Carlos Guilherme Mota
Carlos Guilherme Santos Serôa da Mota (São Paulo, 1941[1]) é um historiador brasileiro.
Carlos Guilherme Mota | |
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Nascimento | 1941 |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Historiador |
Prémios | Prémio Machado de Assis 2011 |
Carreira
editarGraduado em História pela Universidade de São Paulo (1963), mestre (1967) e doutor (1970) em História Moderna e Contemporânea, livre docente (1975) pela mesma universidade e pós-doutorado pela Universidade Stanford. É Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.[2] Suas principais áreas de interesse são História da Cultura e das Ideologias.
Foi membro do board do Programa de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Princeton e diretor de Estudos da École des Hautes Études en Sciences Sociales.
Ex-professor titular do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP, atualmente é professor titular da Universidade Presbiteriana Mackenzie, da Universidade de São Paulo e da Fundação Getúlio Vargas.[3]
Foi consultor e professor visitante no Centro de Estudos Brasileños da Universidade de Salamanca, professor visitante da Universidade de Londres e da Universidade do Texas.
Fundou e dirigiu o Instituto de Estudos Avançados da USP.[3] Foi também um dos fundadores do Memorial da América Latina.
É membro do conselho editorial das revistas Minius, da Universidade de Vigo e Estudos Avançados, da USP, além das revistas eletrônicas Intellectus e Aedificandi.
Publicou mais de trinta livros como autor, coautor ou organizador.
Em 2011, conquistou o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto de sua obra.[4]
No dia 15 de abril de 2014, tomou posse do cargo de diretor da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.[5] Entretanto, em 29 de agosto do mesmo ano, pediu demissão do cargo, em protesto contra a crise da USP, cujos professores e funcionários estavam em greve havia mais de três meses, por reajuste salarial.[6]
Alguns livros publicados
editar- Ideologia da cultura brasileira (1933-1974). São Paulo: Editora 34, 2008. v. 1. 424 p.
- A ideia de Revolução no Brasil e outras ideias. São Paulo: Globo, 2008. 496 p.
- Com Adriana Lopez, História do Brasil. Uma interpretação. São Paulo: SENAC, 2008. v. 2. 890 p.
- Historia de Brasil. Una interpretación. Salamanca: Editora da Universidad de Salamanca, 2008. v. 1.
- 1789-1799: a Revolução Francesa. São Paulo: Perspectiva, 2007.
- Os juristas na formação do estado-nação brasileiro. Do século XVI a 1850. São Paulo: Editora Quartier Latin, 2006. v. 1. 400 p.
- José Bonifácio - Patriarca da Independência: criador da sociedade civil nos Trópicos. São Paulo: Imprensa Oficial, 2006.
- Organizador da obra Viagem Incompleta. A Experiência Brasileira, 1500-2000. São Paulo: Editora SENAC e SESC, 2000.
- Ideia de revolução no Brasil: 1789-1801. São Paulo: Editora Ática, 1996.
- Com Fernando Novais, A independência política do Brasil. São Paulo: Hucitec, 1996.
- Organizador de A arte brasileira. São Paulo: Editora Abril, 1976. 128 p.
- Nordeste, 1817: Estrutura e Argumentos. São Paulo: Perspectiva e EDUSP, 1972.
- Atitudes da Inovação no Brasil. Lisboa: Livros Horizontes, 1970
Referências
- ↑ Carlos Guilherme Mota. Editora 34.
- ↑ Flávia Dourado (12 de junho de 2009). «Carlos Guilherme Mota, professor emérito da FFLCH». Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo
- ↑ a b «"Vivemos o capitalismo senzaleiro": entrevista com Carlos Guilherme Mota». Instituto Humanitas Unisinos. 9 de dezembro de 2007
- ↑ «Historiador Carlos Guilherme Mota vence prêmio da ABL». Folha de S.Paulo. 16 de junho de 2011
- ↑ Mauro Bellesa (28 de março de 2014). «Carlos Guilherme Mota é o novo diretor da Biblioteca Mindlin». Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Consultado em 31 de agosto de 2014
- ↑ «Crise na USP faz historiador deixar Biblioteca Mindlin». Folha Vitória. 29 de agosto de 2014. Consultado em 31 de agosto de 2014
Ligações externas
editar- Entrevista com Carlos Guilherme Mota. Projeto Memória Oral. Biblioteca Mário de Andrade.