Comunidade quilombola Kalunga
A Comunidade Quilombola Kalunga é uma comunidade reconhecida desde 1991, dois anos após a criação do estado de Tocantins, como Comunidade remanescente de quilombolas e como Sítio Histórico e Patrimônio Cultural, pelo governo de Goiás, por meio da Lei Estadual n. 11.409/1991[1].
História
editarA Comunidade está situada entre os estados de Goiás e Tocantins. Devido à divisão territorial desses estados, em 1989, os Kalunga de Goiás pertencem aos municípios de Cavalcante, Teresina, e Monte Alegre de Goiás, e os Kalunga de Tocantins, aos municípios de Arraias e Paranã[1].
A Comunidade Quilombola Kalunga engloba os municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros, nordeste do estado de Goiás e Arraias e Paranã no sudeste do Tocantins. São 262 mil hectares, dos quais apenas 79 mil estão titulados definitivamente.[2]
Nele, residem 39 comunidades quilombolas, que se fixaram na região entre os séculos XVIII e XIX, a partir de 1722, fugidas da escravidão nas minas de ouro na região. Aqui conseguiram se isolar por muito tempo e passaram a desenvolver sua própria autonomia e subsistência, sofrendo poucas influências externas em seu modo de vida.[3]
Reconhecimento
editar1991 - Reconhecida como Comunidade quilombola em Cavalcante, Teresinha e Monte alegre de Goiás [4]
2000 - Reconhecida como Comunidade quilombola em Tocantins [5]
Referências
- ↑ a b Drogomirecki, Stephanie Botovchenco Rivera (2020). «Geopoesia Kalunga: identidades territoriais da comunidade Quilombola do Mimoso - Tocantins». Editora Poisson. Consultado em 25 de novembro de 2024
- ↑ «Quilombolas Kalunga lutam por direitos, reconhecimento de seu território tradicional, e contra invasões, grilagem e exploração sexual de crianças e jovens». Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil. Consultado em 25 de novembro de 2024
- ↑ Rosa, João Henrique. «Entre alagados e penhascos: o ouro da liberdade nas resistências quilombolas do século XVIII na capitania de Mato Grosso - região mineradora Guaporeana». Consultado em 25 de novembro de 2024
- ↑ «LEI Nº 11.409, DE 21 DE JANEIRO DE 1991» (PDF)
- ↑ «LEI No 11.409, DE 21 DE JANEIRO DE 1991. o- Vide Lei n 9.904, de 10-12-1985 .»