A copla, copla andaluza ("copla andaluz"), canción andaluza (canção andaluz), canción española (canção espanhola),[1] tonadilla ou canción folklórica (canção folclórica) é uma forma de canção popular espanhola,[2] derivada da forma poética homônima. Embora o gênero tenha uma longa trajetória, ele prosperou nas décadas de 1930 e 1940, tendo sido consagrado pelos compositores Antonio Quintero, Rafael de León e Manuel Quiroga.[3]

Raquel Meller foi uma das primeiras cantoras de copla. Inicialmente cantou cuplé, que mais tarde evoluiu na canção andaluza e espanhola para a copla como é atualmente conhecida.

Outros cantores de copla famosos são Imperio Argentina, Manolo Corrales, Estrellita Castro, Concha Piquer, Miguel de Molina, Lola Flores, Marifé de Triana, Juanita Reina, Manolo Escobar, Juanito Valderrama, Sara Montiel e Antonio Molina.[4]

Dentre as figuras mais notáveis encontra-se Carlos Cano, que foi uma figura chave no renascimento da popularidade da copla no final do século XX.

Cantores de coplas atuais incluem Rocío Jurado, Bambino, María Jiménez, Isabel Pantoja, Martirio, e Miguel Poveda e, ainda mais recentemente, María de la Colina, Pasión Vega, Clara Montes, Pastora Soler, Aurora Guirado, Diana Navarro, Pilar Boyero, Concha Buika, Montse Delgado e o cantor de ópera Plácido Domingo, que lançou um álbum de coplas intitulado Pasión Española em 2008.

Alguns desses artistas, particularmente Pasión Vega (nascida em 1976) e Diana Navarro (nascida em 1978), dobraram e ampliaram o gênero em direções que passaram a ser conhecidas como Nueva Copla ("Nova Copla").

Tem como característica o canto de garganta, bem como a rouquidão da voz e melismas que lembram o estilo árabe.

Dentre os exemplos de coplas, famosas incluem "Ojos verdes" (Olhos Verdes), "Tatuaje" (Tatuagem), "La falsa moneda" (A falsa moeda), "María de la O" e "Rocío". As letras muitas vezes apresentam personagens marginalizados, incluindo prostitutas, marinheiros, condenados fugitivos, ciganos e assim por diante, e têm temas atípicos (tais como: mulheres maltratadas e desprezada, crianças abandonadas e casos extramatrimoniais).[5]

Por tratar de histórias de amor que deram errado, de mulheres que ultrapassaram os limites dos costumes sexuais e de honra dos homens, as coplas costumavam ser criticadas por serem antiquadas e sexistas.[6] Entretanto, mais recentemente, os artistas modernos deram um novo toque às canções, "selecionando coplas que reivindicam o poder das mulheres, sua independência e sua paixão".

Referências

  1. Arredondo Pérez, H. (2014). «Andalucía y la mujer en la copla». In García, F. J.; Arredondo, H. Andalucía en la música. Expresión de comunidad, construcción de identidad. Sevilla: Centro de Estudios Andaluces. p. 125. ISBN 978-84-942332-0-3.
  2. Martinez, Sílvia; Fouce, Héctor (2013). Made in Spain: Studies in Popular Music 1st ed. [S.l.]: Routledge. 90 páginas. ISBN 978-1136460067. Consultado em 21 de junho de 2015 
  3. Directory of World Cinema: Spain – Page 282 Lorenzo J. Torres Hortelano – 2011 "It is known popularly as a musical genre, with the same name, mostly in Andalusia, so 'Andalusian copla' is a type of light music that flourished in Spain since the 1940s, with songs of human passions, often of a narrative type — classic stories ..."
  4. Tatjana Pavlović Despotic Bodies and Transgressive Bodies: Spanish Culture from ... – Page 66 2003 "The copla was used as a weapon of Francoist ideology in the promotion of "true Spanishness," but the genre also lends itself to subversive ... Berlanga captures this ambiguity of the copla in order to fully explore its ranges and possibilities."
  5. See Made in Spain: Studies in Popular Music at 94-95.
  6. Probst Solomon, Barbara (2009). The Reading Room. [S.l.]: Great Marsh Press. 282 páginas. ISBN 978-1928863137