A Campanha do Norte foi uma serie de operações militares, durante a Guerra Civil Espanhola, na qual as forças nacionalistas ocuparam as partes do norte da Espanha que ainda permaneciam leais ao governo republicano.

A campanha incluiu várias batalhas separadas. A Campanha da Biscaia resultou na perda de parte do País Basco ainda controlada pela República e a Bilbao, o maior centro industrial espanhol.[1] Esta parte da campanha viu o bombardeio de Durango e o de Guernica.[2]

A Batalha de Santander causou a perda da província de Santander na Cantábria [3] e a Batalha de El Mazuco levou à captura de parte controlada pelos republicanos da Asturias e a queda de Gijón, último reduto da República no Norte. A campanha terminou no dia 21 de outubro de 1937 com uma vitória nacionalista decisiva e total. [4]

Antecedentes

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Com a Irún e San Sebastián, em 23 de setembro de 1936, os nacionalistas de Francisco Franco separaram as províncias ainda controladas pelos republicanos no norte da Espanha da fronteira com a França. Esta área já havia sido isolada do resto da Espanha pelos nacionalistas no início da guerra. Ela era muito cobiçada para os nacionalistas, devido à produção industrial da Biscaia e os valiosos recursos minerais da Astúrias.

Franco percebeu que Madrid, a capital, não ia ser conquistada rapidamente e os recursos na região norte de ferro, carvão, aço e produtos químicos eram um alvo tentador e necessários para a continuação da guerra, alem disso os republicanos no norte também estavam politicamente divididos e enfraquecidos por lutas entre os nacionalistas bascos e os esquerdistas. Assim Franco sabiamente ordenou a seus comandantes em frente de Madrid para passar para a defensiva e enviou todos os recursos disponíveis para o norte.[5]

Conseguencias

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Com a conquista do Norte, os nacionalistas, controlavam 36 por cento da produção industrial espanhola, 60 por cento do carvão e toda a produção de aço, assim comograndes jazidas de ferro, chumbo, zinco e cobre.[4] Além disso, mais de 100 mil prisioneiros republicanos foram forçados a se unir ao exército nacionalista ou enviados para batalhões de trabalho.[6] A República tinha perdido o Exército do Norte (mais de 200 mil soldados) e uma vitória militar completa da República na guerra tornou-se impossível. O general Francisco Franco, decidiu iniciar uma nova ofensiva contra o Madrid, mas Vicente Rojo, o líder do Exército Republicano, antecipou-se iniciando uma ofensiva de diversão em Aragão, a Batalha de Teruel.[7]

Referências

  1. Antony, Beevor (2006). The Battle for Spain. The Spanish Civil War, 1936–1939. Londres: Penguin Books. p. 236. ISBN 014303765X 
  2. Thomas, Hugh. The Spanish Civil War. Penguin Books. 2001. Londo. p.598
  3. Thomas, Hugh. (2001). The Spanish Civil War. Penguin Books. 2001. London. p.699
  4. a b Hellmuth Gunther Dahms (1968). «O fim na Biscaia». "A guerra civil espanhola". Rio de Janeiro: Editorial Ibis Lta. p. 137 
  5. Hugh Thomas, The Spanish Civil War, (2001) p. 594.
  6. Beevor, Antony. (2006). The Battle for Spain. The Spanish Civil War, 1936-1939. Penguin Books. London. p.303
  7. Graham, Helen. (2005). The Spanish Civil War. A very short introduction. Oxford University Press. p.93
  • VV.AA.; Gran Enciclopedia de Cantabria. Editorial Cantabria SA. Santander. 1985 (8 volumes) and 2002 (volumes IX, X y XI) (em castelhano)
  • Thomas, Hugh; "A Guerra Civil Espanhola"; (2001); Penguin Books; Londres ; ISBN 978-0-14-101161-5 (em inglês)

Ligações externas

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