Choquinha-dublê

espécie de ave

A choquinha-dublê ou trovoada-de-bertoni (nome científico: Drymophila rubricollis) é uma espécie de ave passeriforme da família Thamnophilidae pertencente ao gênero Drymophila. É nativa do centro-sudeste da América do Sul.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaChoquinha-dublê
Fêmea de trovoada-de-bertoni, em Salesópolis, São Paulo, Brasil
Fêmea de trovoada-de-bertoni, em Salesópolis, São Paulo, Brasil
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Thamnophilidae
Género: Drymophila
Espécie: D. rubricollis
Nome binomial
Drymophila rubricollis
(Bertoni, 1901)
Distribuição geográfica

Sinónimos
Formicivora rubricollis

Distribuição e hábitat

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É endêmica da Mata Atlântica do sudeste do Brasil, (extremo sudeste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e centro-leste de São Paulo para o sul até o oeste e o centro do Paraná e extremo norte do Rio Grande do Sul), leste do Paraguai (Canindeyú, Alto Paraná, Caazapá) e extremo nordeste da Argentina (norte de Misiones).[2][3]

Esta espécie é considerada bastante comum em seu hábitat natural: o sub-bosque de florestas úmidas e suas bordas, principalmente até os 1800 m de altitude no Rio de Janeiro e principalmente abaixo dos 1000 m mais ao sul.[4] Prefere os densos emaranhados de taquarais. Pode ser simpátrica com a choquinha-da-serra (Drymophila genei), a choquinha-de-dorso-vermelho (D. ochropyga) e o dituí (D. ferruginea).[5]

Etimologia

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O nome do gênero Drymophila provém do grego drumos, "floresta", e philos, "amante", significando "amante da floresta";[6] o nome da espécie rubricollis provém do latim ruber, "vermelho", e collis, "garganta", significando "de garganta vermelha".[7]

Taxonomia

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A espécie D. rubricollis foi descrita pela primeira vez pelo zoólogo paraguaio Arnoldo de Winkelried Bertoni em 1901, sob o nome científico Formicivora rubricollis.[2]

É uma parente próxima do dituí (Drymophila ferruginea), do qual até recentemente era tratada como coespecífica, porém as duas diferem na morfologia e na vocalização.[8] É monotípica.[2]

Referências

  1. BirdLife International (2012). «Drymophila rubricollis». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2012. Consultado em 26 de Novembro de 2013 
  2. a b c Bertoni's Antbird (Drymophila rubricollis) em Handbook of the Birds of the World - Alive (em inglês). Consultado em 11 de agosto de 2017.
  3. Pacheco; et al. (2021). «Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos – segunda edição». Ornithology Research 
  4. Ridgely, Robert and Guy Tudor. 2009, Drymophila rubricollis, p. 352, em Field guide to the songbirds of South America: the passerines – 1a. edição – (Mildred Wyatt-World series in ornithology). University of Texas Press, Austin. ISBN 978-0-292-71748-0
  5. Sigrist, Tomas. 2014. Guia de Campo Avis Brasilis – Avifauna brasileira – São Paulo: Avis Brasilis. Trovoada-de-Bertoni Drymophila rubricollis, p.352. ISBN 978-85-60120-33-8
  6. Jobling, J.A. (2017). Drymophila Key to Scientific Names in Ornithology (em inglês). Em: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.) Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. Consultado em 10 de agosto de 2017.
  7. Jobling, J.A. (2017) rubricollis Key to Scientific Names in Ornithology (em inglês). Em: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.) Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. Consultado em 11 de agosto de 2017.
  8. Willis E.O., 1988. Drymophila rubricollis Bertoni 1901 is a valid species (Aves, Formicariidae). Revista Brasileira de Biologia 48(3): 431-438. Resumen
 
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