O pai Chicard ou, simplesmente, Chicard é um personagem carnavalesco que se entregava a danças grotescas em bailes de máscaras, em voga na segunda metade do século XIX. O personagem foi criado por Alexandre Lévêque.
Representação de Chicard retirada de uma obra assinada por Chicard e Balochard, Paris 1841 [1] .
O traje de Chicard consistia numa montagem bizarra de objetos heterogéneos, cuja parte distintiva era quase sempre um capacete com uma pluma colossal. Uma obra de 1841, assinada por Chicard e Balochard, sobre os bailes do Carnaval de Paris, chama a este capacete “capacete de estivador".[2] Ao traje adicionava-se uma blusa de flanela, botas fortes e luvas com punho.[3] O resto dos acessórios podia variar muito. Este traje, inventado por Levesque, pelo seu chique, rendeu-lhe o nome de "Chicard".
↑Physiologie des bals de Paris par Chicard et Balochard, Desloges éditeur, Paris 1841, páginas 53 e 66.
↑La profession de marchands en cuirs de Levesque est peut-être illustrée ici par ce détail vestimentaire.
↑Desenho de Henri Emy extraído do livro anónimo Physiologie de l'Opéra, du Carnaval, du Cancan et de la Cachucha, par un vilain masque., Paris, 1842.
↑Desenho inspirado em Gavarni ornamentando a capa da partitura de uma quadrilha burlesca para piano de Auguste Desblins Monsieur Chicard.
↑Ilustração da capa da partitura da canção la Grande Chaumière, letra de Julien Fauque, música de Frédéric Barbier, cantada por Augustine Kaiser nol'Eldorado