Constante cosmológica

termo adicional proposto por Einstein para equações gravitacionais cósmicas

Na cosmologia, a constante cosmológica (geralmente denotada pela letra maiúscula grega lambda: Λ), alternativamente chamada de constante cosmológica de Einstein, é o coeficiente constante de um termo que Albert Einstein adicionou temporariamente às suas equações de campo da relatividade geral. Mais tarde, ele o removeu. Muito mais tarde, foi revivido e reinterpretado como a densidade de energia do espaço, ou energia do vácuo, que surge na mecânica quântica. Está intimamente associado ao conceito de energia escura.[1]

Esboço (em inglês) da linha do tempo do Universo no modelo de matéria escura fria Λ (M.E.F.Λ).[a] A expansão acelerada no último terço da linha do tempo representa a era dominada pela energia escura.

Einstein originalmente introduziu a constante em 1917[2] para contrabalançar o efeito da gravidade e alcançar um universo estático, uma noção que era a visão aceita na época. A constante cosmológica de Einstein foi abandonada após a confirmação de Edwin Hubble de que o universo estava se expandindo.[3] Da década de 1930 até o final da década de 1990, a maioria dos físicos concordou com a escolha de Einstein de definir a constante cosmológica como zero.[4] Isso mudou com a descoberta em 1998 de que a expansão do universo está se acelerando, o que implica que a constante cosmológica pode ter um valor positivo.[5]

Desde a década de 1990, estudos têm mostrado que, assumindo o princípio cosmológico, cerca de 68% da densidade de massa – energia do universo pode ser atribuída à chamada energia escura.[6][7][8] A constante cosmológica Λ é a explicação mais simples possível para a energia escura e é usada no atual modelo padrão de cosmologia conhecido como modelo de matéria escura fria Λ (M.E.F.Λ).[a]

De acordo com a Teoria quântica de campos (T.Q.C.),[b] que fundamenta a física de partículas moderna, o espaço vazio é definido pelo estado de vácuo, que é composto por uma coleção de campos quânticos. Todos esses campos quânticos exibem flutuações em seu estado fundamental (menor densidade de energia) decorrentes da energia do ponto zero presente em todo o espaço. Essas flutuações do ponto zero deveriam atuar como uma contribuição para a constante cosmológica Λ, mas quando os cálculos são realizados, essas flutuações dão origem a uma enorme energia de vácuo.[9] A discrepância entre a energia de vácuo teorizada da teoria quântica de campos e a energia de vácuo observada da cosmologia é uma fonte de grande controvérsia, com os valores previstos excedendo a observação em cerca de 120 ordens de magnitude, uma discrepância que foi chamada de "a pior previsão teórica da história da física!".[10] Esta questão é chamada de problema da constante cosmológica e é um dos maiores mistérios da ciência, com muitos físicos acreditando que "o vácuo contém a chave para uma compreensão completa da natureza".[11]

História

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Einstein incluiu a constante cosmológica como um termo em suas equações de campo para a relatividade geral porque estava insatisfeito com o fato de que, caso contrário, suas equações não permitiriam um universo estático: a gravidade faria com que um universo que inicialmente não estava em expansão se contraísse. Para neutralizar essa possibilidade, Einstein adicionou a constante cosmológica.[3] No entanto, logo depois que Einstein desenvolveu sua teoria estática, as observações de Edwin Hubble indicaram que o universo parece estar se expandindo; isso era consistente com uma solução cosmológica para as equações originais da relatividade geral que haviam sido encontradas pelo matemático Friedmann, trabalhando nas equações de Einstein da relatividade geral. Einstein teria se referido ao seu fracasso em aceitar a validação de suas equações – quando elas haviam previsto a expansão do universo em teoria, antes de ser demonstrada na observação do desvio para o vermelho cosmológico – como seu "maior erro".[12]

Descobriu-se que adicionar a constante cosmológica às equações de Einstein não leva a um universo estático em equilíbrio porque o equilíbrio é instável: se o universo se expande ligeiramente, a expansão libera energia de vácuo, que causa ainda mais expansão. Da mesma forma, um universo que se contrai levemente continuará se contraindo.[13]

No entanto, a constante cosmológica permaneceu um assunto de interesse teórico e empírico. Empiricamente, os dados cosmológicos das últimas décadas sugerem fortemente que nosso universo tem uma constante cosmológica positiva.[5] A explicação desse valor pequeno, mas positivo, é um desafio teórico remanescente, o chamado problema da constante cosmológica.

Algumas generalizações iniciais da teoria gravitacional de Einstein, conhecidas como teorias clássicas de campo unificadas [en], introduziram uma constante cosmológica em bases teóricas ou descobriram que ela surgiu naturalmente da matemática. Por exemplo, Arthur Eddington afirmou que a versão da constante cosmológica da equação de campo do vácuo expressava a propriedade "epistemológica" de que o universo é "automedido", e a teoria puramente afim de Erwin Schrödinger usando um princípio variacional [en] simples produziu a equação de campo com um termo cosmológico.

Sequência de eventos (1915–1998)

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  • Em 1915, Einstein publica suas equações da relatividade geral, sem uma constante cosmológica Λ.
  • Em 1917, Einstein acrescenta o parâmetro Λ às suas equações quando percebe que sua teoria implica um universo dinâmico para o qual o espaço é uma função do tempo. Ele então dá a essa constante um valor que faz com que seu modelo de Universo permaneça estático e eterno (universo estático de Einstein).
  • Em 1922, o físico russo Alexander Friedmann mostra matematicamente que as equações de Einstein (qualquer que seja Λ) permanecem válidas em um universo dinâmico.
  • Em 1927, o astrofísico belga Georges Lemaître mostra que o Universo está se expandindo combinando a relatividade geral com observações astronômicas, as de Hubble em particular.
  • Em 1931, Einstein aceita a teoria de um universo em expansão e propõe, em 1932 com o físico e astrônomo holandês Willem de Sitter, um modelo de um Universo em expansão contínua com constante cosmológica zero (espaço-tempo de Einstein – de Sitter).
  • Em 1998, duas equipes de astrofísicos, uma liderada por Saul Perlmutter, a outra liderada por Brian Schmidt e Adam Riess, realizaram medições em supernovas distantes que mostraram que a velocidade da recessão das galáxias em relação à Via Láctea aumenta com o tempo. O universo está em expansão acelerada, o que requer um valor de Λ estritamente positivo. O universo conteria uma misteriosa energia escura produzindo uma força repulsiva que contrabalança a frenagem gravitacional produzida pela matéria contida no universo (ver Modelo cosmológico padrão).
    Por este trabalho, Perlmutter, Schmidt e Riess receberam, em conjunto, o Prêmio Nobel de física em 2011.

Equação

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Proporções estimadas (em inglês) de matéria escura e energia escura (que pode ser a constante cosmológica[1]) no universo. De acordo com as teorias atuais da física, a energia escura agora domina como a maior fonte de energia do universo, em contraste com épocas anteriores, quando era insignificante.

A constante cosmológica Λ aparece nas equações de campo de Einstein na forma

 

onde o tensor de Ricci Rμν, a escalar de Ricci R e o tensor métrico [en] gμν descrevem a estrutura do espaço-tempo, o tensor de tensão–energia Tμν descreve a densidade de energia, a densidade de momento e a tensão naquele ponto no espaço-tempo, e κ = 8πG/c4. A constante gravitacional G e a velocidade da luz c são constantes universais. Quando Λ é zero, isso se reduz à equação de campo da relatividade geral geralmente usada no século XX. Quando Tμν é zero, a equação de campo descreve o espaço vazio (um vácuo).

A constante cosmológica tem o mesmo efeito que uma densidade de energia intrínseca do vácuo, ρvac (e uma pressão associada). Nesse contexto, é comumente movido para o lado direito da equação usando Λ = κρvac. É comum citar valores de densidade de energia diretamente, embora ainda usando o nome "constante cosmológica". A dimensão de Λ é geralmente entendida como comprimento−2.

Usando os valores conhecidos em 2018 e as unidades de Planck para ΩΛ = 0,6889±0,0056 e a constante de Hubble H0 = 67,66±0,42 (km/s)/Mpc = (2,1927664±0,0136)×10−18 s−1, Λ tem o valor de

 

onde   é o comprimento de Planck. Uma densidade de energia de vácuo positiva resultante de uma constante cosmológica implica uma pressão negativa e vice-versa. Se a densidade de energia for positiva, a pressão negativa associada conduzirá a uma expansão acelerada do universo, conforme observado. (Ver Energia escura e Inflação cósmica para mais detalhes.)

ΩΛ (ômega sub lambda)

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Em vez da própria constante cosmológica, os cosmólogos geralmente se referem à razão entre a densidade de energia devido à constante cosmológica e a densidade crítica do universo, o ponto de inflexão para uma densidade suficiente para impedir que o universo se expanda para sempre. Essa razão geralmente é denotada por ΩΛ e é estimada em 0,6889±0,0056, de acordo com resultados publicados pela Colaboração Planck [en] em 2018.[14]

Em um universo plano, ΩΛ é a fração da energia do universo devida à constante cosmológica, ou seja, o que chamaríamos intuitivamente de fração do universo que é formada por energia escura. Observe que esse valor muda com o tempo: a densidade crítica muda com o tempo cosmológico [en], mas a densidade de energia devido à constante cosmológica permanece inalterada ao longo da história do universo, porque a quantidade de energia escura aumenta à medida que o universo cresce, mas a quantidade de matéria não.[15][16][17]

Equação de estado

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Outra razão que é usada pelos cientistas é a equação de estado, geralmente denotada w, que é a razão da pressão que a energia escura coloca no universo para a energia por unidade de volume.[18] Essa razão é w = −1 para a constante cosmológica usada nas equações de Einstein; formas alternativas de variação de tempo de energia de vácuo, como a quintessência, geralmente usam um valor diferente. O valor w = −1,028±0,032, medido pela Colaboração Planck (2018)[14] é consistente com −1, assumindo que w não muda ao longo do tempo cósmico.

Valor positivo

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M.E.F. lambda, expansão acelerada do universo. A linha do tempo neste diagrama esquemático (em inglês) se estende desde o Big bang/a era da inflação 13,7 bilhões de anos atrás até o tempo cosmológico atual.

Observações anunciadas em 1998 da relação distância – desvio para o vermelho para supernovas do tipo Ia[5] indicaram que a expansão do universo está se acelerando, se assumirmos o princípio cosmológico.[6][7] Quando combinados com medições da radiação cósmica de fundo, estas implicaram um valor de ΩΛ ≈ 0,7,[19] um resultado que foi apoiado e refinado por medições mais recentes[20] (assim como trabalhos anteriores[21][22]). Se alguém assumir o princípio cosmológico, como no caso de todos os modelos que usam a métrica de Friedmann–Lemaître–Robertson–Walker, embora existam outras causas possíveis de um universo em aceleração, como a quintessência, a constante cosmológica é, em muitos aspectos, a solução mais simples. Assim, o modelo de matéria escura fria lambda (M.E.F.Λ[a]), o atual modelo padrão de cosmologia que usa a métrica de F.L.R.W., inclui a constante cosmológica, que é medida como sendo da ordem de 10−52 m−2. Pode ser expresso como 10−35 s−2 (por multiplicação com c2, ou seja, ≈1017 m⋅s−2) ou como 10−122 P−2[23] (onde P é o comprimento de Planck). O valor é baseado em medições recentes da densidade de energia do vácuo, ρvac = 5,96×10−27 kg/m3 ≘ 5,3566×10−10 J/m3 = 3,35 GeV/m3.[24] No entanto, devido à tensão de Hubble [en] e ao dipolo do fundo cósmico de micro-ondas (F.C.M.) [en][c], recentemente foi proposto que o princípio cosmológico não é mais verdadeiro no universo tardio e que a métrica de F.L.R.W. falha,[25][26][27] então é possível que as observações geralmente atribuídas a um universo em aceleração são simplesmente o resultado do princípio cosmológico não aplicado no universo tardio.[6][7]

Como foi visto apenas recentemente, pelos trabalhos de 't Hooft, Susskind e outros, uma constante cosmológica positiva tem consequências surpreendentes, como uma entropia máxima finita do universo observável (ver Princípio holográfico).[28]

Previsões

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Teoria quântica de campos

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Problema de física em aberto:

Por que a energia de ponto zero do vácuo quântico não causa uma grande constante cosmológica? O que a anula?

Um grande problema pendente é que a maioria das teorias quânticas de campos prevê um valor enorme para o vácuo quântico. Uma suposição comum é que o vácuo quântico é equivalente à constante cosmológica. Embora não exista nenhuma teoria que suporte essa suposição, argumentos podem ser feitos a seu favor.[29]

Tais argumentos são geralmente baseados na análise dimensional e na teoria de campo efetiva [en]. Se o universo é descrito por uma teoria de campo quântico local eficaz até a escala de Planck, então esperaríamos uma constante cosmológica da ordem de   (  em unidades Planck reduzidas). Conforme observado acima, a constante cosmológica medida é menor do que isso por um fator de ~ 10120. Essa discrepância foi chamada de "a pior previsão teórica da história da física".[10]

Algumas teorias supersimétricas requerem uma constante cosmológica que seja exatamente zero, o que complica ainda mais as coisas. Este é o problema da constante cosmológica, o pior problema de ajuste fino na Física: não existe uma maneira natural conhecida de derivar a minúscula constante cosmológica usada na cosmologia a partir da física de partículas.

Nenhum vácuo na paisagem da teoria das cordas [en] é conhecido por apoiar uma constante cosmológica metaestável e positiva e, em 2018, um grupo de quatro físicos apresentou uma conjectura controversa que implicaria que al universo não existe t.[30]

Princípio antrópico

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Uma possível explicação para o valor pequeno, mas diferente de zero, foi observada por Steven Weinberg (em 1987) seguindo o princípio antrópico.[31] Weinberg explica que se a energia do vácuo assumisse valores diferentes em diferentes domínios do universo, então os observadores necessariamente mediriam valores semelhantes aos observados: a formação de estruturas de suporte à vida seria suprimida em domínios onde a energia do vácuo é muito maior. Especificamente, se a energia do vácuo for negativa e seu valor absoluto for substancialmente maior do que parece ser no universo observado (digamos, um fator de 10 vezes maior), mantendo todas as outras variáveis (por exemplo, densidade da matéria) constantes, isso significaria que o universo é fechado; além disso, seu tempo de vida seria menor do que a idade do nosso universo, possivelmente muito curto para a formação de vida inteligente. Por outro lado, um universo com uma grande constante cosmológica positiva se expandiria muito rápido, impedindo a formação de galáxias. Segundo Weinberg, os domínios onde a energia do vácuo é compatível com a vida seriam comparativamente raros. Usando esse argumento, Weinberg previu que a constante cosmológica teria um valor inferior a cem vezes o valor atualmente aceito.[32] Em 1992, Weinberg refinou esta previsão da constante cosmológica para 5 a 10 vezes a densidade da matéria.[33]

Este argumento depende da densidade de energia do vácuo ser constante ao longo do espaço-tempo, como seria de se esperar se a energia escura fosse a constante cosmológica. Não há evidências de que a energia do vácuo varie, mas pode ser o caso se, por exemplo, a energia do vácuo for (mesmo em parte) o potencial de um campo escalar como o ínflaton residual (ver também [[Quintessência|Quintessência]]). Outra abordagem teórica que trata do assunto é a das teorias do multiverso, que preveem um grande número de universos "paralelos" com diferentes leis da Física e/ou valores de constantes fundamentais. Novamente, o princípio antrópico afirma que só podemos viver em um dos universos que seja compatível com alguma forma de vida inteligente. Os críticos afirmam que essas teorias, quando usadas como explicação para o ajuste fino, cometem a falácia do apostador inversa [en].

Em 1995, o argumento de Weinberg foi refinado por Alexander Vilenkin [en] para prever um valor para a constante cosmológica que era apenas dez vezes a densidade da matéria,[34] ou seja, cerca de três vezes o valor atual desde então determinado.

Falha em detectar energia escura

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Uma tentativa de diretamente observar e relacionar quanta ou campos como a teoria symmetron [en] ou partícula camaleônica [en] com a energia escura, em um ambiente de laboratório, falhou em detectar uma nova força.Uma tentativa de observar diretamente a energia escura em um laboratório falhou em detectar uma nova força.[35] Inferir a presença de energia escura por meio de sua interação com bárions na radiação cósmica de fundo também levou a um resultado negativo,[36] embora as análises atuais tenham sido derivadas apenas no regime de perturbação linear. Também é possível que a dificuldade em detectar a energia escura se deva ao fato de que a constante cosmológica descreve uma interação conhecida existente (por exemplo, campo eletromagnético).[37]

Ver também

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  1. a b c do inglês Λ-C.D.M. – cold dark matter
  2. do inglês Q.F.T. – quantum field theory
  3. do inglês C.M.B. – cosmic microwave background

Referências

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  1. a b Pode ser que a energia escura seja explicada por uma constante cosmológica estática, ou que essa energia misteriosa não seja constante e tenha mudado com o tempo, como no caso com a quintessência, ver por exemplo:
    • "A física convida à ideia de que o espaço contém energia cujo efeito gravitacional se aproxima da constante cosmológica de Einstein, Λ; hoje em dia o conceito é denominado energia escura ou quintessência."(Peebles & Ratra 2003, p. 1)
    • "Parece então que o fluido cosmológico é dominado por algum tipo de densidade de energia fantástica, que tem pressão negativa e apenas começou a desempenhar um papel importante hoje. Nenhuma teoria convincente foi construída para explicar esse estado de coisas, embora modelos cosmológicos baseados em um componente de energia escura, como a constante cosmológica (Λ) ou a quintessência (Q), sejam os principais candidatos."(Caldwell 2002, p. 2)
  2. (Einstein 1917)
  3. a b (Rugh & Zinkernagel 2001, p. 3)
  4. Sobre a constante cosmológica sendo considerada como tendo valor zero, ver por exemplo:
    • "Uma vez que o limite superior cosmológico em |ρ⟩ + λ/8πG| era muito menor do que qualquer valor esperado da teoria de partículas, a maioria das partículas os teóricos simplesmente assumiram que, por alguma razão desconhecida, essa quantidade era zero."(Weinberg 1989, p. 3)
    • "Uma descoberta astronômica de época seria estabelecer por observação convincente que Λ é diferente de zero."(Carroll, Press & Turner 1992, p. 500)
    • "Antes de 1998, não havia evidência astronômica direta para Λ e o limite superior observacional era tão forte (Λ < 10−120 unidades de Planck) que muitos físicos de partículas suspeitavam que algum princípio fundamental deveria forçar seu valor a ser precisamente zero."(Barrow & Shaw 2011, p. 1)
    • "O único outro valor natural é Λ = 0. Se Λ é realmente minúsculo, mas não zero, ele acrescenta uma pista muito estimulante, embora enigmática, para a física a ser descoberta."(Peebles & Ratra 2003, p. 333)
  5. a b c Ver por exemplo:
  6. a b c Ellis, G. F. R. (2009). «Dark energy and inhomogeneity» [Heterogeneidade e energia escura]. Journal of physics: Conference series (em inglês). 189 (1): 012011. Bibcode:2009JPhCS.189a2011E. doi:10.1088/1742-6596/189/1/012011  
  7. a b c Jacques Colin; Roya Mohayaee; Mohamed Rameez; Subir Sarkar (20 de novembro de 2019). «Evidence for anisotropy of cosmic acceleration» [Evidência de anisotropia da aceleração cósmica]. Astronomy and astrophysics (em inglês). 631: L13. Bibcode:2019A&A...631L..13C. arXiv:1808.04597 . doi:10.1051/0004-6361/201936373. Consultado em 25 de março de 2022 
  8. (Redd 2013)
  9. (Rugh & Zinkernagel 2001, p. 1)
  10. a b Ver, por exemplo:
    • "Isso dá uma resposta cerca de 120 ordens de magnitude acima dos limites superiores de Λ definidos por observações cosmológicas. Esta é provavelmente a pior previsão teórica da história da física!"(Hobson, Efstathiou & Lasenby 2006, p. 187)
    • "Isso, como veremos mais adiante, é aproximadamente 120 ordens de grandeza maior do que o permitido pela observação." (Carroll, Press & Turner 1992, p. 503)
    • "As expectativas teóricas para a constante cosmológica excedem os limites observacionais em cerca de 120 ordens de magnitude." (Weinberg 1989, p. 1)
  11. Ver por exemplo:
    • "o vácuo contém a chave para uma compreensão completa da natureza" (Davies 1985, p. 104)
    • "O problema teórico de explicar a constante cosmológica é um dos maiores desafios da física teórica. É mais provável que exijamos uma teoria totalmente desenvolvida da gravidade quântica (talvez a teoria das supercordas) antes de podermos entender Λ."(Hobson, Efstathiou & Lasenby 2006, p. 188)
  12. Há algum debate sobre se Einstein rotulou a constante cosmológica de seu "maior erro", com todas as referências sendo rastreadas até uma única pessoa: George Gamow. (Ver Gamow (1956, 1970).) Por exemplo:
    • "O astrofísico e autor Mario Livio não consegue encontrar nenhuma documentação que coloque essas palavras na boca de Einstein (ou, nesse caso, em sua caneta). Em vez disso, todas as referências eventualmente levam de volta a um homem - o físico George Gamow - que relatou o uso da frase por Einstein em duas fontes: sua autobiografia publicada postumamente "My world line" (1970) e um artigo na "Scientific American" de setembro de 1956."(Rosen 2013)
    • "Também achamos bastante plausível que Einstein tenha feito tal declaração a Gamow em particular. Concluímos que há pouca dúvida de que Einstein passou a ver a introdução da constante cosmológica como um erro grave e que é muito plausível que ele tenha rotulado o termo como seu "maior erro" em pelo menos uma ocasião".(O'Raifeartaigh & Mitton 2018, p. 1)
  13. (Ryden 2003, p. 59)
  14. a b (The Planck collaboration 2020)
  15. Siegel, Ethan. «Dark energy may not be a constant, which would lead to a revolution in Physics» [A energia escura pode não ser uma constante, o que levaria a uma revolução na Física]. Forbes (em inglês). Consultado em 10 de setembro de 2023 
  16. Peebles & Ratra (2003).
  17. Davies, Paul (2021). What's eating the Universe?: And other cosmic questions [O que está comendo o Universo?: E outras questões cósmicas] (em inglês). [S.l.]: Penguin Books Australia. ISBN 9780141993720 
  18. (Brumfiel 2007, p. 246)
  19. Ver, por exemplo, (Baker et al. 1999)
  20. Ver, por exemplo, a tabela 9 em (The Planck collaboration 2015a, p. 27)
  21. Paál, G.; Horváth, I.; Lukács, B. (1992). «Inflation and compactification from Galaxy redshifts?» [Inflação e compactação a partir dos desvios para o vermelho da Galáxia?]. Astrophysics and space science (em inglês). 191 (1): 107–124. Bibcode:1992Ap&SS.191..107P. doi:10.1007/BF00644200 
  22. Holba, Ágnes; Horváth, I.; Lukács, B.; Paál, G. (1994). «Once more on Quasar periodicities» [Mais uma vez sobre as periodicidades dos Quasares]. Astrophysics and space science (em inglês). 222 (1–2): 65–83. Bibcode:1994Ap&SS.222...65H. doi:10.1007/BF00627083 
  23. (Barrow & Shaw 2011)
  24. Calculado com base na constante de Hubble e ΩΛ de (The Planck collaboration 2015b)
  25. Elcio Abdalla; Guillermo Franco Abellán; et al. (11 de março de 2022), «Cosmology intertwined: A review of the particle physics, astrophysics, and cosmology associated with the cosmological tensions and anomalies» [Cosmologia entrelaçada: Uma revisão da cosmologia, da astrofísica e da física de partículas associada às anomalias e tensões cosmológicas], Journal of high energy astrophysics (em inglês), 34: 49, Bibcode:2022JHEAp..34...49A, arXiv:2203.06142v1 , doi:10.1016/j.jheap.2022.04.002 
  26. Krishnan, Chethan; Mohayaee, Roya; Colgáin, Eoin Ó; Sheikh-Jabbari, M. M.; Yin, Lu (16 de setembro de 2021). «Does Hubble tension signal a breakdown in F.L.R.W. cosmology?» [A tensão de Hubble sinaliza um colapso na cosmologia de F.L.R.W.?]. Classical and quantum gravity (em inglês). 38 (18). 184001 páginas. Bibcode:2021CQGra..38r4001K. ISSN 0264-9381. arXiv:2105.09790 . doi:10.1088/1361-6382/ac1a81 
  27. Asta Heinesen; Hayley J. Macpherson (15 de julho de 2021). «Luminosity distance and anisotropic sky-sampling at low redshifts: A numerical relativity study» [Amostragem anisotrópica do céu e distância da luminosidade em desvios para o vermelho baixos: Um estudo da relatividade numérica]. Physical review D (em inglês). 104 (2): 023525. Bibcode:2021PhRvD.104b3525M. arXiv:2103.11918 . doi:10.1103/PhysRevD.104.023525. Consultado em 25 de março de 2022 
  28. (Dyson, Kleban & Susskind 2002)
  29. (Rugh & Zinkernagel 2001, p. ?)
  30. Wolchover, Natalie (9 de agosto de 2018). «Dark energy may be incompatible with string theory» [A energia escura pode ser incompatível com a teoria das cordas]. Quanta magazine (em inglês). Simons foundation. Consultado em 2 de abril de 2020 
  31. (Weinberg 1987)
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  33. (Weinberg 1992, p. 182)
  34. (Vilenkin 2006, p. 146)
  35. D. O. Sabulsky; I. Dutta; E. A. Hinds; B. Elder; C. Burrage; E. J. Copeland (2019). «Experiment to detect dark energy forces using atom interferometry» [Experiência para detectar forças de energia escura usando interferometria atômica]. Physical review letters (em inglês). 123 (6). 061102 páginas. Bibcode:2019PhRvL.123f1102S. PMID 31491160. arXiv:1812.08244 . doi:10.1103/PhysRevLett.123.061102 
  36. S. Vagnozzi; L. Visinelli; O. Mena; D. Mota (2020). «Do we have any hope of detecting scattering between dark energy and baryons through cosmology?» [Temos alguma esperança de detectar a dispersão entre a energia escura e os bárions através da cosmologia?]. Mon. Not. R. Astron. Soc. (em inglês). 493 (1). 1139 páginas. Bibcode:2020MNRAS.493.1139V. arXiv:1911.12374 . doi:10.1093/mnras/staa311 
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Bibliografia

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Literatura primária

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Literatura secundária: notícias, artigos científicos populares e livros

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Literatura secundária: artigos de revisão, monografias e livros didáticos

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Ligações externas

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