Carcass

banda britânica

Carcass é uma banda de metal extremo do Reino Unido formada em 1985, usualmente considerada a criadora do estilo goregrind e também do death metal melódico. Seus discos Necroticism - Descanting the Insalubrious (1991) e Heartwork (1993) costumam figurar nas listas de melhores discos de death metal da história.[1] No ano de 2007, seus ex-integrantes reuniram-se por tempo indeterminado, para a realização de algumas apresentações e uma turnê mundial.[2] Em 2013 gravaram seu álbum de retorno, chamado Surgical Steel, que estreou marcando presença nas paradas musicais do mundo todo.[3]

Carcass

Carcass, 2016
Informação geral
Origem Liverpool, Inglaterra
País Reino Unido
Gênero(s) Grindcore, death metal, goregrind, death metal melódico, death 'n' roll
Período em atividade 1985-1996
2007-atualmente
Gravadora(s) Sony
Earache
Integrantes Bill Steer
Jeffrey Walker
Daniel Wilding
Ex-integrantes Ken Owen
Sanjiv
Mike Hickey
Carlo Regadas
Daniel Erlandsson
Michael Amott
Tom Draper
Ben Ash

História

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Formação (1985–1988)

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O guitarrista Bill Steer em show com o Carcass.

Formado em 1985, em Liverpool, o Carcass contava com Bill Steer (guitarra), Jeff Walker (baixo), Ken Owen (bateria) e Sanjiv (vocal). Um ano depois, Sanjiv (vocal) saiu da banda e não houve mais notícias. O único material onde ele participa é a primeira demo do grupo, Flesh Ripping Sonic Torment. Ao passo disto, o guitarrista Bill Steer foi para o Napalm Death, outra banda de Grindcore. Mas Steer não abandonou o Carcass, ele considera o Napalm Death era seu trabalho paralelo. Esses acontecimentos resultaram em um período de inoperância na banda. O período foi curto, e para provar que o Carcass estava novamente à ativa, em 1987, sem o vocalista Sanjiv, o conjunto começa a trabalhar como um trio. Os vocais mais urrados e guturais ficavam por conta de Bill Steer, e o baixista Jeff Walker cuidava dos vocais "gritados".

Em 1988, o Carcass lança seu primeiro álbum intitulado Reek of Putrefaction. A capa, que dispensa comentários, trazia fotos de pessoas mortas, corpos em decomposição, mutilados e despedaçados. Este disco se tornaria um clássico do grindcore, por sua inovação. No entanto, a qualidade da gravação deste disco deixa bastante a desejar, vindo a melhorar no segundo disco.

Na lacuna de tempo entre o lançamento Reek e o segundo álbum, Ken Owen adquiriu um bumbo duplo para o seu kit de bateria, permitindo então o uso de pedal duplo para a composição das novas músicas. Jeff Walker afirma que esta foi uma das principais razões para que Bill Steer levasse a banda mais a sério e deixasse o Napalm Death, para se dedicar integralmente ao Carcass.

Mudança de estilo (1989–1992)

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Symphonies of Sickness, o segundo álbum, teve uma produção melhor, com a ajuda de Colin Richardson. Este álbum apresenta uma estrutura mais similar ao death metal, com passagens de riffs mais complexos e solos de guitarra mais lentos.[4] Na segunda metade da turnê do Symphonies um segundo guitarrista já se apresentava na banda, Michael Amott, que viria a integrar permanentemente o grupo. Seu trabalho já é notado no segundo Peel Sessions e no terceiro álbum já havia sua contribuição em criações.

 
Jeff Walker e Ben Ash durante show do Carcass na Alemanha em 2014.

Necroticism - Descanting the Insalubrious mostrou composições mais intrincadas, além de solos de guitarra e produção melhorados. Apesar da adição de Amott, Steer ainda fazia todas as funções de guitarra rítmica, com Amott apenas contribuindo com solos e um riff.[5] Carcass deu novamente suporte ao álbum com inúmeros shows, enquanto fazia parte da tour 'Gods of Grind' da Earache junto a Cathedral, Entombed e Confessor na Europa e nos Estados Unidos.

O EP The Tools of the Trade foi lançado em 1992 para coincidir com a "Gods of Grind" tour.

Popularidade e fim (1993–1996)

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O quarto disco da banda, Heartwork, foi lançado no fim de 1993. Representou uma mudança radical no som para muitos fãs, eliminando os vocais brutais de Steer e as letras de gore clínicas.[6] Novamente, Steer gravou todas as bases de guitarra, dessa vez por Amott ter perdido seu passaporte na Índia (impossibilitando-o de volta a tempo para a Inglaterra para gravar). As estruturas das canções, enquanto ainda contendo partes musicalmente complexas, eram mais simples, em alguns casos usando a fórmula verso/refrão/verso.

Após o lançamento de Heartwork, o Carcass assinou contrato global com a Columbia Records, que esperava por sucesso comercial, sugerindo até para Jeff Walker mudar seu estilo de canto. Michael Amott deixou a banda depois que Heartwork foi gravado, e foi substituído temporariamente por Mike Hickey, que mais tarde deu lugar a Carlo Regadas.

Durante o verão de 1994, Walker remixou a faixa "Inside Out" para um álbum remix de Die Krupps, embora a versão tenha ficado razoavelmente fiel à original com exceção dos samples de bateria de Owen em Heartwork substituindo os originais de Die Krupps, e adicionais mixagens de Walker e Colin Richardson nos estúdios Parr Street (onde Heartwork foi gravado).

 
Carcass durante show em Portugal em 2010.

O Carcass então começou a compor canções para estrear por sua grande gravadora. Durante a turnê britânica de dezembro de 1994, o Carcass apresentou duas canções dentre suas novas composições - "Edge of Darkness" e "Firmhand", ambas mostrando serem canções mais diretas do que as gravações anteriores. Por volta dessa época, "Edge of Darkness" foi gravada para sessões do BBC Radio 1 Rock Show - uma sessão que pode ser encontrada em coletâneas posteriores.

No fim de 1994, 17 canções já estavam prontas e a banda usou uma quantia de $200,000 para gravar um novo álbum, novamente com Colin Richardson, nos estúdios Rockfield em Monmouth, South Wales, no início de 1995. No período de 6 semanas de gravação a gravadora começou a retirar o apoio, afirmando que o Carcass não estava pronto para gravar, e necessitava escrever mais músicas. Esse aviso foi ignorado, e como Terry Date foi sugerido para mixar o disco, a banda continuou. Na época, Jeff Walker falou em um entrevista à Metal Hammer Magazine inglesa que o álbum tinha uma pegada mais próxima ao rock clássico, com bateria, baixo e guitarras à la Thin Lizzy, em comparação às anteriores produções de "guitarras de multi-camada". Isso tudo degradou-se devido à falta de vontade de Bill Steer de fazer as demoradas camadas de guitarra (que, mais uma vez, teve Steer tocando toda a guitarra base) por causa de sua perda de interesse no heavy metal.

Durante as sessões de gravação de Swansong, o Carcass foi convidado a remixar uma faixa de Björk - "Isobel". Não era uma remixagem propriamente dita, mas sim uma regravação deixando os vocais originais de Björk. Toda a guitarra base foi feita por Steer, e a faixa saiu em março de 1996 no single "Hyperballad" de Björk.

Reunião (2007-presente)

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Em 2006 Jeff Walker concedeu entrevistas admitindo a possibilidade de uma reunião do Carcass até 2007. Segundo ele, Michael Amott quer muito a volta da banda. Tudo dependeria de uma posição de Bill Steer, uma vez que Ken Owen não participará mas não se opôs à ideia de ser substituído por outro baterista.

Em setembro de 2007 Michael Amott disse a uma revista sueca que ele, Bill Steer e Jeff Walker se reuniram para ensaiar músicas antigas da banda, contando com o baterista do Arch Enemy Daniel Erlandsson no lugar de Ken Owen.[7] O objetivo era tocar em festivais de verão europeus de 2007 mas isso não foi possível. No mês seguinte a banda foi confirmada na edição de 2008 do festival alemão Wacken Open Air.[8]

Após mudanças na formação, em 2013 eles gravaram um novo disco intitulado Surgical Steel.

Integrantes

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Linha do tempo

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Discografia

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Carcass no Brasil

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  • A banda se apresentou no Brasil em 2008, com shows em Belo Horizonte e São Paulo.[9]

Referências

  1. «Terrorizer Magazine: os melhores álbuns de death metal». Whiplash.Net. Consultado em 7 de setembro de 2012 
  2. «Reunited Carcass confirmed for next year's Wacken Open Air». Blabbermouth.net. 6 de outubro de 2007. Consultado em 6 de outubro de 2007 
  3. «SURGICAL STEEL - CARCASS». www.nuclearblast.com 
  4. J. Purcell, Natalie (5 de maio de 2003). McFarland, ed. Death Metal Music: The Passion and Politics of a Subculture. [S.l.: s.n.] pp. 21–22. ISBN 0-7864-1585-1. Consultado em 18 de dezembro de 2011. Carcass' following album, Symphonies of Sickness, featured slower and catchier songs, and showed the band's movement into the Death Metal genre. The next album, Necroticism: Descanting the Insalubrious, was pure Death Metal with intricate dynamics, complex structured songs, and refined guitar solos. 
  5. «Carcass Giving People What They Want». Blabbermouth.net. 18 de setembro de 2013. Consultado em 18 de outubro de 2013 
  6. Franklin, Dan (16 de setembro de 2013). «Can You Feel The Forceps: Carcass, Surgical Steel And Heartwork Revisited». The Quietus. Consultado em 19 de outubro de 2013 
  7. «Carcass: ensaios e possível reunião para tour». 20 de Setembro de 2007. Consultado em 17 de Novembro de 2007 
  8. «Carcass: anunciada apresentação no Wacken». 10 de Outubro de 2007. Consultado em 17 de Novembro de 2007 
  9. «Carcass confirma show em São Paulo - Keep on Rotting in Brazil - na casa Santana Hall de outros estilos musicais, no dia 09 de Novembro de 2008». 1 de Agosto de 2008. Consultado em 6 de Agosto de 2008 

Ligações externas

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