Condenação ao inferno é, em algumas formas de crenças cristãs ocidentais, o castigo de Deus para as pessoas que cometeram pecados mortais e não se arrependeram em vida. Condenação pode ser um motivador para a conversão à cristandade. Uma concepção é do sofrimento e negação eterna da entrada ao céu, na Bíblia é comumente representada como queimando-se ao fogo.

O Inferno representado por Hieronymus Bosch, presente no tríptico O Jardim das Delícias Terrenas.

Agostinho e o Pelagianismo

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Agostinho sugere que a condenação vem da fraqueza da alma (liberdade) e não do corpo, que já é impuro, imperfeito. Ocorre porque Adão e Eva sucumbiram ao pecado, ao orgulho, ao amor próprio e não ao amor a Deus. Deste modo, o pecado original tem para Agostinho um caráter hereditário, toda a humanidade recebeu o pecado através deles. E eis que surge então a questão do Pelagianismo. Pelágio (360-435) vê no pecado original uma espécie de exemplo a não ser seguido, o que faria com que a salvação dependesse exclusivamente do ser humano. Agostinho discorda e vê nesse entendimento pelagianista uma espécie de presunção humana, na medida em que ela nega o caráter salvador de Jesus Cristo. O corpo apresentaria os sintomas de um problema que está na alma, e tal fato decorre da liberdade humana e não de uma falha do criador.