Carla Körbes
Carla Körbes (nascida em Porto Alegre) é uma bailarina brasileira que atuou como bailarina principal no Pacific Northwest Ballet, depois se tornou a diretora artística associada do LA Dance Project. Ela agora é professora associada na faculdade de balé da Escola de Música Jacobs, da Universidade de Indiana.
| Carla Körbes | |
|---|---|
| Nascimento | 1980 Porto Alegre |
| Cidadania | Brasil |
| Alma mater |
|
| Ocupação | bailarina |
Primeiros anos de vida e treinamento
editarCarla nasceu em Porto Alegre, começou no balé aos 5 anos e entrou na escola de Ballet Vera Bublitz aos 11 anos.[1] Aos 14 anos, ela dançou Terpsichore em Apollo, em parceria com Peter Boal, então dançarino principal do New York City Ballet e um convidado da escola. Depois disso, Boal recomendou que ela treinasse na School of American Ballet, em Nova York, embora ela não falasse inglês na época.[2] Alexandra Danilova forneceu um ano de aulas para Carla.[3] Ela recebeu o Prêmio Mae L. Wien de Promessa Excepcional do ano de 1999.[4]
Carreira
editarCarla tornou-se aprendiz do New York City Ballet em 1999 e ingressou na empresa como membro do corpo de balé em tempo integral no ano seguinte. Ela recebeu o Janice Levin Dancer Award na temporada 2001-02. Ela foi nomeada solista em 2005. Mais tarde naquele ano, ela se juntou ao Pacific Northwest Ballet, em Seattle, quando Boal se tornou o diretor artístico do PNB. Ela fez sua estréia na empresa como semi-solista em Symphony in Three Movements. No ano seguinte, ela foi promovida a dançarina principal.[1] Seu repertório inclui clássicos completos como O Lago dos Cisnes e Giselle, além de obras de George Balanchine e obras contemporâneas.[1][2] Ela foi treinada por Mimi Paul e Violette Verdy.[3] Em 2012, dançou o primeiro revival de Élégie de George Balanchine, no Vail International Dance Festival.[5]
Carla foi nomeada uma das "25 pessoas a serem observadas" pela Dance Magazine em 2006.[6] Alastair Macaulay, crítico de dança do The New York Times, tem repetidamente elogiado suas performances. Em 2010, durante uma turnê nacional da temporada do Quebra-Nozes, ele afirmou que Carla foi a melhor dançarina que ele viu na turnê,[7] e em 2012, em uma revisão do Vail International Dance Festival, ele afirmou que Carla "é uma das melhores bailarinas da América nos dias atuais; alguns acham que ela é a melhor, e no último fim de semana eu não estava com vontade de contradizê-los."[8]
Em 2014, aos 33 anos, Carla anunciou que deixaria o PNB em junho de 2015, pois "seu corpo precisa de algo diferente" após uma cirurgia no joelho.[9] De acordo com a tradição do PNB, sua performance final foi um programa para dançarinos de partida, no qual ela dançou The Calling de Jessica Lang, Serenade de Balanchine e "Diamonds" de Jewels.[10]
Em 2015, Carla foi nomeada artista residente no Vail International Dance Festival.[11] Mais tarde naquele ano, ela se tornou a diretora artística associada do LA Dance Project, dirigido por Benjamin Millepied.[12] Ela também ensinou na Colburn School, em Los Angeles,[13] e ocasionalmente se apresenta em festivais e galas.[14]
Em 2017, ela ingressou na faculdade de balé da Indiana University Jacobs School of Music como professora associada.[15]
Vida pessoal
editarEm abril de 2015, ela se casou com o fotógrafo britânico Patrick Fraser e, mais tarde naquele ano, deu à luz um menino chamado Rafael.[16]
Repertório selecionado
editarO repertório de Carla com o New York City Ballet e o Pacific Northwest Ballet inclui: [17]
- After the Rain pas de deux
- Agon
- Apollo
- Carousel (A Dance)
- Cinderella (Cinderella)
- Concerto Barocco
- Concerto DSCH
- Coppélia (Swanilda)
- Élégie
- Fancy Free
- The Four Seasons
- Giselle (Giselle)
- Glass Pieces
- In the Middle, Somewhat Elevated
- In the Night
- "Diamonds" and "Emeralds" from Jewels
- A Midsummer Night's Dream (Titania, Helena, Divertissement pas de deux)
- The Nutcracker (Clara, Flora, Peacock)
- Polyphonia
- Roméo et Juliette (Juliet)
- Serenade
- The Sleeping Beauty (Aurora, Gold and Silver pas de trois, Lilac Fairy)
- Swan Lake (Odette/Odile)
- Symphony in Three Movements
- La Valse
- West Side Story Suite (Anita)
Personagens criadas
- 3 Movements
- An American in Paris
- Chichester Psalms
- Double Feature
- Opus 111
- Sense of Doubt
- Soiree
- Shambards
- Tide Harmonic
- Haiku
Referências
editar- ↑ a b c «Carla Körbes». Indiana University Jacobs School of Music. Consultado em 22 de junho de 2020
- ↑ a b Kourlas, Gia (1 de fevereiro de 2013). «Tales of Innocence, and Now Experience». The New York Times
- ↑ a b Berardi, Gigi (1 de fevereiro de 2010). «Fearless in Seattle». Dance Magazine
- ↑ «The Mae L. Wien Awards». School of American Ballet. Consultado em 13 de junho de 2020
- ↑ «Virtual Vail Dance Festival». Ballet News. 22 de maio de 2020
- ↑ «25 To Watch: Carla Körbes». Dance Magazine. 2007. Arquivado do original em 14 de fevereiro de 2012
- ↑ Dannen, Laura (7 de dezembro de 2010). «The New York Times Loves Carla Korbes». Seattle Met. Consultado em 31 de dezembro de 2011
- ↑ Macaulay, Alastair (6 de agosto de 2012). «Surprises at Every Twirl». The New York Times
- ↑ Kourlas, Gia (18 de setembro de 2014). «Carla Körbes, at 33, Announces Retirement From Ballet». The New York Times
- ↑ Macaulay, Alastair (9 de junho de 2015). «Carla Körbes Grandly Bows Out of Pacific Northwest Ballet». The New York Times
- ↑ «Carla Körbes in Residence at Vail». Pointe Magazine. 29 de maio de 2015
- ↑ Sulcas, Roslyn (25 de junho de 2015). «Carla Körbes Joins L.A. Dance Project». The New York Times
- ↑ «10 Minutes with Carla Körbes». 29 de dezembro de 2016
- ↑ Harss, Marina (2 de novembro de 2016). «The Ballerina Who Got Away Comes Back». The New York Times
- ↑ Forrester, Chris (22 de janeiro de 2018). «Jacobs School of Music hires record number of new faculty». Indiana Daily Student. Consultado em 28 de agosto de 2019
- ↑ Lo, Pia (14 de agosto de 2015). «In Conversation with Carla Körbes». bachtrack
- ↑ «Carla Körbes». Pacific Northwest Ballet. Arquivado do original em 17 de julho de 2015