Cesarismo (de Júlio César) é um conceito utilizado por diversos autores para definir um sistema de governo centrado na autoridade suprema de um chefe militar e na crença em sua capacidade pessoal, à qual são atribuídos traços heroicos. Este líder, surgido em momentos de inflexão política, se apresenta como a alternativa para regenerar a sociedade ou conjurar hipotéticos perigos internos e externos. Por isso, este tipo de governo costuma apresentar elementos de culto da personalidade.[1]

O governo de Júlio Cesar na Antiga Roma, caracterizado pela canonização de sua liderança pessoal, deu origem à palavra cesarismo.

Habitualmente se considera que seus expoentes clássicos são Júlio César, Oliver Cromwell, Napoleão Bonaparte, Napoleão III e Otto von Bismarck.

O cesarismo também se caracteriza pela adoção de soluções militares para os problemas políticos, recorrendo à guerra ou à imposição da vontade sobre os adversários.[2]

A palavra bonapartismo é frequentemente utilizada como sinônimo de cesarismo, embora alguns autores estabeleçam diferenças conceituais, restringindo sua aplicação à ideologia própria do governo de Napoleão Bonaparte. Antônio Gramsci, por exemplo, considera o bonapartismo como a manifestação burguesa do cesarismo.

Referências