Carrinho de rolimã

Carrinho de rolimã ou carrinho de rolamentos é um carrinho, geralmente construído de madeira e rolamentos de aço, para a disputa de corridas ladeira abaixo. Ele geralmente é utilizado em descidas asfaltadas e lisas.[1][2]

Rolamento de esferas
Carrinho de rolimã

A construção de um carrinho geralmente é artesanal, feita com ferramentas simples, como martelo e serrote. O carrinho pode conter três ou quatro rolamentos (quase sempre usados, dispensados por mecânicas de automóveis) e é construído de um corpo de madeira com um eixo móvel na frente, utilizado para controlar o carrinho enquanto este desce pela rua. O freio deve ser um pouco maior que a distância do carrinho até o chão e precisa ficar em posição diagonal; para diminuir a velocidade deve puxar-se o pedaço de madeira ou uma barra de ferro para uma posição em que encoste no chão.[3]

Não se sabe ao certo a origem. Ao que tudo indica os primeiros exemplares foram construídos em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte no final da década de 1960 e começo da década de 1970, primeiras cidades a terem ruas asfaltadas e topografia íngreme. O rolamento de esferas, designado com frequência desde tempos muito recentes também como rolimã, forma nominal que é corruptela do estrangeirismo rolemã [4], redução do nome francês roulement à billes [5], mecanismo utilizado na montagem dos carrinhos mais conhecidos como então, atrás das referidas nas cidades sempre como “carrinho de rolemã”[6] e quase sempre todos os rolemãs [7], tal como então se designavam [8] na linguagem corrente e como ainda hoje são assim designados [9], eram obtidos em oficinas que faziam manutenção dos carros da época e a madeira, de sobra de caixas ou tábuas utilizadas em obras. Os melhores rolamentos vinham da transmissão.

Referências

  1. Prefeitura SP
  2. Carrinho de rolimã - Veja 30 brinquedos que fizeram a alegria da sua infância BOL Notícias - 10 de dezembro de 2015
  3. Marcus Pereira, Lembranças de amanhã, MG Editores Associados, 1980
  4. Menção “rolemã do pinhão” (engrenagem) no texto do “Jornal de Notícias” (SP) publicado aos 12 de Junho de 1946 [1]
  5. Moacyr Scliar, Porto de histórias: mistérios e crepúsculo de Porto Alegre, LP&M, ISBN 85-01-06002-X
  6. Designação citada em anúncio inserido no jornal A Tribuna (Santos, SP) [2]
  7. Designação conforme consta da locução “carrinho de rolemã” em anúncio da própria agência de publicidade J. Walter Thompson inserido no Jornal dos Sports, Domingo, 13/5/1979 [3]
  8. Carrinho de “rolemã” conforme designação utilizada pelo piloto de provas automoblisticas José Carlos Pace na matéria publicada no periódico REALIDADE (SP)/1973: [4]
  9. Citado como "rolemã" no texto de artigo publicado no jornal Correio Braziliense (DF), Ano 2003/Dia 09.02.2003 [5]