Força Multinacional no Iraque

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A Força Multinacional no Iraque (em inglês: Multi-National Force – Iraq; MNF–I), frequentemente chamada de forças da Coalizão ou Coalizão Multinacional no Iraque[4], foi um comando militar liderado pelos Estados Unidos durante a Guerra do Iraque. A grande maioria da Força Multinacional no Iraque foi composta por forças do Exército dos Estados Unidos.[5] No entanto, também acompanhava forças britânicas, australianas, polonesas, espanholas e de outros países.

Força Multinacional no Iraque
Multi-National Force – Iraq
Participante na Guerra do Iraque
Força Multinacional no Iraque
Insígnia de ombro da Força Multinacional do Iraque com os símbolos Estrela de Ishtar e Lamassu[1]
Organização
Líder Raymond T. Odierno (2008–2009)
David Petraeus (2007–2008)
George W. Casey Jr. (2004–2007)
Ricardo Sanchez (2003–2004)
Sede Bagdá, Iraque
Efetivos 112.000 (dezembro de 2009 (2009-12))[2]
Relação com outros grupos
Aliados Missão de Treinamento da OTAN no Iraque
Missão de Assistência das Nações Unidas para o Iraque
 República do Iraque
Inimigos Jama'at al-Tawhid wal-Jihad
al-Qaeda no Iraque
Brigadas da Revolução de 1920
Conselho Mujahideen Shura
Kata'ib Hezbollah[3]
Estado Islâmico do Iraque
Exército Mahdi
Sítio web: http://www.mnf-iraq.com/

Essa coalizão foi por vezes chamada de coalition of the willing, um termo usado pelo governo Bush durante a invasão do Iraque para elogiar os países que a apoiaram ou participaram dela.[4]

Histórico

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A "coalizão da boa-vontade" nomeada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos em 2003.

Em novembro de 2002, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em visita à Europa para uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), declarou que "se o presidente iraquiano Saddam Hussein optar por não se desarmar, os Estados Unidos vão liderar uma coalizão de boa-vontade para desarmá-lo".[6]

A administração Bush reuniu países que apoiaram, militarmente ou verbalmente, a invasão de 2003 e a subsequente presença da coalizão militar no Iraque após a invasão. A lista original lançada em março de 2003 incluía 46 membros.[7] Em abril de 2003, a lista foi atualizada para incluir 49 países, apesar de ter sido reduzida para 48 depois da Costa Rica se opor à sua inclusão. Dos 48 países da lista, três contribuíram com tropas para as forças de invasão (o Reino Unido, Austrália e Polônia) e 37 países forneceram tropas para apoiar as operações militares após o fim da invasão.

A lista de membros da coalizão fornecida pela Casa Branca incluía várias nações que não tinham a intenção de participar em operações militares reais. Algumas delas, como Ilhas Marshall, Micronésia, Palau e Ilhas Salomão, sequer têm exércitos permanentes. No entanto, através do Tratado de Livre Associação, os cidadãos das Ilhas Marshall, Palau e dos Estados Federados da Micronésia tem as garantias nacionais dos norte-americanos e, portanto, estão autorizados a servir nas Forças Armadas dos Estados Unidos. Os membros dessas nações insulares tinham implantado uma força combinada do Pacífico, composta por unidades guamesas, havaianas e samoanas. Eles foram enviados duas vezes ao Iraque. O governo de um país, as Ilhas Salomão, listado pela Casa Branca como um membro da coalizão, aparentemente não tinha conhecimento sobre tal associação e prontamente a negou.[8]

Em agosto de 2009, todos os membros não norte-americanos da coalizão se retiraram do Iraque.[9] Como resultado, a "Força Multinacional do Iraque" foi rebatizada e reorganizada para as "Forças dos Estados Unidos no Iraque" em 1 de janeiro de 2010, pondo fim oficialmente à coalização militar.

Ver também

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Referências

  1. «U.S. ARMY ELEMENT, MULTI-NATIONAL FORCE IRAQ Should Sleeve Insignia». U.S. Army The Institute of Heraldry. Consultado em 13 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 14 de fevereiro de 2017 
  2. United States Department of Defense (19 de dezembro de 2009). «Teamwork Key to Iraqi Security, Mullen Says». United States Department of Defense. Cópia arquivada em 28 de novembro de 2010 
  3. «MMP: Kata'ib Hezbollah». Consultado em 28 de junho de 2018. Cópia arquivada em 13 de maio de 2018 
  4. a b «AUSTRÁLIA E EUA CONSOLIDAM APOIO ÀS TROPAS NO IRAQUE». G1. 5 de setembro de 2007 
  5. Partlow, Joshua (8 de dezembro de 2007). «List of 'Willing' U.S. Allies Shrinks Steadily in Iraq». The Washington Post. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2017 
  6. «Bush: Join 'coalition of willing'». CNN. 20 de novembro de 2002. Consultado em 30 de abril de 2010 
  7. Althaus, Scott; Leetaru, Kalev (25 de novembro de 2008). «Airbrushing History, American Style». University of Illinois Cline Center for Democracy. Consultado em 2 de fevereiro de 2011. Arquivado do original em 30 de janeiro de 2011 
  8. Perrott, A.: Coalition of the Willing? Not us, say Solomon islanders. The New Zealand Herald, March 27, 2003..
  9. «9010 DoD report, June 2009» (PDF). Consultado em 27 de agosto de 2014. Arquivado do original (PDF) em 2 de setembro de 2009 

Ligações externas

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