Centro Histórico de Diamantina

patrimônio localizado no Brasil

O Centro Histórico de Diamantina é a área urbana histórica da cidade brasileira de Diamantina (Minas Gerais), tombada em nível federal em 1938 (um dos primeiros tombamentos no país, feito pelo então SPHAN, atual IPHAN) e também como Patrimônio Mundial pela Unesco. A área inscrita como Patrimônio Mundial é de 28,5 hectares, circundados por uma área tampão que coincide com o tombamento federal.

Centro Histórico de Diamantina 

Critérios ii, iv
Referência 890
Região Brasil
País  Brasil
Coordenadas 18º14'S 43º36'W
Histórico de inscrição
Inscrição 1999

Nome usado na lista do Património Mundial

  Região segundo a classificação pela UNESCO

História

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A formação do município está intrinsecamente ligada à exploração do ouro e do diamante. A ocupação inicial do território se deu com Jerônimo Gouveia, que, seguindo o curso do rio Jequitinhonha, encontrou, nas confluências do rio Piruruca e rio Grande, uma grande quantidade de ouro.

Por volta de 1722, começou o surgimento do povoado, sempre seguindo as margens dos rios que eram garimpados. A partir de 1730, ainda com uma população flutuante, o Arraial do Tejuco foi se adensando. Por meio da expansão de pequenos arraiais ao longo dos cursos d’água em direção ao núcleo administrativo do Tejuco, foi se formando o conjunto urbano de Diamantina, tendo como primeiras vias a rua do Burgalhau, rua Espírito Santo e beco das Beatas.

Em 1938, o conjunto arquitetônico do centro histórico da cidade foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e, em 1999, foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial.

Características

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Construída em um sítio íngreme, possui traçado urbano sinuoso, formado por ruas estreitas com calçamento em pedra. O casario, definidor das ruas, não possui recuo frontal e se destaca pelo colorido vivo das esquadrias que contrasta com o branco das paredes. Há várias igrejas no centro, mas em geral não se destacam do entorno no qual estão inseridas. Nota-se o uso de elementos que remetem à arquitetura portuguesa influenciada pela árabe, como muxarabis e treliças nas janelas e varandas.

A morfologia urbana de Diamantina foi inspirada nas cidades medievais portuguesas.Na área central da cidade encontramos uma parte plana, de pedras acinzentadas.

A tipologia comum é a colonial, havendo poucos exemplos de construções neoclássicas, ecléticas ou neocoloniais. A arquitetura moderna está representada por três obras de Oscar Niemeyer, da década de 1950.

Encravada na inóspita Serra do Espinhaço, Diamantina é um exemplo vivo de arquitetura colonial de linhas e formas suaves, adaptadas àos trópicos.

Referências

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  • UNESCO - Patrimônio mundial no Brasil. Brasília: UNESCO, Caixa Econômica Federal, 2002, 2ª edição. ISBN 8587853775

Ver também

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