Centro-Sul (Timóteo)

bairro de Timóteo, Minas Gerais, Brasil

Centro-Sul é um bairro do município brasileiro de Timóteo, no interior do estado de Minas Gerais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população no ano de 2010 era de 2 083 habitantes, sendo 961 homens e 1 122 mulheres, possuindo um total de 679 domicílios particulares distribuídos em uma área de 0,4 km².[1]

Centro-Sul
  Bairro do Brasil  
Vista da Praça 29 de Abril
Vista da Praça 29 de Abril
Vista da Praça 29 de Abril
Localização
Coordenadas
Unidade federativa  Minas Gerais
Distrito Sede
Município Timóteo
Características geográficas
Área total 0,4 km²
População total (2010) 2 083 hab.
Densidade 5 142,8 hab./km²
Outras informações
Domicílios 679
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)[1]

Trata-se de onde teve origem o núcleo urbano do município de Timóteo, o antigo São Sebastião do Alegre, no início do século XX.[2] Apesar disso, a área mais desenvolvida do município se encontra em outra região do perímetro urbano, o Centro-Norte, também conhecido como "Centro de Acesita" por conta de sua proximidade com a usina da Aperam South America (antiga Acesita).[3]

História

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Fachada da Igreja Matriz de São Sebastião no Centro-Sul

A área do Centro-Sul de Timóteo pertencia originalmente à Fazenda do Alegre, administrada pelo fazendeiro Francisco de Paula e Silva, que havia se instalado na região do atual bairro Alegre em 1833.[2] No decorrer das décadas seguintes suas terras foram repassadas a diferentes proprietários, dentre os quais os irmãos Sebastião e João Malaquias Ferreira, que doaram um terreno dedicado a São Sebastião no local onde está situada a atual Praça 29 de Abril. Essa área veio a ser utilizada para a construção de uma pequena igreja de madeira. Nesse ponto, havia se estabelecido um povoamento que passou a ser conhecido como São Sebastião do Alegre, que veio a ser a sede da embrionária cidade de Timóteo.[2][4]

A ocupação da área ocorreu de forma predominantemente espontânea sobre o relevo acidentado, que também determinou o traçado das vias e a pouca regularidade da malha urbana. A maioria das ruas que se formaram eram estreitas e com calçadas apertadas. O adensamento considerável se tornou uma característica com o passar do tempo.[5]

Na década de 1940, terras foram compradas de diversas fazendas e propriedades rurais próximas ao povoamento para a instalação da usina da Acesita, atual Aperam South America.[2] Na década seguinte, a companhia iniciou a construção de uma vila operária destinada a servir de moradia a seus trabalhadores, originando bairros que vieram a compor um núcleo urbano paralelo ao original.[6] O projeto também determinou a construção de um novo centro, atualmente chamado de Centro-Norte ou ainda "Centro de Acesita".[3][7]

Com o fortalecimento da indústria e do comércio na parte planejada da cidade, a região da vila operária e do Centro-Norte se tornou a área mais desenvolvida do município, embora o Centro-Sul permaneça sendo considerado o centro administrativo.[3][7] Após a emancipação de Timóteo, ocorrida em 1964,[4] as sedes da prefeitura e da câmara municipal foram construídas no atual bairro São José, próximo ao Centro-Sul.[7][8] Estratégias de integração entre os dois centros também incluíram a melhoria das vias de acesso e projetos de bairros posicionados entre os dois núcleos, como o Primavera.[7]

Cultura e patrimônio

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Casarão da Rua Mateus Araújo (Casa da Memória), datado de 1922.

O Centro-Sul possui dentre seus principais pontos de referência a Praça 29 de Abril, que também é palco de eventos;[9] e a Igreja Matriz de São Sebastião, que representa a Paróquia São Sebastião e foi inaugurada em 1963.[10] Neste bairro se encontra o Casarão da Rua Mateus Araújo, que é a edificação mais antiga do município que ainda está preservada, datada de 1922. Construída de pau a pique, foi destinada a servir como museu, a Casa da Memória, em 2004. Outro bem cultural é o chafariz e olho d’Água (a "biquinha"), que é uma antiga fonte de água usada pelos moradores locais no começo do século XX.[11]

Ver também

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Referências

  1. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (16 de novembro de 2011). «Sinopse dos dados - Setor: 316870505000001 - Centro-Sul». Consultado em 23 de outubro de 2012. Cópia arquivada em 23 de outubro de 2012 
  2. a b c d Quecini 2007, p. 147–150
  3. a b c Jornal Vale do Aço (1 de outubro de 2007). «Mudança em siderúrgica reacende discussão entre Acesita e Timóteo». Consultado em 3 de abril de 2023. Arquivado do original em 31 de dezembro de 2012 
  4. a b Câmara Municipal (2002). «Cronologia». Consultado em 3 de abril de 2023. Arquivado do original em 17 de outubro de 2016 
  5. Quecini 2007, p. 258
  6. Quecini 2007, p. 153–160
  7. a b c d Quecini 2007, p. 252
  8. Paulo Cesar Reis (9 de julho de 2021). «Intervenções nos arredores da Prefeitura e Câmara, garantem maior segurança». Jornal Bairros Net. Consultado em 3 de abril de 2023. Cópia arquivada em 3 de abril de 2023 
  9. Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais (Unileste) (agosto de 2014). «Região Metropolitana do Vale do Aço - diagnóstico final (volume 3)» (PDF). Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI). 3: 636. Consultado em 3 de abril de 2023. Arquivado do original (PDF) em 2 de fevereiro de 2016 
  10. Jornal Diário do Aço (3 de maio de 2013). «A presença da fé em Timóteo». Consultado em 3 de abril de 2023. Cópia arquivada em 3 de abril de 2023 
  11. Detzel Gestão Ambiental (junho de 2020). «Plano de manejo da Área de Proteção Ambiental Serra do Timóteo» (PDF). Prefeitura: 41–42. Consultado em 3 de abril de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 27 de agosto de 2021 

Bibliografia

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Ligações externas

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