Cattleya tenebrosa
Cattleya tenebrosa é uma espécie de planta do gênero Cattleya e da família Orchidaceae. [1] Pertence a Cattleya série Cattleyodes. Esta espécie é estreitamente relacionada a Cattleya purpurata, porém ocorre no Espírito Santo, enquanto a distribuição dessa ultima espécie termina no litoral norte de São Paulo. As partes vegetativas são ligeiramente mais esguias que C. purpurata, e as folhas um pouco mais estreitas. Embora a morfologia floral seja similar, as cores são muito diferentes, já que as pétalas e sépalas tem tonalidades variadas entre marrom escuro e claro, às vezes levemente esverdeadas, enquanto em C. purpurata normalmente são brancas, ou em alguns casos rosa. O labelo de C. tenebrosa é de um rosa claro venulado que transiciona para um rosa escura púrpura no centro, e depois para uma zona esbranquiçada com delicadas veias púrpura na base, e esse padrão se repete para os lobos laterais, que são pouco distintos. Floresce no final da primavera e início do verão, geralmente em dezembro, na mesma época que as populações mais tardias de C. purpurata.[1]
Taxonomia
editarA espécie foi descrita em 2006 por Arthur A. Chadwick. [3] Os seguintes sinônimos já foram catalogados: [1]
- Laelia grandis tenebrosa Gower
- Cattleya tenebrosa marfield (Rolfe) K.A.Roberts
- Cattleya tenebrosa pittiana (O'Brien) K.A.Roberts
- Laelia tenebrosa marfield Rolfe
- Laelia tenebrosa pittiana O'Brien
- Brasilaelia tenebrosa (Gower) Campacci
- Chironiella tenebrosa (Gower) Braem
- Hadrolaelia tenebrosa (Gower) Chiron & V.P.Castro
- Laelia tenebrosa (Gower) Rolfe
- Sophronitis tenebrosa (Gower) Van den Berg & M.W.Chase
Ao propor a nova combinação em Cattleya, A. Chadwick citou um basiônimo posterior, porém o nome Laelia grandis tenebrosa já havia sido validamente publicado por Gower em The Garden (1891), sendo esse o basiônimo correto. Apesar disso a combinação é válida, sendo tratada apenas com um erro de correção bibliográfica segundo o Art. 41.8 (a) do Código Internacional de Nomenclatura. Para complicar mais os erros, Govaerts no WCSPF, cita o autor desse basiônimo erroneamente como Rolfe, porém está claramente assinada por Gower. Várias outras combinações da literatura também atribuíram erroneamente o mesmo basiônimo (Brasilaelia, Chironiella, Hadrolaelia). [1]
Forma de vida
editarDescrição
editarCaule[1] | |
---|---|
planta | rizomatosa |
número de entrenós do rizoma | 3 |
Folha[1] | |
número | 1 |
forma | oblongo lanceolada |
Inflorescência[1] | |
inflorescência em pseudobulbo diferenciado sem folha | não |
bráctea - espatáceo | simples |
número de flor | 1/2/3/4 |
Flor[1] | |
cor da pétala e sépala | verde amarelado/castanho/acastanhado/ocre |
forma do labelo | levemente trilobado |
cor do lobo mediano do labelo | rosa claro/com o centro mais escuro/com a base branca com veia vinácea/com veia purpúrea |
cor dos lobos laterais do labelo | rosa escuro/com à base e face interna esbranquiçado/com parte terminal mais clara/com veia purpúrea |
Conservação
editarA espécie faz parte da Lista Vermelha das espécies ameaçadas do estado do Espírito Santo, no sudeste do Brasil. A lista foi publicada em 13 de junho de 2005 por intermédio do decreto estadual nº 1.499-R. [4]
Distribuição
editarA espécie é encontrada nos estados brasileiros de Bahia e Espírito Santo.[1] A espécie é encontrada no domínio fitogeográfico de Mata Atlântica, em regiões com vegetação de floresta ombrófila pluvial.[1]
Notas
editarContém texto em CC-BY-SA 4.0 de van den Berg, C. Cattleya in Flora e Funga do Brasil. [1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l «Cattleya tenebrosa (Gower) A.A.Chadwick». floradobrasil2020.jbrj.gov.br. Consultado em 18 de abril de 2022
- ↑ Suzuki, Rogério Mamoru; Moreira, Vania Carolina; Nakabashi, Myna; Ferreira, Wagner de Melo (2009). «Estudo da germinação e crescimento in vitro de Hadrolaelia tenebrosa (Rolfe) Chiron & V.P. Castro (Orchidaceae), uma espécie da flora brasileira ameaçada de extinção». Hoehnea: 657–666. ISSN 0073-2877. doi:10.1590/S2236-89062009000400006. Consultado em 26 de setembro de 2022
- ↑ «Cattleya tenebrosa». www.gbif.org (em inglês). Consultado em 18 de abril de 2022
- ↑ «IEMA - Espécies Ameaçadas». iema.es.gov.br. Consultado em 12 de abril de 2022