Cidade Velha da Corunha
A Cidade Velha da Corunha (em galego: Cidade Vella da Coruña) corresponde à antiga área urbana da cidade, sendo declarada um monumento histórico-artístico.[3][4] No seu interior localiza-se a maioria dos edifícios históricos, e as suas ruas conservam ainda o seu antigo traçado, bem como um grande número de casas antigas. Foi declarada um conjunto histórico-artístico pelo decreto 29/1984 de 29 de maio[5] e o processo de pedonização teve início em agosto de 2014.[6]
Cidade Velha da Corunha
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loc | |
Cidade Vella da Coruña | |
Mapa da Cidade Velha (em vermelho), no concelho da Corunha. A Maestranza está assinalada na cor verde e o Parrote na cor laranja.[1] | |
Localização | |
Localização de Cidade Velha da Corunha na Espanha | |
43° 22′ 12″ N, 8° 23′ 31″ O | |
País | Espanha |
Comunidade autónoma | Galiza |
Província | Corunha |
Comarca | Corunha |
Município | Corunha |
Administração | |
Paróquia | Corunha |
Características geográficas | |
População total (2015) [2] | 2 563 hab. |
História
editarA origem da Cidade Velha da Corunha provém da fundação oficial da vila em junho de 1208.[7] Inicialmente, a cidade consistia num núcleo localizado em torno da Igreja de Santa Maria e o pequeno bairro portuário do Parrote, com a Igreja de Santiago. Durante vários séculos, foi o conjunto da cidade, até o crescimento populacional superar o recinto amuralhado.
Durante os séculos XVI e XVII, foram fundados os núcleos dos bairros agrícolas de San Tomé e da Pescadería, que passou a ser uma zona comercial. Nesta época, a Cidade Alta era a zona mais nobre da Corunha e abrigava os principais edifícios públicos, como o Concelho, a Casa da Moeda e a Real Audiência. Os conventos de São Domingos e São Francisco foram construídos fora do recinto, devido às restrições legislativas.
Descrição
editarAs fortificações que protegiam o recinto da Cidade Velha originaram-se a partir do reinado de Henrique III de Castela, no final do século XIV. São conservados os troços das muralhas defensivas e das três portas que abriam a cidade ao mar, ao longo da marginal do Parrote, em frente à baía: a porta de São Miguel, construída em 1607, em frente ao Castelo de Santo Antão, a porta do Cravo, situada em frente ao Jardim de São Carlos e que foi construída em 1676 e a porta da Cruz ou do Parrote, construída no mesmo ano, e que está situada em frente ao Palácio da Capitania-Geral. Conserva-se também o baluarte designado por Fortaleza Velha (em galego: Fortaleza Vella), que é o atual Jardim de São Carlos.
No interior das muralhas localizam-se a Igreja de Santiago, a mais antiga da cidade, e a Colegiada de Santa Maria do Campo, além de dois edifícios religiosos, os conventos de São Domingos e Santa Bárbara, na Praça das Bárbaras. O Palácio da Capitania está situado junto à Praça de Azcárraga.
Na Cidade Velha da Corunha também se encontram as antigas residências de Rosalía de Castro, José Cornide Saavedra e Francisca Herrera Garrido. As casas de Maria Pita e Emilia Pardo Bazán foram transformadas em casas-museus. A última é também a sede da Real Academia Galega.
Fora do núcleo central há o Museu Militar, a Capela da Venerável Ordem Terceira, o antigo Hospital Militar (conhecido atualmente como Hospital Abente y Lago), a Fundação Luis Seoane e o reitorado da Universidade da Corunha.
Galeria
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A Porta da Cruz.
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A Porta do Cravo.
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O Paço de Cornide.
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As casas onde viveram Francisca Herrera Garrido (à esquerda) e Rosalía de Castro (à direita), na rua do Príncipe.
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A Muralha do Jardim de São Carlos.
Referências
- ↑ «Estudos previos e informe sobre o proceso participativo para a organización do municipio da Coruña en distritos» (em galego). Câmara Municipal da Corunha. Consultado em 1 de abril de 2017
- ↑ «Panorama dos sete grandes concellos. Poboación. A Coruña» (em galego). Instituto Galego de Estatística. Consultado em 1 de abril de 2017
- ↑ «Zona antiga da Corunha». Sociedade da Imagem e Promoção Turística da Galiza. Consultado em 1 de abril de 2017
- ↑ «Rota Cidade Velha» (PDF). Turismo da Corunha. Câmara Municipal da Corunha. Consultado em 1 de abril de 2017
- ↑ Grille, César de Jesús Otero (11 de fevereiro de 2013). «Anuncio de exposición pública da modificación do PEPRI da Cidade Vella e da Pescadería (expediente 631/140/2010)». Corunha: Junta da Galiza. Diário Oficial da Galiza (em galego) (29): 4112
- ↑ «Comeza a peonalización da Cidade Vella da Coruña» (em galego). Corporación de Radio-Televisión de Galicia. 18 de agosto de 2014. Consultado em 1 de abril de 2017. Arquivado do original em 18 de setembro de 2016
- ↑ Pousa, Luís (30 de julho de 2005). «Crunia, la ciudad que medía dos leguas». Corunha. La Voz de Galicia (em espanhol)
Bibliografia
editar- Bello, José María; Barral, Dolores; Saavedra, María del Carmen; Artaza, Manuel María de; Colino, Ana; Grandío, Emilio (2001). Historia de A Coruña (em galego). Corunha: Vía Láctea Editorial. ISBN 84-89444-85-4
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em galego cujo título é «Cidade Vella da Coruña», especificamente desta versão.