Camusot (pai)
Camusot, nascido em 1765, é uma personagem da Comédia Humana, de Honoré de Balzac[1]. Ele aparece principalmente em Illusions perdues[2]. Debochado, aficionado por festas galantes, ele tem um grande papel na queda de Coralie, mas quando é nomeado juiz comissário de falência no tribunal do comércio, ele faz o impossível por salvar seu amigo César Birotteau.
De sua primeira esposa, única herdeira dos irmãos Pons, bordadeiros da corte imperial, ele tem um filho que se tornará o juiz Camusot, que casa em 1819 com a filha de um oficial do gabinete do real em Le Cabinet des Antiques[3] e Un début dans la vie[4].
Sua segunda esposa, filha mais velha de Jean-Jérôme Cardot, proprietário da loja Le Cocon d'Or, lhe traz um sólido dote. Seu cunhado lhe deixa a propriedade da loja de sedas. É um excelente negócio que o enriquece. Ele tem três filhos dela.
Amigo de Monsieur Guillaume no Primeiro Império em La Maison du chat-qui-pelote[5] ele é convidado ao baile de César Birotteau em 1818.
Em 1821, ele mantém Coralie. Companheiro de diversões do seu cunhado Cardot, ele frequenata também Philippe Bridau e Florine em La Rabouilleuse[3].
Em 1822 em Ilusions perdues, ele está completamente bêbado ao fim do jantar de Florine. Coralie e Lucien de Rubempré se aproveitam para fugir juntos. Primeiramente generoso com Coralie que vem a ele tirar dinheiro para Lucien, se torna ciumento e arruina sua carreira fazendo-a perder um papel magnífico escrito por Félicité des Touches. Coralie e Lucien caem na mais profunda miséria. Mas para o enterro de Coralie, Camusot compra uma concessão perpétua no cemitério de Père-Lachaise.
Em 1834, aposenta-se dos negócios
Em 1844 em Le Cousin Pons[6], ele se torna membro do conselho geral de manufaturas, conselheiro municipal e deputado de Paris, depois é nomeado barão e par da França em 1845.
Camusot aparece também em La Muse du département[3] e Splendeurs et misères des courtisanes[7].
Referências
- ↑ Ver o verbete "CAMUSOT, silk merchant" em Repertory of the Comédie Humaine, em inglês.
- ↑ Honoré de Balzac. A comédia humana. Org. Paulo Rónai. Porto Alegre: Editora Globo, 1954. Volume VII
- ↑ a b c Balzac, op. cit., volume VI
- ↑ Balzac, op. cit., volume II
- ↑ Balzac, op. cit., volume I
- ↑ Balzac, op. cit., volume X
- ↑ Balzac, op. cit., volume IX