Chullage

rapper português

Chullage (Lisboa, 1977), é o nome artístico de Nuno Santos, é um rapper português filho de pais cabo-verdianos. Activista e fundador da associação Khapaz de apoio social na Arrentela. Tem actualmente três álbuns editados.

Chullage
Informações gerais
Nome completo Nuno Santos
Nascimento 1977
Origem Arrentela, Seixal
País Portugal Portugal
Gênero(s) Rap
Período em atividade 1997 - Actualmente
Gravadora(s) Lisafonia
Afiliação(ões) Kosmikilla, DJ Sas
Página oficial www.myspace.com/chullagereg

Biografia

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Nasceu em Lisboa em 1977 e foi criado no Asilo 28 de Maio, no Monte de Caparica. [1] Foi aqui que começou o seu gosto pelo rap, quando ouviu pela primeira vez o CD de Rebel Mc da Zulu Nation. Inicialmente limitava-se a consumir as propostas que chegavam do outro lado do Atlântico, de França e mais tarde dos bairros por onde ia coabitando com outros MCs, DJs, B-Boys e Writers como Clay, Chora e Freedy.

Os primeiros passos foram ainda dados entre amigos, no Monte de Caparica, no início da década de 90, altura em que começou a ouvir Public Enemy e a escrever as primeiras rimas, mas foi após ouvir os Líderes da Nova Mensagem que Chullage encontrou o incentivo para o Rap, foi então que criou o seu primeiro grupo "Black Brothers", que se limitava a fazer improvisos. [2]

Em 1993, devido a problemas de saúde da mãe, Chullage e sua família mudaram de residência para a Arrentela, no Seixal. Seria aí que Chullage formaria o seu primeiro grupo digno desse nome "187 Squad", e a crew a que ainda pertence, a Red Eyes G. Dos 11 membros iniciais dos "187 Squad" apenas ficaram dois. Apesar disso a reputação dos 187 Squad na margem sul continuava a crescer integrando-se mais tarde no colectivo "Máfia Sulleana" constituído pelos Nexo, Crazy Jungle, JJ’s entre outros, com quem gravaram uma maqueta muito célebre no circuito underground Português, com o apoio da Akademia Luso-galactica. Em 1997 o grupo separou-se, e Chullage seguiu um percurso a solo.

Em 1999 foi convidado por D-Mars (Micro) para entrar na sua colectânea "Subterrânea" com os temas "Resistência" e "Ciclo Infernal". Também nesse ano participou no álbum "Microestática" dos Micro. A partir dai começou a ser convidado para entrar em Mix-tapes de DJs com Bomberjack, Sas, Cruzfader e NelAssassin.

Depois da participação em várias Mix-tapes, Chullage lançou o seu primeiro trabalho de originais em Julho de 2001, com selo Lisafonia e distribuição Edel, o álbum "Rapresálias (Sangue Lágrimas Suor)". Este disco tornou-se a primeira edição independente de Rap Português a ultrapassar três mil discos. Finalmente, um artista do underground nacional conseguia levar o seu trabalho até uma audiência maior. A estreia do teledisco "Rhymeshit Que Abala" nos canais televisivos Sol Música e SIC Radical permitiu igualmente esta maior divulgação. Chegou a ser nomeado para os prémios Blitz nas categorias de “Álbum do Ano” e “Artista Revelação do Ano”.

Passada uma longa época de concertos (com Sas, Kosmikilla, Naugthy e Balawild), Chullage gravou o seu segundo álbum "Rapensar (Passado Presente e Futuro)", lançado a 1 de Abril de 2004, com edição e distribuição da Lisafonia. Este disco duplo, apresentado num digipack espectacular, marca um novo passo em frente na brilhante carreira do artista e eleva a fasquia muito alta para o resto do Hip-Hop nacional. Depois de esgotar em menos de quatro meses as 2000 cópias da 1ª edição, foi lançado uma reedição com 3 músicas novas e os 2 videoclips "National Ghettographik" e "Ignorância XL", que tanto surpreenderam os telespectadores da Sol Música e SIC Radical pela sua extraordinária qualidade.

Activismo

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É um dos fundadores da Associaçao Khapaz, sedeada na Arrentela, que utiliza a arte e a educação como forma de promover a inclusão social. [2][3]

Reconhecimento

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Rapensar foi eleito o álbum do ano pelos leitores da revista Hip Hop Nation e “National Ghettographik” o segundo melhor vídeo. [4][5]

É autor da letra Medio-ocridade, uma das 150 canções, que constam na antologia, As Palavras das Canções, organizada por João Calixto, editada com o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores. [1][6][7]

Discografia

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Entre a sua discografia encontram-se: [8]

  • Vinil "Mulher da Minha Vida/Rapresálias" (2001)
  • "Rapresálias…" (2001)
  • "Rapensar (Passado, Presente e Futuro)" (2004)
  • "Rapressão 1'' (2012)

Bibliografia Passiva

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Referências

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  1. a b Calixto, João (2024). Antologia: As palavras das canções. Lisboa: Guerra e Paz, Sociedade Portuguesa de Autores. pp. 100–101. ISBN 978-989-702-970-7 
  2. a b Júnior, Mendonça; De, Francisco Carlos Guerra (31 de março de 2020). «Rap como forma de ativismo político no espaço lusófono. Estudos de caso em Portugal, Brasil, Portugal e Angola». Consultado em 31 de outubro de 2024 
  3. Raposo, Otávio (2009). «Das redes de amizade ao estilo rap. O percurso de Chullage e da Associação Khapaz (From friendship to Rap. The trajectory of Chullage and Khapaz Association).»: 1–11. ISBN 978-989-96335-0-6. Consultado em 31 de outubro de 2024 
  4. Team, ReB (19 de dezembro de 2016). «5 álbuns de rap nacional que merecem ser reeditados». Rimas e Batidas. Consultado em 31 de outubro de 2024 
  5. «RAProduções de Memória, Cultura Popular e Sociedade: Chullage». Mural Sonoro. 10 de julho de 2012. Consultado em 31 de outubro de 2024 
  6. Team, ReB (17 de abril de 2024). «As Palavras das Canções: novo livro reúne 150 letras que marcam a história da música portuguesa». Rimas e Batidas. Consultado em 31 de outubro de 2024 
  7. «Antologia "AS PALAVRAS DAS CANÇÕES", em fase de distribuição, homenageia dezenas de autores -». https://www.spautores.pt/. Consultado em 31 de outubro de 2024 
  8. «Discografia - Chullage». Fonoteca Municipal - Catálogo. Consultado em 26 de setembro de 2022