus, Neptune, Pluto and How to Observe Them. [S.l.]: Springer. ISBN 0387766014, 9780387766010 Verifique
|isbn=
(ajuda)