O Campeonato de Seleções foi organizado pela primeira e única vez pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), após 26 edições, entre 1922 e 1962, pela antecessora CBD, além de 3 edições pela opositora histórica desta, a FBF (1933 a 1935), extinta em 1941.[1]
A competição contou com a participação de vinte seleções, sendo a primeira fase composta por oito grupos de duas equipes. A Seleção Gaúcha iniciou na segunda fase,[2] enquanto São Paulo e Rio de Janeiro começaram a partir da terceira fase. Campeã da edição anterior, a Seleção Mineira entrou diretamente na fase semifinal, sendo representada pelo Villa Nova.
Na final, o selecionado do Rio de Janeiro, que iniciou o campeonato tendo o Vasco da Gama como base, foi representada pelo Americano de Campos, clube ao qual o então presidente da FERJEduardo Viana era torcedor. A Seleção Paulista queria que o segundo jogo da decisão fosse jogado no domingo, 7 de fevereiro. Houve um impasse: nesta data, o Americano enfrentaria o América pelo Campeonato Estadual.[3] A CBF marcou a partida para a terça-feira, dia 9 de fevereiro. Como os paulistas recusaram a jogar, a Seleção fluminense foi declarada campeã.[4]
Segundo o pesquisador Rodrigo Guimarães Saturnino Braga (2021, p. 13), a última edição do Campeonato de Seleções foi "organizada para tentar aplacar o descontentamento entre as federações e juntar forças para enfrentar o que parecia ser uma luta por autonomia por parte dos clubes".[5] Em 1987, a partir do Clube dos 13 (instituição formada na época pelo G-12 e o Bahia), os clubes foram protagonistas na gestão da polêmica e inovadora Copa União.
Árbitro: Lecílio Estrela de Sá Auxiliares: Josenil Santos Souza e Rui Edjan de Jesus Martins
Amazonas: Luís Roberto; Paulo Verdum, Murica, Paulo Galvão (Kléber) e Luís Florêncio; Alves, Fernandinho (Luizinho) e Carlinhos Maracanã; Curió, Helinho e Jorginho de Castro.
Pará: Juranir; Jair, Nad, Pagani e Mário Vigia; Edgar, Ondino e Gerson (Jair Feitosa); Edil (Marcos Nogueira), Cabinho e Walbert.
Público: 3,032 Árbitro: Josenil Santos Souza Auxiliares: Lecílio Estrela de Sá e Frandir Nascimento Fontes
Pará: Juranir; Jair, Nad, Pagani e Mário Vigia; Edgar, Ondino e Gerson; Edil, Cabinho e Walbert (Marcos Nogueira).
Amazonas: Luís Roberto; Paulo Verdum, Alves, Murica e Luís Florêncio; Kléber, Helinho e Carlinhos Maracanã (Neto); Curió, Luizinho e Jorginho de Castro. Técnico: Paulo Mendes.
* NOTA: com resultado igual no jogo de volta, a decisão foi à sorteio, do qual saiu vencedor a Seleção Amazonense.
Público: 3,805 pagantes Árbitro: José Clizaldo da Silva França
Rio Grande do Norte: Hélio; Saraiva, Edson, Rubens Paula e Valdecy; Baltazar, Alciney (Nito) e Valério; Adauto (Cáo), Almir e Henrique. Técnico: Caiçara.
Sergipe e Alagoas deveriam jogar em Aracaju, em 4 de agosto. Alegando estar impossibilitada de formar uma equipe, já que o Campeonato Alagoano estava na reta final, a Seleção Alagoana enviou um ofício à CBF desistindo da competição.[8]
Público: 596 pagantes Árbitro: Carlos Elias Pimentel
Espírito Santo: Zé Luís; Bartô, Julinho, Paulo Ramos e Marinho; Sena, Luís Alberto e Naldo; Júlio César, Careca (Buga) e Fernando Moura. Técnico: Carlos Roberto.
Bahia: Denílson; Wilson, Lameu, Miranda e Capu; Hermé, Adenilton e Hugo; Júnior (Naldinho), Vandick (Adelvandro) e Luís Henrique. Técnico: Vail Mota.
Público: 838 pagantes Árbitro: Alail Bolívar Viana Filho
Distrito Federal: Dias; Ricardo, Iranil, Zinha e Jerônimo; Marco Antônio, Bilzinho e Zé Maurício; Régis, Bé e Bolão. Técnico: Brito.
Goiás: Ricardo; Válter, Gomes, Ronaldo Castro e Célio Gaúcho; Uidemar, Fagundes e Formiga; Niltinho, Valdir Dias (Paulo César) e Tiãozinho. Técnico: Zé Mário.
Goiás: Oliveira; Válter, Gomes, Ronaldo Castro e Célio Gaúcho; Vildemar, Fagundes e Péricles (Marçal); Niltinho, Formiga (Valdeir) e Tiãozinho. Técnico: Zé Mário.
Distrito Federal: Vanderlei; Ricardo, Iranil, Zinha e Jerônimo; Marco Antônio, Bilzinho (Marcelo Freitas) e Zé Maurício; Régis (Moura), Bé e Bolão. Técnico: Brito.
Público: 3,019 (2,561 pagantes) Árbitro: Everaldo Almeida da Silva
Paraná: Toinho; Eraldo, Marcão, Fernando e Dionísio; Milton, Marinho e Serginho; Carlinhos (Sérgio Luís), Adalberto (Pedrinho) e Marquinhos. Técnico: Geraldo Damasceno.
Santa Catarina: Braulino; Rosemiro, Ademir, Ricardo e Dodô; Bin (Veiga), Douglas Onça e Danival; João Carlos, Miltão e Gilmar Madeira (Paulo César). Técnico: Levir Culpi.
Árbitro: Lineu Antônio de Lisboa Júnior dos Santos
* NOTA: com resultado igual no jogo de volta, a decisão foi à sorteio, do qual saiu vencedor a Seleção Maranhense.
Grupo K
Este grupo deveria ser decidido entre os vencedores dos grupos C (Ceará) e D (Pernambuco). Porém, ambas equipes abandonaram a competição, após classificarem para a Segunda Fase.
Paraná: Toinho; Eraldo, Marcão, Fernando e Dionísio; Milton, Adalberto e Pedrinho; Carlinhos, Serginho e Marquinhos. Técnico: Geraldo Damasceno.
Rio Grande do Sul: Gilmar; Alexandre, Baidek, Jairo e Gilberto; Caçapava, Amaral (Gérson Lopes) e Jéferson; Capanema (Romário), Zé Roberto e Neni. Técnico: Paulo Sérgio Poletto.
Público: 416 pagantes Árbitro: Euclides Peres Rodrigues
Rio de Janeiro:Acácio; Paulo Roberto (Milton Mendes), Pedro Diniz, Donato e Mazinho; Humberto (William), Geovani e Osvaldo; Mauricinho, Bismarck e Romário. Técnico: Sebastião Lazaroni.
Maranhão: Jorge; Carlos Alberto, Rosclim, Santos e Neto; Batista, Dias e Daniel; China (Merica), Bacabal e Marco Antônio (Eduardo).
* NOTA: Paraná e Goiás deveriam se enfrentar no dia 1º de dezembro, em Ponta Grossa. Por conta de divergências entre a prefeitura da cidade e a Federação Paranaense de Futebol, a Seleção Paranaense abandonou a competição, classificando a Seleção Goiana diretamente para as semifinais.[12]
Público: 2,675 Árbitro: Pedro Carlos Bregalda do Carmo
Goiás: Ricardo; Jair Ferreira, Ronaldo, ? e Célio Gaúcho; Nélson Dourado, Valdeir (Maranhão) e Marçal; Paulo César (Ivo), Valdir Dias e William. Técnico: Zé Mário.
São Paulo: Carlos; Edinho, Ricardo, André Cruz e Albéris (Biro-Biro); Célio, Silas e Edu; Tato, Agnaldo e João Paulo. Técnico: Rubens Minelli.
Rio de Janeiro: Geraldo; Jaílton, Cléber, João Carlos e Abelardo; Índio, Gilmar (Marquinhos) e Carlos; Carlinhos Mineiro, Alexandre (Amarildo) e Marcinho. Técnico: José Maria Pena.
Minas Gerais: Roberto Carlos; Rubens, Isaac, Marcus Vinícius e Jardel; Alex, Erivelto e Elísio; Zé Carlos, Pirulito (Binga) e Mairon César. Técnico: Dawson Laviola.
Minas Gerais: Roberto Carlos; Rubens, Isaac, Marcus Vinícius e Euler (Émerson); Alex (Pirulito), Erivelto e Elísio; Zé Carlos, Binga e Mairon César. Técnico: Dawson Laviola.
Rio de Janeiro: Geraldo; Jaílton, Cléber, Geovani e Abelardo; Índio, Gilmar e Carlos; Carlinhos Mineiro, Alexandre (Luís Alberto) e Marcinho. Técnico: José Maria Pena.
Rio de Janeiro: Geraldo; Jaílton, Cléber, João Carlos e Abelardo; Índio, Gilmar (Luís Alberto) e Carlos; Amarildo, Carlinhos Mineiro e Marcinho. Técnico: José Maria Pena.[14]
São Paulo: Carlos; Edinho, Nenê, André Cruz e Jairo; Célio, Biro-Biro e Silas; Tato (Toninho), Agnaldo (Éverton) e Edu. Técnico: Rubens Minelli.
↑Jornal do Brasil (6 de fevereiro de 1988). «Rio campeão». Consultado em 30 de junho de 2018
↑BRAGA, Rodrigo Guimarães Saturnino. Campeonato brasileiro de seleções estaduais de futebol: Uma história política do futebol brasileiro da Primeira República ao Estado Novo (1922-1945). 2021. 244 f. Dissertação (Mestrado em História) - Programa de Pós-Graduação em História, Bens Culturais e Projetos Sociais, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2021. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/31527.