Castelo da Costa do Cabo

Fortificação em Gana

Castelo da Costa do Cabo (em inglês: Cape Coast Castle) é uma fortificação militar construída no século XVII, localizada na cidade de Cabo Corso, no Gana. Foi declarado como Patrimônio Mundial, tombado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), juntamente com outros castelos e fortalezas do país, em 1979. [1][2]

Castelo da Costa do Cabo
Cape Coast Castle
Castelo da Costa do Cabo
Informações gerais
Tipo Fortificação
Início da construção 1653 (371 anos)
Proprietário inicial Coroa suéca
Função inicial Fortaleza
Proprietário atual Governo de Gana
Função atual Museu
Website http://ghana-net.com/cape_coast_castle_museum.aspx
Geografia
País Gana
Cidade Cabo Corso
Coordenadas Coordenadas : formato inválido
Mapa
Localização em mapa dinâmico

Atualmente abriga um museu histórico e a sede regional do Conselho de Museus e Monumentos de Gana.[1]

História

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Em 1653, os suecos comandados por Krusenstjerna, construíram o forte e o denominaram de Carlousburg, em homenagem ao rei da Suécia.[1][3]

Por ser um local estratégico, o forte foi muito disputado. A Holanda conquistou o forte, em 1658, com o comando de Heinrich Karloff; e o povo Fetu tomou a fortaleza logo depois, em 1661, com os Holandeses a tomando de volta em 1663; Em 1665, os britânicos liderados pelo capitão Holmes, após a Guerra Anglo-Holandesa, conquistaram o forte; Durante a Guerra dos Sete Anos, a França bombardeou a fortificação, causando muitos danos; e em 1760, a Royal African Company comandada por Sir Robert Holmes, reconstruiu a fortaleza, transformando-a em um castelo.[1][3]

Entre 1700 e 1807, os escravizados eram mantidos na fortificação até serem levados para o Novo Mundo; durante este período, acredita-se que mais de 70.000 pessoas escravizadas foram aprisionadas no forte, onde ficavam algemadas em masmorras por até três meses antes de serem colocadas em um navio para serem transportadas para a América ou Caraíbas.[1][4]

Os britânicos proibiram o comércio de escravizados, em 1807; e a fortificação passou a abrigar o comércio de metais preciosos, marfim, milho e pimenta. As atividades no castelo, entre os anos de 1750 e 1820, eram administradas, sob subsídio, pela Companhia Africana de Mercadores (African Company of Merchants); Em 1821, a Coroa Britânica assumiu o controle; e colocou a administração sob o comando do Comitê de Mercadores de Londres, em 1828, que passou a abrigar a sede da administração colonial britânica até 1877. O castelo passa a pertencer a Gana, em 1960, quando esta se tornou independente da colonização britânica.[1][3]

O museu foi inaugurado em 1974, em uma das alas do castelo. Possui um acervo etnográfico e arqueológico que conta a história do continente africano. Apresenta exposições sobre a história pré-colonial da Região Central, sobre o tráfico de pessoas escravizadas e sobre a cultura contemporânea. Está aberto ao público diariamente, com entrada paga e horário restrito. A visita pode ser guiada ou independente.[1][5]

Galeria de fotos

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Referências

  1. a b c d e f g «Cape Coast Castle, Cape Coast (1653)». Ghana Museums & Monuments Board. Consultado em 13 de setembro de 2023 
  2. «Forts and Castles, Volta, Greater Accra, Central and Western Regions». UNESCO World Heritage Centre (em inglês). Consultado em 14 de setembro de 2023 
  3. a b c Apoh, Wazi; Anquandah, James; Amenyo-Xa, Mark. (2019). Shit, Blood, Artifacts, and Tears: Interrogating Visitor Perceptions and Archaeological Residues at Ghana's Cape Coast Castle Slave Dungeon. Journal of African Diaspora Archaeology and Heritage. ISSN: 2161-9441.
  4. Agborli, Divine (22 de abril de 2019). «Gana: As ruínas do comércio de escravos». Deutsche Welle. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  5. «Cape Coast Castle Museum». Art Gallery MoMAA (em inglês). Consultado em 14 de setembro de 2023