Carlos Santos (1871–1949)
Henrique Carlos Santos, mais conhecido por Carlos Santos (Lisboa, 5 de novembro de 1871 — Lisboa, 11 de agosto de 1949), foi um ator, encenador, professor e escritor português.[1]
Carlos Santos | |
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Carlos Santos na peça Um Serão nas Laranjeiras (Museu Nacional do Teatro e da Dança, Foto Beleza, 1903) | |
Nascimento | Henrique Carlos Santos 5 de novembro de 1871 Lisboa |
Morte | 11 de agosto de 1949 Lisboa |
Cidadania | Portugal, Reino de Portugal |
Progenitores | |
Irmão(ã)(s) | Alda Santos |
Ocupação | ator, encenador, professor, escritor, diretor de cinema |
Biografia
editarNasceu na freguesia de Santa Justa, em Lisboa, a 5 de novembro de 1871, sendo baptizado como filho de pais incógnitos, devido aos pais não serem casados. Foi legitimado, juntamente com a sua irmã Alda, em 1885, ano em que os pais, os atores José Carlos dos Santos e Amélia Vieira, se casaram.[2][3]
Termina o Curso dos Liceus e entra na Escola Naval, como aspirante da Marinha, mas passa depois para o Curso Superior de Letras, onde se licencia. Estreia-se no Teatro D. Maria II aos 21 anos, em novembro de 1893, na Companhia Rosas & Brazão, de Rosa Damasceno e Eduardo Brazão, passando pela Companhia de Comédia do Teatro Gymnasio, participando nas peças Sr.ª Ministra, Zaraguêta e Gatuno.[1]
Casou a 16 de outubro de 1897, na Igreja de Santa Catarina, em Lisboa, com Emília Augusta de Carvalho e foi pai do engenheiro José Carlos Santos (1899-1962), pioneiro da publicidade luminosa em Portugal, proprietário e fundador da Firma Electro Reclamo Limitada, responsável pela projeção e montagem das instalações de iluminação da Exposição do Mundo Português.[4][5]
Em 1898 é co-fundador da Sociedade Artística do Teatro D. Maria II, sendo nomeado societário do mesmo teatro, onde permanece até 1918, entrando nas peças Peraltas e Sécias, Marcha nupcial, Virgem louca, Filho perdido, Escândalo, Ilustre desconhecido, Malquerida, Frei Luís de Sousa, Amor à antiga, Vinte mil dólares, Pedro, o cruel e Coração manda. Faz tournées ao Brasil e às províncias portuguesas.[1]
Formou empresa no Teatro Gymnasio e no Teatro Avenida, onde são levadas à cena as peças Marionettes, Altar da pátria, Edade de amar e Sua magestade.[1]
Pertence ainda às companhias de Ângela Pinto, Lucinda Simões, Cristiano de Sousa e Palmira Bastos. De 1910 a 1941 exerce as funções de diretor e encenador, escrevendo algumas obras sobre teatro: A ilusão do teatro - factores que a comprometem, Poeira do palco e Enquanto o pano não sobe. Foi também professor no Conservatório Nacional de Lisboa.[1]
A 13 de janeiro de 1920, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[1][6]
Faleceu aos 77 anos, na freguesia de Camões, em Lisboa, onde residia, a 11 de agosto de 1949, vítima de Doença de Addison, sendo sepultado no Cemitério dos Prazeres.[5]
- Sr.ª Ministra
- Zaraguêta
- Gatuno
- Peraltas e Sécias
- Marcha nupcial
- Virgem louca
- Filho perdido
- Escândalo
- Ilustre desconhecido
- Malquerida
- Frei Luís de Sousa
- Amor à antiga
- Vinte mil dólares
- Pedro, o cruel
- Coração manda
Obras literárias
editar- A ilusão do teatro - factores que a comprometem
- Poeira do palco
- Enquanto o pano não sobe
Condecorações
editarReferências
- ↑ a b c d e f g «Ficha de Pessoa / Carlos Santos». Centro de Estudos de Teatro. Consultado em 15 de Janeiro de 2014
- ↑ «Livro de registo de casamentos da Paróquia de São José (1885 a 1888)». Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Consultado em 28 de fevereiro de 2021
- ↑ «Livro de registo de baptismos da Paróquia de Santa Justa (1865 a 1875)». Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Consultado em 28 de fevereiro de 2021
- ↑ «Restos de Colecção: Electro Reclamo, Limitada». Restos de Colecção. 27 de outubro de 2019. Consultado em 28 de fevereiro de 2021
- ↑ a b «Livro de registo de óbitos da 7.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (». Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 224, assento 446. Consultado em 28 de fevereiro de 2021
- ↑ a b «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Carlos Santos". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 6 de fevereiro de 2022