Clotilde de Vaux
Clotilde de Vaux (Paris, 3 de abril de 1815 – 5 de abril de 1846) foi uma escritora francesa.
Clotilde de Vaux | |
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Nascimento | Charlotte Clotilde Joséphine Marie 3 de abril de 1815 Paris |
Morte | 5 de abril de 1846 (31 anos) Paris |
Sepultamento | cemitério do Père-Lachaise, Grave of Vaux |
Nacionalidade | francesa |
Cidadania | França |
Irmão(ã)(s) | Maximilien Marie |
Alma mater |
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Ocupação | escritora |
Movimento estético | literatura do naturalismo |
Religião | Religião da Humanidade |
Causa da morte | tuberculose |
Destacou-se por ser a musa inspiradora de Auguste Comte, cofundadora da Religião da Humanidade.
Charlotte Clotilde Josephine Marie de Ficquelmont de Vaux, filha de Joseph Simon Marie e de Henriette-Joséphine de Ficquelmont, pertencia a uma família nobre.
Desposou Amedée de Vaux em 1835, que a abandonou, fugindo para Bruxelas devido a dívidas de jogo (1839).
Abandonada e sem recursos, impedida pela lei de divorciar-se de modo a contrair novas núpcias, Clotilde publicou, em 1845, a novela "Lucie" — em que a personagem principal vive uma situação semelhante à sua — com o objetivo de sensibilizar a opinião pública, propondo a mudança da lei e a introdução do divórcio na legislação francesa.
Sem conseguir seu intento, ainda nesse ano (1845) e nessas circunstâncias desfavoráveis, conheceu o filósofo Auguste Comte que, posteriormente, consideraria por essa razão o ano de 1845 como "o ano sem par", registrando sobre Clotilde:
- "Apenas a ti, minha santa Clotilde, estou reconhecido por não sair desta vida sem ter experimentado as melhores emoções da natureza humana. Um ano incomparável fez surgir espontaneamente o único amor, puro e profundo, que me era destinado. A excelência do ser adorado permite-me, na maturidade, mais favorecida do que a minha juventude, vislumbrar em toda a sua plenitude a verdadeira felicidade humana.".
Os dois apaixonam-se, mantendo um relacionamento espiritual. Clotilde iniciada no positivismo propôs-se a colaborar com o filósofo escrevendo a novela "Wilhelmine".
Tomada pela melancolia de não poder se casar novamente e devido ao agravamento de sua situação financeira, adoeceu vindo a falecer vítima da tuberculose em 1846.
Clotilde de Vaux é considerada a mãe espiritual da Igreja Positivista do Brasil e da Religião da Humanidade.
Obras Principais
editar- "Os Pensamentos de uma Flor" (Pensées d’une fleur) - poema.
- "Infância" - poema.
- "Lúcia" (Lucie) - novela.
- "Guilhermina" (Willelmine) - novela.
Máximas de Clotilde de Vaux
editar- É indigno dos grandes corações derramar as perturbações que sentem.
- Que prazeres podem exceder aos da dedicação?
- Compreendi, melhor do que ninguém, a fraqueza de nossa natureza quando não é dirigida para um alvo elevado que seja inacessível às paixões.
- A nossa espécie, mais do que as outras, carece de deveres para fazer sentimentos.
- Não há nada irrevogável na vida senão a morte.
- Todos temos ainda um pé no ar sobre o limiar da verdade.
- Os maus têm, amiúde, mais precisão de piedade do que os bons.
Bibliografia
editar- VALENTIM, Oséias Faustino. O Brasil e o Positivismo. Rio de Janeiro: Publit, 2010. ISBN 9788577733316