Carbolfucsina

composto químico

Carbolfucsina ou carbol-fucsina, também chamada de fucsina fenicada, é uma mistura de fenol e fucsina básica, usada em procedimentos de coloração de bactérias. É comumente usada na coloração de micobactérias como tem uma afinidade com os ácidos micólicos encontrados em suas membranas celulares.[1][2][3][4]

Fucsina

É um componente da coloração de Ziehl–Neelsen.[5][6] Carbolfucsina é usada como um corante para detectar bactérias ácido-álcool resistentes porque é mais solúvel nos lípidos da parede das células do que no álcool ácido. Se a bactéria é ácido-rápida as bactérias irão reter a cor vermelha inicial do corante, porque elas são capazes de resistir a dessecação por álcool ácido.

Carbolfucsina é também usada como um antisséptico tópico.

Seu número CAS é 4197-24-4. É também conhecida como “tinta de Castellani” nos EUA.

Preparação da solução[1]

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  1. Prepara-se uma primeira solução dissolvendo 9 g de fucsina básica em 90 mL de álcool etílico (95% aquoso).
  2. Prepara-se uma segunda solução dissolvendo 45 mL de fenol fundido, em 100 mL de álcool etílico (95%).
  3. Acrescentar a primeira e a segunda soluções em um recipiente (como um balão de vidro) de 2.000 mL de capacidade. Homogeneizar.
  4. Adicionar 450 mL de água destilada.
  5. Aquecer em banho-maria (de água em ebulição) por um período de uma hora, agitando a mistura periodicamente, ou até que, após agitação, a solução escorra rapidamente pela parede do balão, sem formar bolhas de aspecto gorduroso.
  6. Completar a solução com 450 mL de água destilada e transferir para um frasco, onde deverá permanecer 48 horas em repouso
  7. Filtrar em papel filtro e envazar em frasco de vidro âmbar para uso.

Referências

  1. a b Luiz Fernando de Góes SIQUEIRA, Regina Gomes de ALMEIDA, Walter FRANCISCO, Manuel Fernando Queiroz dos SANTOS JR, Walter BELDA; SOLUÇÃO ESTÁVEL DE FUCSINA — NOVO MÉTODO DE PREPARAÇÃO PARA COLORAÇÃO DE ZIEHL-NEELSEN; Hansen. Int,12(1):8-1.1, 1987.
  2. Geo. F. Brooks, Karen C. Carroll, Janet S. Butel, Stephen A. Morse, Timothy A. Mietzner; Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick & Adelberg - 26.ed. AMGH Editora, 2014. pg 755
  3. Elmer W. Koneman, Stephen Allen; Koneman. Diagnostico Microbiologico/ Microbiological diagnosis: Texto Y Atlas En Color/ Text and Color Atlas; Ed. Médica Panamericana, 2008. pg 1431
  4. Guillem Prats; Microbiología clínica; Ed. Médica Panamericana, 2006. pg 352
  5. Angra P, Ridderhof J, Smithwick R (julho de 2003). «Comparison of two different strengths of carbol fuchsin in Ziehl-Neelsen staining for detecting acid-fast bacilli». J. Clin. Microbiol. 41 (7). 3459 páginas. PMC 165351 . PMID 12843125. doi:10.1128/JCM.41.7.3459.2003 
  6. Selvakumar N, Rahman F, Rajasekaran S, Narayanan PR, Frieden TR (agosto de 2002). «Inefficiency of 0.3% carbol fuchsin in ziehl-neelsen staining for detecting acid-fast bacilli». J. Clin. Microbiol. 40 (8): 3041–3. PMC 120628 . PMID 12149374. doi:10.1128/JCM.40.8.3041-3043.2002