Copiopteryx
Copiopteryx é um gênero de mariposas, ou traças, neotropicais pertencentes à família Saturniidae[2][3] (no século XX nas famílias Adelocephalidae[4][5] ou Citheroniidae)[6] e subfamília Arsenurinae,[2][3] contendo espécies de hábitos noturnos, encontradas na floresta tropical e subtropical úmida e em habitat de cerrado,[7][8][9] distribuídas do México à América do Sul[1] até a Região Sul do Brasil[10][11] e norte da Argentina (Misiones).[10] Foi classificado por James Duncan, em 1841, na página 125 do texto "Exotic moths", publicado na obra The naturalist's library, de William Jardine;[1][2][3][12] a sua espécie-tipo, Copiopteryx semiramis, classificada em 1775 por Pieter Cramer com o nome Phalaena semiramis, na obra De uitlandsche kapellen, voorkomende in de drie waereld-deelen Asia, Africa en America;[1][2] e Seitz cita os animais deste gênero, estranhos e bonitos, "quase todos grandes raridades".[13] São caracterizadas principalmente por uma longa cauda na metade final de cada asa posterior;[4][5][14][15] Duncan, sobre elas, citando a "cauda muito longa, divergente e dilatada na extremidade", e suas "asas anteriores truncadas no ápice".[12] Como uma regra mais ou menos geral nessa família o tamanho do corpo desses insetos é relativamente pequeno em relação ao tamanho de suas asas.[7]
Copiopteryx | |||||||||||||||||
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![]() Fotografia da espécie-tipo do gênero Copiopteryx, Copiopteryx semiramis, classificada por Pieter Cramer em 1775.[1][2] | |||||||||||||||||
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Essas ilustrações de Copiopteryx sonthonnaxi, do começo do século XX, macho e fêmea, mostram o dimorfismo sexual do gênero Copiopteryx.
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Espécie-tipo | |||||||||||||||||
Copiopteryx semiramis (Cramer, 1775)[1][2] | |||||||||||||||||
Espécies | |||||||||||||||||
Espécies
editarDe acordo com o Global Biodiversity Information Facility/BOLD Systems; com asterisco (*) estão as espécies registradas para o Brasil (fonteː SiBBr - Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira; entre parênteses os cientistas que tiveram os nomes originais de seus gêneros modificados para Copiopteryx).[2][3][16]
- Copiopteryx cleopatra Girard, 1882
- Copiopteryx derceto (Maassen, 1872)*
- Copiopteryx imperialis Girard, 1882
- Copiopteryx inversa Giacomelli, 1911
- Copiopteryx jehovah (Strecker, 1874)*
- Copiopteryx semiramis (Cramer, 1775)*
- Copiopteryx sonthonnaxi André, 1905*
- Copiopteryx virgo Zikán, 1929*
Etimologia
editarDe acordo com James Duncan a etimologia da palavra grega Copyopterix significa asa (em latim: "ala")[12][17] com, ou como, remo (em latim: "remus").[12][18]
Referências
- ↑ a b c d e f Savela, Markku. «Copiopteryx Duncan [& Westwood], 1841» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 9 de janeiro de 2025
- ↑ a b c d e f g h «Copiopteryx Duncan, 1841». SiBBr - Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira. 1 páginas. Consultado em 9 de janeiro de 2025
- ↑ a b c d e «Copiopteryx Duncan, 1841» (em inglês). GBIF. 1 páginas. Consultado em 9 de janeiro de 2025
- ↑ a b LIMA, A. da Costa (1950). Insetos do Brasil (PDF). 6.° Tomoː Capítulo XXVIIIː Lepidópteros, 2.ª Parte. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Agronomia. (Série Didática N.º 8) - UFRRJ. p. 251. 420 páginas. Consultado em 9 de janeiro de 2025
- ↑ a b CARRERA, Messias (1980). Entomologia Para Você 5ª ed. São Paulo, Brasil: Nobel. p. 150-151. 186 páginas. ISBN 85-213-0028-X
- ↑ BORROR, Donald J.; DELONG, Dwight M. (1969). Introdução ao Estudo dos Insetos. São Paulo: Editora Edgard Blücher/Editora da Universidade de São Paulo. p. 329. 654 páginas
- ↑ a b RAFAEL, José Albertino; MELO, Gabriel Augusto Rodrigues de; CARVALHO, Claudio José Barros de; CASARI, Sônia Aparecida; CONSTANTINO, Reginaldo (2024). Insetos do Brasil: Diversidade e Taxonomia (PDF). 2ª Edição Revisada e Ampliada. Manaus: INPA (Wayback Machine). p. 733-734. 880 páginas. ISBN 978-65-5633-046-4. Consultado em 9 de janeiro de 2025
- ↑ Sousa, Evie dos Santos de (8 de dezembro de 2021). «Borboletas e Mariposasː FAUNA DE LEPIDÓPTEROS DO BIOMA CERRADO». Embrapa. 1 páginas. Consultado em 9 de janeiro de 2025
- ↑ Santos, Alberico Alves dos (2022). «Saturniidae (Lepidoptera: Bombycoidea) do Cerrado central do Maranhão». UFV – Universidade Federal de Viçosa. p. 23. Consultado em 9 de janeiro de 2025
- ↑ a b Bustos, Ezequiel O. Núñez (2015). «Catálogo preliminar de Saturniidae de Argentina, con veintiún nuevos registros (Lepidoptera: Saturniidae)» (em espanhol). Tropical Lepidoptera Research, 25(1) (ResearchGate). p. 24. Consultado em 9 de janeiro de 2025
- ↑ ORLANDIN, Elton; FAVRETTO, Mario Arthur; PIOVESAN, Mônica; SANTOS, Emili Bortolon dos (2016). Borboletas e mariposas de Santa Catarina:. uma introdução 1ª ed. Brasil: Campos Novos (ResearchGate). p. 162. 214 páginas. ISBN 978-85-915509-8-2. Consultado em 9 de janeiro de 2025
- ↑ a b c d Duncan, James (1841). «Exotic moths» (em inglês). Naturalist's library. Ed. by Sir William Jardine; vol. XXXII, Entomology, [v.5] (Biodiversity Heritage Library). p. 125. Consultado em 9 de janeiro de 2025
- ↑ Seitz, Adalbert (1907). «Die Grossschmetterlinge der Erde : eine systematische Bearbeitung der bis jetzt bekannten Grossschmetterlinge Bd.6» (em alemão). Internet Archive. p. 798. Consultado em 9 de janeiro de 2025
- ↑ Lapèze, Jérémie (6 de junho de 2016). «Copiopteryx» (em francês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 9 de janeiro de 2025.
Cayenne, Guyane Française.
- ↑ SANTOS, Eurico (1985). Zoologia Brasílica, vol. 10. Os Insetos 2ª ed. Belo Horizonte: Itatiaia. p. 29. 246 páginas
- ↑ «Copiopteryx (genus)» (em inglês). BOLD Systems. 1 páginas. Consultado em 21 de janeiro de 2025
- ↑ AZEVEDO, Fernando de (1950). Pequeno Dicionário Latino-Português 3 ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional. p. 8. 212 páginas
- ↑ AZEVEDO, Fernando de (Ibid., p.167.).