Igreja Católica em Essuatíni

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A Igreja Católica em Essuatíni[5][6][7] (também grafado como Eswatini,[8] eSwatini ou Suazilândia, até sua mudança de nome em 2018[9][10][11]) é parte da Igreja Católica universal, em comunhão com a liderança espiritual do Papa, em Roma, e da Santa Sé.[12] O país tem uma grande diversidade religiosa, mas a vasta maioria da população é cristã, e a Igreja Católica é um membro observador do Conselho de Igrejas da Suazilândia. As relações entre diferentes grupos religiosos tendem a tornar-se tensas em momentos de dificuldade econômica.[12]

IgrejaCatólica

Essuatíni
Ano 2010[1]
População total 1.190.000
Cristãos 1.040.000 (88,1%)
Católicos 60.000 (4,9%)
Paróquias 16[2]
Presbíteros 30[2]
Seminaristas 4[2]
Diáconos permanentes 0[2]
Religiosos 19[2]
Religiosas 43[2]
Presidente da Conferência Episcopal Sithembele Anton Sipuka[3]
Núncio apostólico Peter Bryan Wells[4]
Códice SZ

História

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Habitada por tribos suazi desde o século XVI, a região recebeu seus primeiros missionários católicos em meados do século XIX, quando os Oblatos de Maria Imaculada foram enviados pelo Vicariato Apostólico de Natal. A carência desses missionários atrasou o desenvolvimento na região e, depois que os britânicos assumiram o controle, após a Segunda Guerra dos Bôeres, a área foi confiada aos servitas em 1913. A Prefeitura Apostólica da Suazilândia, erigida em 1923, foi elevada a vicariato apostólico em 1939 e a diocese em 1951, cujo nome foi mudado de Bremersdorp para Manzini dez anos depois. O bispo Attilius Barneschi, OSM, que trabalhou no país entre 1939 e 1965, construiu uma catedral em Manzini e estabeleceu um seminário e um noviciado para irmãs africanas.[13]

Em 6 de setembro de 1968, o país conquistou sua independência e seu primeiro rei, Sobhuza II. A falta de partidos políticos levou os ativistas estudantis, com o apoio dos líderes da Igreja, a realizar agitações que clamavam por reformas que criariam um governo mais responsivo ao povo. Em 1992, a Santa Sé estabeleceu relações com o rei Mswati III.[13]

Atualmente

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Em 2000, a Suazilândia tinha 15 paróquias atendidas por oito padres diocesanos e 30 religiosos. Outros religiosos incluíam nove irmãos e aproximadamente 60 irmãs. Além de 45 escolas primárias e 12 secundárias, a Igreja também operava vários hospitais, dispensários, orfanatos e albergues no país. O bispo, membro da Conferência Episcopal da África Meridional, se uniu aos esforços dessa organização para promover a paz e a justiça racial em toda a África Austral. A disseminação do HIV / AIDS também apresentou à Igreja um grande desafio; naquele mesmo ano, mais de um quarto de todos os adultos suazis era HIV positivo.[13]

Os feriados nacionais de cunho católico são: Sexta-feira Santa, Segunda-feira de Páscoa, Ascensão e Natal. No atual momento, a Fundação ACN não vê "nenhuma ameaça à liberdade religiosa, mas sim tensões resultantes de fatores políticos e econômicos", sendo Essuatíni considerado um país religiosamente pacífico.[12]

Organização territorial

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O catolicismo está presente no país com uma única diocese, a Diocese de Manzini, que abrange todo o território do país.[2][14]

Conferência Episcopal

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A reunião dos bispos da África do Sul, Botsuana e Essuatíni forma a Conferência dos Bispos Católicos da África Meridional, que foi criada em 1958.[3]

Nunciatura Apostólica

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 Ver artigo principal: Nunciatura Apostólica de Essuatíni

A Nunciatura Apostólica de Essuatíni foi criada em 1993, após se separar da Delegação Apostólica da África Meridional.[4]

Visitas papais

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O país foi visitado pelo Papa São João Paulo II em 1988, durante o dia 16 de setembro, juntamente com Botsuana, Lesoto, Moçambique e Zimbábue.[15] O Pontífice lembrou o passado do país e da instituição da Igreja lá, dizendo:[16]

Desejo também oferecer uma palavra especial de saudação e encorajamento aos clérigos e religiosos da Suazilândia presentes aqui hoje, bem como aos clérigos e religiosos visitantes de outros países. Os Servitas, que plantaram as sementes do Evangelho na Suazilândia com paciência e amor, agora se juntam a outras comunidades religiosas. Não esqueçamos hoje os pioneiros do Reino de Deus no Reino da Suazilândia, aqueles que iniciaram o trabalho e aqueles que o realizaram, incluindo, é claro, os primeiros bispos de Manzini e o primeiro bispo da Suazilândia, Mandlenkosi Zwane. Sinto-me encorajado pelo número crescente de vocações dos suazis ao sacerdócio diocesano e às fileiras de homens e mulheres religiosos.
 
Papa São João Paulo II ao clero e laicato suazis[16].

Ver também

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Referências

  1. «Swaziland». Pew Forum. Consultado em 5 de março de 2020 
  2. a b c d e f g «Catholic Dioceses in Eswatini». GCatholic.org. Consultado em 5 de março de 2020 
  3. a b «Southern African Catholic Bishops' Conference». GCatholic. Consultado em 5 de março de 2020 
  4. a b «Apostolic Nunciature - Eswatini». GCatholic. Consultado em 5 de março de 2020 
  5. «Rei de Essuatiní, um dos países mais pobres de África, compra frota de luxo». Sábado.pt. 18 de novembro de 2019. Consultado em 5 de março de 2020 
  6. «Morreu a décima segunda mulher de Rei do Essuatíni». Minuto ao Minuto. 8 de março de 2019. Consultado em 5 de março de 2020 
  7. «Língua portuguesa poderá ter presença reforçada em Essuatíni». Diário de Notícias. 16 de fevereiro de 2019. Consultado em 5 de março de 2020 
  8. «Eswatini». Encyclopaedia Britannica. Consultado em 5 de março de 2020 
  9. «Eswatini». G1. Consultado em 5 de março de 2020 
  10. «Suazilândia muda de nome por decisão do rei do país». Estadão. 20 de abril de 2018. Consultado em 5 de março de 2020 
  11. «É oficial, Suazilândia muda de nome». Deutsche Welle. 20 de abril de 2018. Consultado em 5 de março de 2020 
  12. a b c «Suazilândia». Fundação ACN. Consultado em 5 de março de 2020 
  13. a b c «Swaziland». Encyclopedia.com. Consultado em 5 de março de 2020 
  14. «Catholic Dioceses in Swaziland». Catholic-Hierarchy. Consultado em 5 de março de 2020 
  15. «Special Celebrations in a.d. 1988». GCatholic. Consultado em 5 de março de 2020 
  16. a b Papa São João Paulo II (16 de setembro de 1988). «MEETING OF JOHN PAUL II WITH PRIESTS, RELIGIOUS AND SICK». Vatican.va. Consultado em 5 de março de 2020