Carlo Alberto Guidobono Cavalchini

Cardeal italiano

Carlo Alberto Guidobono Cavalchini (26 de julho de 1683 - 7 de março de 1774[1]) foi um cardeal italiano, Datário de Sua Santidade e decano do Colégio dos Cardeais.

Carlo Alberto Guidobono Cavalchini
Cardeal da Santa Igreja Romana
Decano do Colégio dos Cardeais
Datário de Sua Santidade
Carlo Alberto Guidobono Cavalchini
Gravura de Giovanni Domenico Campiglia e Antonio Pazzi

Título

Cardeal-bispo de Óstia-Velletri
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Roma
Nomeação 16 de maio de 1763
Predecessor Giuseppe Spinelli
Sucessor Fabrizio Serbelloni
Mandato 1763 - 1774
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 24 de fevereiro de 1727[1][2]
Nomeação episcopal 10 de maio de 1728
Ordenação episcopal 6 de junho de 1728
Basílica de São Pedro
por Papa Bento XIII, O.P.
Nomeado arcebispo 10 de maio de 1728
Cardinalato
Criação 9 de setembro de 1743
por Papa Bento XIV
Ordem Cardeal-presbítero (1743-1759)
Cardeal-bispo (1759-1774)
Título Santa Maria da Paz (1743-1759)
Albano (1759-1763)
Óstia (1763-1774)
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Tortona
26 de julho de 1683
Morte Estados Papais Roma
7 de março de 1774 (90 anos)
Progenitores Mãe: Lucrezia Passalacqua
Pai: Pietro Antonio Guidobono Cavalchini
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Biografia

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Filho de Pietro Antonio Guidobono Cavalchini, barão do Sacro Império Romano-Germânico e de Lucrezia Passalacqua.[1] Era tio-avô do também cardeal Francesco Guidobono Cavalchini.

Iniciou seus estudos em casa, mais tarde, frequentou a escola jesuíta em Tortona, em seguida, ele estudou na Universidade de Pavia, onde obteve o doutorado utroque iure, em direito canônico e direito civil, em 24 de julho de 1702. Seu pai o enviou a Roma para aperfeiçoar sua formação jurídica com os advogados mais conceituados da época.[1]

Devido à sua fama como advogado, ele foi admitido no Colégio dos defensores de Milão e foi-lhe concedida a cidadania em 1702. O Senado Milanês designou-o advogado consistorial para aquela cidade, em julho de 1716. Eleitor do Tribunal da Assinatura Apostólica de Justiça e referendário dos Tribunais da Assinatura Apostólica da Justiça e da Graça, em 15 de setembro de 1724.[1]

Vida religiosa

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Foi ordenado padre em 24 de fevereiro de 1727. Eleito arcebispo-titular de Philippi em 10 de maio de 1728, foi consagrado em 6 de junho, na Basílica Patriarcal Vaticana, em Roma, pelo Papa Bento XIII, assistido por Giuseppe Maria Feroni, arcebispo-titular de Damasco, e por Bernardo Pizzella, bispo-titular de Constantina. Promotor da Fé em 19 de maio de 1728.[1]

Criado cardeal no consistório de 9 de setembro de 1743, pelo Papa Bento XIV, recebeu o barrete cardinalício em 12 de setembro e o título de Santa Maria da Paz em 23 de setembro. Prefeito da Sagrada Congregação dos Bispos e Regulares, em 2 de março de 1748, permanecendo no cargo até 24 de junho de 1752. Foi nomeado protetor da Ordem dos monges Celestinos, em novembro de 1752 e dos Frades Capuchinhos em março de 1753.[1]

No Conclave de 1758, o rei Luís XV da França apresentou o jus exclusivae, por meio do cardeal Paul d'Albert de Luynes, ao cardeal Guidobono Cavalchini, quando este estava a apenas um voto de ser eleito Papa. Segundo algumas fontes, no entanto, durante o conclave, Guidobono Cavalchini teria sido eleito, mas depois foi forçado a demitir-se pelo veto francês.[1] Esse veto foi motivado pela sua atitude em relação à promoção de Roberto Belarmino e nas questões relacionadas com a bula papal anti-jansenista Unigenitus.[3] A exclusão provocou fortes protestos, mas Cavalchini mesmo disse: "É uma prova evidente de que Deus me considera indigno de preencher as funções de seu vigário na Terra".[4]

Nomeado Datário de Sua Santidade, em 15 de julho de 1758, cargo que ocupou até sua morte. Passa para a ordem dos cardeais-bispos e assume a sé suburbicária de Albano em 12 de fevereiro de 1759. Em 16 de maio de 1763, assume a suburbicária de Ostia–Velletri, sé do decano do Sacro Colégio dos Cardeais. Ele visitou a diocese, erradicou os abusos, restaurou a disciplina eclesiástica, trabalhou para o bem público e foi generoso com os pobres.

Morreu em 7 de março de 1774, em Roma, com catarro, febre alta e devido à avançada idade. Foi velado na basílica de Ss. XII Apostoli, em Roma, onde o funeral ocorreu com a participação do papa e do Sacro Colégio dos Cardeais. Na ocasião, o Papa concedeu a absolvição final e foi enterrado, temporariamente, na mesma Basílica. Mais tarde, seus restos mortais foram transferidos para Tortona.[1]

Conclaves

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Ligações externas

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Referências

  1. a b c d e f g h i «The Cardinals of the Holy Roman Church» (em inglês) 
  2. a b c «Carlo Alberto Cardinal Guidobono Cavalchini» (em inglês). Catholic-Hierarchy. Consultado em 13 de junho de 2012 
  3. L. Pastor, p. 152-153
  4. Papal Library

Bibliografia

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  • Cardella, Lorenzo (1793). Memorie storiche de' cardinali della Santa Romana Chiesa (em italiano). Roma: Stamperia Pagliarini 
  • Beltrami, Giuseppe (1972). Notizie su prefetti e referendari della Segnatura Apostolica desunte dai brevi di nomina. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana. p. 131 
  • von Pastor, Ludwig (1941). History of the Popes. XXXVI. Londres: Routledge & Kegan Paul Ltd 


Precedido por
Giuseppe Accoramboni
 
Arcebispo-titular de Philippi

17281743
Sucedido por
Giovanni Archinto
Precedido por
Damian Hugo Philipp von Schönborn
 
Cardeal-presbítero de Santa Maria da Paz

17431759
Sucedido por
Antonio Maria Priuli
Precedido por
Raffaele Cosimo De Girolami
 
Prefeito da Sagrada Congregação dos Bispos e Regulares

17481752
Sucedido por
Francesco Carafa della Spina di Traetto
Precedido por
Pompeio Aldrovandi
 
Datário de Sua Santidade

17581774
Sucedido por
Vincenzo Malvezzi Bonfioli
Precedido por
Francesco Scipione Maria Borghese
 
Cardeal-bispo de Albano

17591763
Sucedido por
Fabrizio Serbelloni
Precedido por:
Giuseppe Spinelli
 
Cardeal-bispo de Óstia-Velletri

Sucedido por:
Fabrizio Serbelloni
Deão do Sacro Colégio Cardinalíco
17631774