Companhia Holandesa das Índias Orientais

Companhia Holandesa das Índias Orientais
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Criação
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Forma jurídica
Sede social
Oost-Indisch Huis (en)
Oost-Indisch Huis (d)
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Sector de atividade
Fundador
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A Companhia Holandesa das Índias Orientais ou Companhia Neerlandesa das Índias Orientais, formalmente Companhia Unida das Índias Orientais (em neerlandês, Vereenigde Oost-Indische Compagnie, com a sigla VOC) foi uma companhia majestática formada por holandeses, em 1602 - dois anos depois da formação da Companhia Inglesa das Índias Orientais – com o objetivo de tentar excluir os competidores europeus daquela importante rota comercial.[1][2]

Império colonial holandês com as possessões da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais a verde claro.
Edifício principal de VOC em Amsterdão.

A sede era em Amesterdão, onde se cria, em 1609, o Banco de Amsterdão para apoiar o comércio colonial, fonte de metais preciosos. É na dinâmica financeira dessa companhia holandesa que surgirá o conceito atual de ações (aktien) por via da divisão, em 1610, do seu capital em quotas iguais e transferíveis. Tornar-se-á, contudo, devido aos bons resultados, cada vez mais um organismo estatizado, com autoridade militar e poder bélico, para administrar ou impor os seus direitos e pretensões nos mares. Os impostos sobre as mercadorias e as rendas encheram os cofres do Estado neerlandês.[3]

Em 1605 mercadores holandeses da VOC, armados, capturaram o forte português de Amboyna (ou Ambon), nas ilhas Molucas; em 1619, invadiram Jacarta, que renomearam Batavia (o nome latino dos Países Baixos) e transformaram em sua capital; em 1682, tomaram Bantam, que era o último porto importante ainda em mãos dos nativos. A partir dessa altura, a colónia das Índias Orientais Holandesas, atual Indonésia, passou a ser administrada pela VOC, até à sua liquidação, em 1799. Concentrando o seu monopólio nas especiarias, os holandeses encorajaram a monocultura: em Amboíno, o cravinho, no Timor, sândalo e nas Ilhas Banda, a noz moscada.

Em 1609, o explorador inglês Henry Hudson, ao serviço da VOC, tentou uma passagem para as “Índias” pelo noroeste e acabou descobrindo regiões da América do Norte. Deu o seu próprio nome ao rio e à baía de Hudson, proclamando as terras circundantes propriedade da VOC. Depois de algumas expedições, a primeira colónia foi fundada em 1615: Fort Nassau, em Castle Island, perto da actual cidade de Albany, capital do estado de Nova Iorque.

Em 1652, Jan van Riebeeck, também da VOC, fundou a Cidade do Cabo. Mais tarde, toda a região tornar-se-ia uma colónia neerlandesa.

Em 1669, a VOC era a mais rica companhia privada do mundo, com mais de 150 navios mercantes, 40 navios de guerra, 50 000 funcionários, um exército privado de 10 000 soldados e uma distribuição de dividendos de 40%.

Depois da Quarta Guerra Anglo-Holandesa (1780-1784), a VOC começou a ter problemas financeiros e foi liquidada em 1799. No Congresso de Viena, em 1815, as Índias Orientais Holandesas foram oficialmente transferidas para a coroa neerlandesa.

Ver também

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Referências

  1. «Domínio Público - Pesquisa Básica». www.dominiopublico.gov.br. Consultado em 1 de novembro de 2021 
  2. «Dutch East India Company | Facts, History, & Significance». Encyclopedia Britannica (em inglês). Consultado em 1 de novembro de 2021 
  3. «Archives of the Dutch East India Company | Silk Roads Programme». en.unesco.org. Consultado em 1 de novembro de 2021 

Ligações externas

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