Concerto grosso (italiano para 'concerto grande'; plural : "concerti grossi") é uma forma musical em que um grupo de solistas (concertino) — geralmente dois violinos e um violoncelo — dialoga com o resto da orquestra (ripieno), por vezes fundindo-se com este resultando no tutti. Trata-se de uma forma estritamente instrumental, típica do período barroco.

Corelli, Concerto Grosso Op. 6 No. 4 - 1. Adagio - Allegro, Advent Chamber Orchestra

A denominação concerto grosso surgiu por volta de 1670, na partitura de uma cantata de Alessandro Stradella. Praticado, sobretudo, na Itália e na Inglaterra — um pouco nos países germânicos, mas nunca na França —, essa forma deriva da música veneziana a coro duplo e da suíte de danças.

As diferentes partes, concertino, ripieno e tuttti, são sustentadas pelo grupo do baixo contínuo (geralmente, feito por uma viola da gamba ou cravo). Alguns compositores utilizaram simplesmente a denominação de concerto, sinfonia ou sonata para designar a forma do concerto grosso.

O concerto grosso é, freqüentemente, dividido em quatro movimentos, alternativamente lentos e rápidos. Francesco Geminiani adicionou a viola ao concertino, para assim obter um quarteto de cordas completo.

Essa forma musical desapareceu no fim do Barroco, dando lugar a novas formas e gêneros, como as sinfonias pré-clássicas de Stamitz e a sinfonia concertante.

Mas, no século XX, a forma concerto grosso voltou a ser usada por vários compositores, como Igor Stravinsky, Ernest Bloch, Ralph Vaughan Williams, Bohuslav Martinů, Malcolm Williamson, Henry Cowell, Alfred Schnittke, William Bolcom, Heitor Villa-Lobos, Eino Tamberg, Krzysztof Penderecki e Philip Glass. Embora Edward Elgar (1857-1934) não possa ser considerado um compositor contemporâneo, sua romântica Introduction and allegro tem semelhanças com instrumentação do concerto grosso, com um quarteto solista (concertino) "conversando" com o restante do efetivo (ripieno).

Compositores de concerti grossi

editar

Barrocos

editar

Contemporâneos

editar