Cerco de Antioquia (968–969)
O Cerco de Antioquia de 968–969 foi uma ofensiva militar bem-sucedida conduzida por importantes comandantes do Império Bizantino de modo a reconquistar a cidade estrategicamente importante de Antioquia do Emirado de Alepo dos hamadânidas.
Cerco de Antioquia | |||
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Guerras bizantino-árabes | |||
Iluminura do Escilitzes de Madri da queda de Antioquia
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Data | novembro de 968 – 28 de outubro de 969 | ||
Local | Alexandria | ||
Coordenadas | |||
Desfecho | Vitória bizantina | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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Localização de Alexandria no que é hoje a Turquia |
História
editarApós um ano de saque na Síria, o imperador Nicéforo II (r. 963–969) decidiu retornar a Constantinopla para o inverno. Antes de partir, contudo, construiu o Forte de Bagras próximo a Antioquia e instalou Miguel Burtzes como seu comandante, instruindo ele e Pedro a sitiarem Antioquia. Nicéforo explicitamente proibiu Burtzes de tomar Antioquia a força para manter sua integridade.[1] Burtzes, contudo, não queria esperar até o inverno para tomar a cidade. Ele também queria impressionar Nicéforo e ganhar glória e entrou em negociações com os defensores procurando termos à rendição.[2][3] Nesse ponto, Pedro estava conduzindo um raide no campo circundante com o comandante sírio Aixalx (Ayšalš), onde provavelmente entrou em contato pela primeira vez com Carcuia.[4][5] Aqui é possível que Burtzes aliou-se com Aulax, o comandante das torres Calas. Supostamente, Aulax, em troca de presentes e prestígio, auxiliou Burtzes, seu comandante Sacário Bracâmio e 300 homens a subirem nas torres Calas durante a noite; ao subirem, foram capazes de tomar uma base nas defesas externas da cidade.[1][2][3][6][7]
Burtzes, agora no controle das muralhas externas, enviou uma mensagem a Pedro chamando-o a Antioquia para tomar a cidade. Primeiro, Pedro estava hesitante, lembrando as ordens do imperador de não tomar Antioquia a força, mas, como os pedidos de Burtzes eram desesperados e seus homens começaram a perder espaço nas muralhas, ele decidiu retornar a Antioquia e assisti-lo. Pedro aproximou-se dos portões de Calas em 28 de outubro de 969, e ao testemunharem seu ataque, os antioquenos retiraram-se e foram derrotados.[2] Após a captura de Antioquia, Burtzes foi removido de sua posição por Nicéforo devido a sua desobediência, e ele participaria numa conspiração que terminou com o assassinato de Nicéforo, enquanto Pedro moveu-se mais fundo em território sírio, sitiando e tomando Alepo e estabelecendo o controle bizantina sobre o Emirado de Alepo através do Tratado de Safar.[1][3][4]
Referências
- ↑ a b c Kaldellis 2017, p. 63.
- ↑ a b c Romane 2015, p. 36.
- ↑ a b c Lilie 2013, Michael Burtzes (#25253).
- ↑ a b Lilie 2013, Petros (#26496).
- ↑ Lilie 2013, Ayšalš (#20708).
- ↑ Lilie 2013, Aulax (#20700).
- ↑ Lilie 2013, Sachakios Brachamios (#26952).
Bibliografia
editar- Kaldellis, Anthony (2017). Streams of Gold, Rivers of Blood: The Rise and Fall of Byzantium, 955 A.D. to the First Crusade. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0190253223
- Lilie, Ralph-Johannes; Ludwig, Claudia; Zielke, Beate et al. (2013). Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit Online. Berlim-Brandenburgische Akademie der Wissenschaften: Nach Vorarbeiten F. Winkelmanns erstellt
- Romane, Julian (2015). Byzantium Triumphant. Barnsley: Pen and Sword Books. ISBN 978-1473845701