Campeonato Brasileiro de Futebol de 1937

Torneio de futebol

O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1937, originalmente conhecido como Torneio dos Campeões, foi a edição inaugural do novo modelo do Campeonato Nacional organizado pela Federação Brasileira de Football (FBF),[2][3][4][5][6] sendo a primeira edição do Campeonato Brasileiro, conforme unificação oficializada pela CBF em 2023.[7][8] Foi vencido pelo Clube Atlético Mineiro, que conquistou seu primeiro título brasileiro da história.[9][4][10][11]

I Campeonato Brasileiro de Futebol
Torneio dos Campeões (FBF)

"O Clube Atlético Mineiro conquistou para Minas Gerais o título de campeão brasileiro!"
Estado de Minas, 4 de fevereiro de 1937.[1]
Dados
Participantes 06
Organização FBF
Anfitrião Brasil
Período 6 de janeiro14 de fevereiro de 1937
Gol(o)s 68
Partidas 14
Média 4,86 gol(o)s por partida
Campeão Minas Gerais Atlético Mineiro (1º título)
Vice-campeão Distrito Federal Fluminense
3.º colocado Espírito Santo (estado) Rio Branco-ES
4.º colocado São Paulo Portuguesa
Melhor marcador Paulista Minas Gerais Atlético Mineiro - 8 Gols
Maior goleada
(diferença)
Fluminense 6 – 0 Atlético Mineiro
Estádio das LaranjeirasRio de Janeiro
13 de janeiro
1959 ►►

Foi o quarto torneio nacional da FBF, sucedendo as três edições do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais (CBSE) organizado por esta (a CBD também organizava seu próprio CBSE), entre 1933 e 1935, cujo nome oficial era "Campeonato Brasileiro de Futebol".[12][13] O Correio da Manhã (RJ), em janeiro de 1937, tratou a nova competição como "1º Torneio dos Campeões" e como um novo modelo, substituindo o antigo sistema, em que o "título máximo" era definido entre seleções.[2][14][15] Já o Correio de S. Paulo, de 7 de janeiro de 1937, usou a nomenclatura "III Campeonato Brasileiro de Futebol" (houve antes duas disputas de clubes organizadas pela FBF e tratadas pelo periódico como títulos nacionais e brasileiros, atualmente contabilizadas como as duas primeiras edições do Torneio Rio-São Paulo).[nota 1][18] A nomenclatura "Torneio dos Campeões", pela qual ficou conhecida, também foi usada pelo Jornal dos Sports.[19] Independentemente do nome oficial, como o torneio de 1937 foi uma competição de clubes, os quais não representavam seleções estaduais, não é considerado uma edição do CBSE, mas um outro campeonato, que substituiu o de selecionados naquele ano.[20][21]

Foi o primeiro campeonato nacional de cunho profissional disputado pelos clubes do futebol brasileiro. O Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões de 1920, triangular organizado pela CBD, pode ser tido como o primeiro certame nacional, mas foi jogado sob o sistema amador.[22][23][24] São competições distintas.

O campeonato teve grande repercussão à época, sendo destacado em veículos de mídia de vários estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Santa Catarina.[9] Em dezembro de 1950, antes da partida contra o Stade Français no Parc des Princes, o Le Monde estampou em seu caderno de esportes: “Stade Français, contra o campeão brasileiro”, em referência ao título de 1937.[25] Em 1971, após o Atlético conquistar o I Campeonato Nacional de Clubes (que de 1976 a 2010 foi considerado como primeira edição do Brasileirão,[nota 2] tornando-se a 15ª, sendo desde 2023 a 16ª), o jornal O Globo afirmou que o clube mineiro teria sido campeão nacional pela primeira vez em 1937.[26]

No dia 25 de agosto de 2023, o Torneio dos Campeões foi homologado pela CBF como a primeira edição do Campeonato Brasileiro.[7][27] O Atlético enviou um dossiê para a CBF em 2022, após a conquista do Brasileirão do ano anterior, solicitando a unificação da conquista de 1937. Foi feito o mesmo reconhecimento dado pela entidade em 2010, quando esta passou a considerar os campeões da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata como campeões brasileiros.[28]

História

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Elenco do Atlético, primeiro campeão brasileiro. Em pé, da esquerda para a direita: Floriano Peixoto (técnico), Kafunga, Florindo, Zezé Procópio, Lola, Bala, Alcindo, Quim, Clóvis; agachados: Paulista, Alfredo, Guará, Nicola, Rezende e Elair.

A competição foi organizada pela Federação Brasileira de Football (FBF), a associação profissional na década de 1930 no Brasil, em que a discussão do movimento começava a emanar. A FBF passou a ter como filiados os clubes que adotaram o regime profissional, enquanto isso, a CBD (atual CBF) ficou com o futebol amador e, também, a Seleção Brasileira. A discussão entre outros motivos, era principalmente em função das novas exigências de prêmios e remuneração devida aos jogadores profissionais. Então a FBF reuniu alguns times profissionais para realização do torneio.

Em 1937, a FBF, que já havia realizado três edições de seu Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais (1933 a 1935), por estar pressionada financeiramente, optou por reunir os clubes campeões estaduais de 1936 das suas ligas filiadas.[13] Dessa forma, substituiu sua competição de seleções por uma competição de clubes,[18] que foi tida como campeonato nacional, diante da ausência do campeonato de selecionados naquele ano.[20][21] Entre 1937 e 1938, a FBF e a CBD passaram por um processo de pacificação, sendo a edição de 1938 do campeonato de seleções a primeira após a vinculação daquela a esta. "O CBSE (Campeonato Brasileiro de Seleções) voltou a ser disputado no final de 1938, até março de 1939 (...). Em agosto de 1938, a FBF abandonou a ideia de um campeonato de clubes campeões estaduais e confirmou o CBSE”, conforme o pesquisador Rodrigo Guimarães Saturnino Braga.[13][19] A FBF foi extinta em 1941, tendo a CBD ratificado seus atos.[13]

Participaram seis equipes de cinco estados e duas regiões do Brasil, conforme divisão regional que perdurou de 1913 a 1938: antigo Distrito Federal, antigo Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, estados da Região Oriental; e São Paulo, estado da Região Meridional.[29] Os participantes foram: Fluminense, campeão carioca de 1936 (LCF); a Portuguesa, campeã paulista de 1936 (APEA); o Atlético, campeão mineiro de 1936; o Rio Branco, campeão capixaba de 1936; o Aliança, campeão campista de 1936;[30][31][9] e a Liga de Sports da Marinha (LSM), equipe convidada, dirigida pelo famoso técnico húngaro Nicolas Ladanyi. A LSM, fundada em 1915, é a origem do atual CEFAN e era subordinada a então Diretoria do Pessoal da Marinha do Brasil.[32] O Aliança foi tricampeão campista, de 1936 a 1938, sendo ligado à Usina do Queimado; foi fundado em 1932 e extinto em 1946.[31]

O Fluminense foi apontado pela mídia esportiva da época como o candidato favorito ao título.[33] O Tricolor Carioca contava com grandes estrelas do clube em sua escalação, como Batatais, Carlos Brant, Preguinho, Russo, Romeu Pellicciari e Hércules, entre outras. A mídia tratava aquela formação, tendo vários jogadores criados no futebol paulista, como a mais forte do Brasil. Para muitos, esse foi o melhor time da história do Fluminense,[34] e foi com esse esquadrão que o clube conquistou o Torneio Aberto de 1935 e o Campeonato Carioca de 1936 da LCF (Liga Carioca de Futebol Profissional), derrotando, na final deste último, o Flamengo de Leônidas da Silva e Domingos da Guia, jogando como "o campeão carioca" no Torneio dos Campeões de 1937. A imprensa ressaltava que o principal rival do time carioca na briga pelo título seria o Atlético, que também contava com jogadores de renome nacional, como Kafunga,[35] Zezé Procópio,[36] Luiz Bazzoni[37] e Guará.[38]

Jogadores presentes naquela campanha ainda figuram entre os maiores goleadores e com mais partidas pelo clube mineiro (filiado ao profissionalismo em 1933), casos do goleiro Kafunga, que ficou 20 anos no clube, e do atacante Guará (homenageado com o Troféu Guará),[39] que é o quarto maior artilheiro da história do Galo, com 168 gols.

Atlético e Fluminense protagonizaram a grande rivalidade do torneio. Na primeira rodada, os cariocas derrotaram os mineiros por 6 a 0 no Estádio das Laranjeiras (curiosamente, no Brasileirão seguinte, em 1959, o campeão também sofreria a maior goleada: Sport 6 a 0 Bahia).[40] No returno, em partida realizada no Estádio de Lourdes, o Atlético venceu por 4 a 1. O jogo definidor da conquista se deu contra o Rio Branco, uma vitória do Galo pelo placar de 5 a 1, que em 3 de fevereiro de 1937, em BH, conquistou o "título de campeão dos campeões" antecipadamente, conforme destaca o Jornal do Brasil do dia seguinte.[41] O time mineiro jogou a última partida do torneio já na situação de campeão; contra a Portuguesa, fora de casa, ganhou por 3 a 2. Foi a única vitória de um visitante nos 12 jogos do quadrangular. Após seis rodadas, o time mineiro conseguiu quatro vitórias, um empate e uma derrota. O título teve repercussão nacional.[42]

A logística era o maior problema na organização do futebol brasileiro na década de 30. O tamanho continental do país ainda inviabilizava a disputa com clubes de norte a sul. Em 1937, a aviação comercial brasileira completara apenas 10 anos,[43] haviam poucas rodovias e navios levavam várias semanas para atravessar de uma ponta a outra.

Dado estes problemas, o Campeonato Brasileiro com muitos jogos, como atualmente, ainda demoraria décadas para ocorrer. Assim, nos campeonatos seguintes, as equipes também sairiam campeãs com poucos jogos. O Palmeiras, que venceu em 1960, teve apenas quatro duelos; o Santos, pentacampeão entre 1961 e 1965, teve uma média de 4,8 partidas por campeonato; e o Botafogo, quando venceu a última edição da Taça Brasil (1968), entrou em campo sete vezes.[9]

Unificação

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Em 2010, quando a CBF unificou os títulos da Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata como Campeonato Brasileiro, cogitou-se a inclusão do título de 1937 do Atlético. O presidente do Atlético na época, Alexandre Kalil, não fez a devida protocolização.[44]

Em dezembro de 2021, o Atlético-MG, mediante o Presidente Sérgio Coelho, demonstrou interesse em ter o Torneio dos Campeões de 1937 como edição do Campeonato Brasileiro,[45][46][47][48][49] mas não fez um pedido formal ainda naquele ano.[50]

Em 25 de agosto de 2023, a CBF oficializou o Torneio dos Campeões como primeira edição do Campeonato Brasileiro, homologando a unificação.[7] O reconhecimento se deu com base em dossiê de mais de 60 páginas, em que anexou-se jornais da época, de diferentes estados, descrevendo o certame como título brasileiro.[29]

A decisão foi criticada por alguns jornalistas esportivos, como Paulo Vinícius Coelho,[51] Mauro Cezar Pereira e Renato Maurício Prado.[52][53]

Participantes

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Equipe Cidade Estado Classificação
Aliança Campos dos Goytacazes   RJ Campeão campista de 1936[nota 3]
Atlético Mineiro Belo Horizonte   MG Campeão mineiro de 1936
Fluminense Rio de Janeiro   DF Campeão carioca de 1936 (LCF)[nota 4]
Liga da Marinha Rio de Janeiro   DF Convidada pela FBF
Portuguesa São Paulo   SP Campeã paulista de 1936 (APEA)[nota 5]
Rio Branco Vitória   ES Campeão capixaba de 1936

Fase preliminar

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Em itálico, as equipes que possuem o mando de campo no jogo único, em negrito as equipes classificadas.
  Primeira fase Segunda fase
                 
1    Rio Branco -  
4   -  
         Rio Branco 2
       Liga da Marinha 0
2    Aliança 0
3    Liga da Marinha 2  

Primeira fase

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6 de janeiro de 1937 Aliança   0 – 2   Liga da Marinha Campo da Usina, Campos dos Goytacazes (RJ)
Árbitro: Roberto Porto

  Paranhos
  Aldo

Segunda fase

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11 de janeiro de 1937 Rio Branco   2 – 0
(pro)
  Liga da Marinha Estádio Governador Bley, Vitória (ES)
Árbitro: Roberto Porto

   Caxambú

Quadrangular final

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Pos Equipe Pts J V E D GP GC SG Classificado
1   Atlético Mineiro 9 6 4 1 1 18 11 +7 Campeão
2   Fluminense 6 6 3 0 3 22 16 +6 Vice-campeão
3   Rio Branco-ES 5 6 2 1 3 11 20 −9
4   Portuguesa 4 6 2 0 4 14 18 −4
Fonte:

Partidas

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10 de janeiro de 1937 Portuguesa   4 – 1   Fluminense Campo do Cambuci, São Paulo (SP)
Árbitro: José Fockler

  Laércio
   Aurélio
  Joãozinho
  Hélio

13 de janeiro de 1937 Fluminense   6 – 0   Atlético Mineiro Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Carlos de Oliveira Monteiro

   Russo
  Romeu
    Hércules

13 de janeiro de 1937 Rio Branco   3 – 2   Portuguesa Estádio Governador Bley, Vitória (ES)
Árbitro: Theobaldo Santos

  Caxambú
  Lacínio
  Pereira
  Joãozinho
  Aurélio

17 de janeiro de 1937 Rio Branco   1 – 1   Atlético Mineiro Estádio Governador Bley, Vitória (ES)
Árbitro: Alcebíades Monjardim

  Pereira   Alfredo Bernardino

20 de janeiro de 1937 Fluminense   6 – 2   Portuguesa Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Guilherme Gomes

  Brant
  Sobral
  Russo
  Romeu
   Hércules
  Laércio
  Paschoalino

24 de janeiro de 1937 Rio Branco   4 – 3   Fluminense Estádio Governador Bley, Vitória (ES)
Árbitro: Carlos de Oliveira Monteiro

   Caxambú
 Alcyr
 Lacínio
   Russo
  Romeu

24 de janeiro de 1937 Atlético Mineiro   5 – 0   Portuguesa Estádio de Lourdes, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Abílio Lopes de Almeida

     Paulista
  Duilio (contra)

28 de janeiro de 1937 Fluminense   5 – 2   Rio Branco Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro (DF)
Árbitro: Roberto Porto

  Lara
   Russo
  Romeu
  Hércules
  Lacínio
  Marcionillo

31 de janeiro de 1937 Atlético Mineiro   4 – 1   Fluminense Estádio de Lourdes, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: João Rodrigues Filho

   Nicola
  Alfredo
  Paulista
  Vicentino

31 de janeiro de 1937 Portuguesa   4 – 0   Rio Branco Campo do Cambuci, São Paulo (SP)
Árbitro: Carlos Rustidelli

  Joãozinho
   Paschoalino
  Mundico

3 de fevereiro de 1937 Atlético Mineiro   5 – 1   Rio Branco Estádio de Lourdes, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Júlio Corrêa de Melo

  Guará
   Paulista
  Nicola
  Bazzoni
  Lacínio

14 de fevereiro de 1937 Portuguesa   2 – 3   Atlético Mineiro Campo do Cambuci, São Paulo (SP)
Árbitro: José Fockler

  Aurélio
  Heitor
   Guará
  Paulista

Premiação

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Campeonato Brasileiro de Futebol de 1937
 
ATLÉTICO MINEIRO
Campeão
(1° título)

Classificação geral

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A classificação geral é determinada através da fase em que o time alcançou e a sua pontuação, levando em conta os critérios de desempate.

Pos. Equipe Pts J V E D GP GC SG
Quadrangular final
1   Atlético Mineiro 9 6 4 1 1 18 11 +7
2   Fluminense 6 6 3 0 3 22 16 +6
3   Rio Branco 7 7 3 1 3 13 20 –7
4   Portuguesa 4 6 2 0 4 14 18 –4
Eliminados na fase preliminar
5   Liga Da Marinha 2 2 1 0 1 2 2 0
6   Aliança 0 1 0 0 1 0 2 −2

Artilheiros

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Gols Jogador Clube
8 Paulista   Atlético-MG
7 Russo   Fluminense
6 Hércules   Fluminense
5 Caxambú   Rio Branco

Repercussão

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O Globo, destacando a conquista do Atlético em 1937:[1]

Os principais jornais da época trataram o Atlético como "campeão brasileiro" em fevereiro de 1937.[9]

O jornal O Dia, do Paraná citou:


O Correio da Manhã (RJ):

- O Correio da Manhã, trouxe durante toda a disputa, chamando como tal, a tabela do ‘Campeonato Brasileiro’ em suas páginas.


Em São Paulo, o Correio de S. Paulo, trazia em sua capa:

Após a conquista, o técnico do Atlético, Floriano Peixoto, dava entrevistas e era tratado como o treinador do campeão brasileiro de 1937. “Sinto-me satisfeito em ter levado para Minas o primeiro campeonato nacional. E o Atlético, o líder dos clubes montanheses, bem mereceu tão honroso título", afirmou Peixoto, 1937.

Em dezembro de 1950, antes da partida contra o Stade Français no Parc des Princes, o Le Monde estampou em seu caderno de esportes: “Stade Français, contra o campeão brasileiro”,[25] em referência ao título de 37.

Quando o Atlético conquistou o Campeonato Brasileiro de 1971, meios de comunicação apontavam que se tratava do segundo título nacional do clube.[42]

Citação no Hino

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O título está eternizado no Hino do Atlético-MG, composto em 1969, por Vicente Mota:


Ver também

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Notas

  1. Após a boa campanha da Portuguesa nos dois certames de 1933 (estadual e Rio-SP), ambos em 3º lugar, o mesmo jornal colocava o clube como favorito ao título de "campeão paulista e brasileiro" de 1934. Assim como na edição seguinte, também gerida pela FBF, o Palestra Italia foi tratado como "campeão paulista e nacional de profissionais".[16][17]
  2. Em seus boletins oficiais entre 1971 e 1975, a CBD colocava as edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata em igualdade de condições com as edições posteriores do Campeonato Brasileiro, apenas mantendo os nomes próprios, excluindo esta informação a partir do boletim de 1976.
  3. O Campeonato Fluminense de clubes não estava em vigor, sendo substituído pelo Campeonato Fluminense de Seleções municipais. Como o campeão de 1936 deste foi o combinado municipal de Campos dos Goytacazes, designou-se o Aliança, campeão do Campeonato Campista do mesmo ano (1936), para representar o antigo Estado do Rio de Janeiro.[31]
  4. Embora o Campeonato Carioca tenha tido 2 campeões diferentes em 1936 (no caso, Fluminense e Vasco da Gama), haviam 2 competições, em que uma seguia os moldes de futebol amador, e a outra, profissional. O molde amador foi organizado pela Federação Metropolitana de Desportos (FMD), em que o Vasco foi o campeão. Já o molde profissional, foi organizado pela Liga Carioca de Futebol (LCF) com o Fluminense sendo o campeão. Como buscava a profissionalização do futebol no Brasil, o time escolhido pela FBF foi o Fluminense.
  5. Assim como o Campeonato Carioca, o Campeonato Paulista também teve 2 campeões em 1936: o Palmeiras, na época com o nome de Palestra Itália, venceu o molde amador, organizado pela Liga de Futebol Paulista (LPF), e a Portuguesa, campeã do molde profissional, organizado pela Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA). A Portuguesa, por ter vencido o Paulista profissional, foi a convidada pela FBF.

Referências

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  3. «Jornal do Brasil - Pesquisa de arquivos de notícias Google». news.google.com. Consultado em 26 de agosto de 2023 
  4. a b «Atlético-MG reforça pedido para reconhecer a Copa dos Campeões de 1937 como título Brasileiro». www.lance.com.br. Consultado em 26 de agosto de 2023 
  5. «Atlético-MG fica "na cola" de presidente da CBF para reconhecer troféu de 1937 como título Brasileiro». ISTOÉ. 12 de abril de 2022. Consultado em 18 de agosto de 2022 
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  9. a b c d e «Dossiê: Atlético-MG se pauta em "isonomia e jurisprudência" para CBF reconhecer título de 1937». ge. 8 de março de 2022. Consultado em 26 de agosto de 2023 
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  14. «No Torneio dos Campeões da Federação Brasileira de futebol». Bn Digital Brasil. Correio da Manhã (RJ). 10 de janeiro de 1937 
  15. A origem de 11 expressões futebolísticas. [S.l.]: Super Interessante; Editora Abril. Maio de 2002 
  16. «O Palestra vai a S. Carlos». Bn Digital Brasil. Correio de São Paulo. 16 de dezembro de 1933 
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