Conversas sobre a Pluralidade dos Mundos
Conversas sobre a Pluralidade dos Mundos (em francês: Entretiens sur la pluralité des mondes) é um livro de divulgação científica do autor francês Bernard le Bovier de Fontenelle, publicado em 1686.
Entretiens sur la pluralité des mondes | |
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Conversas sobre a Pluralidade dos Mundos [BR] | |
Autor(es) | Bernard Le Bovier de Fontenelle |
Idioma | francês |
País | França |
Lançamento | 1686 |
É uma exposição inicial do pluralismo cósmico, a ideia de que as estrelas são sóis distantes que podem ter seus próprios sistemas planetários, incluindo a possibilidade de vida extraterrestre. O livro é a obra mais famosa de Fontenelle e é considerada uma das primeiras grandes obras do Iluminismo.
Antecedentes
editarAo contrário de muitas obras científicas de sua época, Conversas sobre a Pluralidade dos Mundos não foi escrito em latim, mas em francês, tornando-se um dos primeiros livros a tentar explicar teorias científicas em uma linguagem popular. Um precursor disso pode ser visto no livro de 1584 de Giordano Bruno intitulado Sobre o Infinito, o Universo e os Mundos.
Contexto
editarNo prefácio, Fontenelle sugere que a explicação oferecida deve ser facilmente compreendida mesmo por quem não tem conhecimento científico, e se dirige especificamente às leitoras. O livro em si é apresentado como uma série de diálogos entre um galante filósofo e uma marquesa, que passeiam no jardim desta última à noite e contemplam as estrelas. O filósofo explica o modelo heliocêntrico e também reflete sobre a possibilidade de vida extraterrestre.
Recepção
editarO livro foi muito bem recebido tanto na França quanto em outros lugares, e foi publicado regularmente. Em 1691, Fontenelle foi eleito para a Académie française.[1] A obra de Fontenelle não foi lançada polemicamente contra a visão de mundo da Igreja Católica ou das igrejas protestantes, nem atraiu a atenção, positiva ou negativa, de teólogos ou prelados.
Traduções
editarA primeira tradução em inglês foi publicada em Dublin, capital da Irlanda, por Sir William Donville ou Domville em 1687, seguida por outra tradução por Aphra Behn em 1688, sob o título A Discovery of New Worlds e uma terceira por John Glanvill mais tarde em 1688.[2] Antiokh Kantemir traduziu para o russo em 1730, embora a tradução só tenha sido publicada em edição censurada em 1740, devido a objeções da Igreja Ortodoxa Russa.
Referências
- ↑ "Fontenelle, Bernard Le Bovier, sieur de." Encyclopædia Britannica. 2007. Encyclopædia Britannica Online. 3 March 2007 .
- ↑ Cottegnies, Line (2003). «The Translator as Critic: Aphra Behn's Translation of Fontenelle's "Discovery of New Worlds" (1688)». Restoration: Studies in English Literary Culture, 1660-1700. 27 (1): 23–38. ISSN 0162-9905. JSTOR 43293732