Cripta de Balbo
Cripta Balbo era uma praça rodeada por um pórtico anexo ao antigo Teatro de Balbo em Roma, parte do complexo onde está hoje a sede do Museo Nazionale Romano.
Cripta de Balbo | |
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Crypta Balbi, exterior, entrance.jpg Entrada do local | |
Êxedra da Cripta Balbo, transformada depois em latrina. | |
Informações gerais | |
Tipo | Pórtico |
Construção | 13 a.C. |
Promotor | Lúcio Cornélio Balbo, o Jovem |
Website | http://www.museonazionaleromano.beniculturali.it/it/169/crypta-balbi |
Área | 5 700 metro quadrado, 2 150 metro quadrado |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | IX Região - Circo Flamínio |
Coordenadas | 41° 53′ 40″ N, 12° 28′ 43″ L |
Cripta |
Descrição
editarA cripta era uma praça rodeada por pórticos anexa ao Teatro de Balbo, ambos construídos pelo cônsul Lúcio Cornélio Balbo em 13 a.C.[1] Seu formato, preservado no "Plano de Mármore" (Forma Urbis), era praticamente quadrado com uma grande êxedra no lado oriental. Escavações recentes expuseram a êxedra e permitiram o estudo de boa parte do monumento, que está incorporado ao complexo do Museo Nazionale. Além dela, que tem 22 metros de diâmetro, a cripta consistia de duas longas paredes paralelas, um seção das quais com cerca de 40 metros, visível nos porões dos edifícios na Via delle Botteghe Oscure (nº 17 e 28). Restos similares da outra parede estão nos porões de casas na Via dei Delfini (entre os números 5 e 10). Elas foram feitas em opus quadratum, com esquinas em travertino formando uma espécie de meandro de niches voltados para lados opostos, os mais estreitos (1,9 metros) voltados para o norte e os mais largos (3,2 metros), para o sul. Estes últimos foram depois fechados por uma parede de concreto revestido por tijolos, claramente resultado da reforma de Domiciano depois do destrutivo incêndio de 80.[2]
Na Idade Média, a êxedra foi transformada em latrina e a cripta foi ocupada pelos fabricantes de cordas (em latim: funari), uma função que se preservou no nome da vizinha igreja de Santa Caterina dei Funari.[2]
O Plano de Mármore revela ainda a existência de um pequeno edifício, do qual apenas um dos cantos restou, no centro da praça, talvez num eixo diferente. É possível que este tenha sido o Templo de Vulcano no Campo de Marte, como atesta uma inscrição dedicatória encontrada no local. Erigida por prefeito dos vigiles da época de Trajano permite supor que cripta funcionava como a prefeitura central dos Vigiles. O templo seria, nesta hipótese, o centro religioso da corporação e a sede de seu arquivo.[2]
Museu
editarA sede do museu é parte de um vasto complexo de edifícios — incluindo, além da Cripta Balbo, as igrejas de Santa Caterina dei Funari e San Stanislao dei Polacchi — com cerca de 7 000 metros quadrados de área e um volume predial de mais de 40 000 metros cúbicos aquirido pelo governo da Itália em 1981.
Planimetria
editarPlanimetria do Campo de Marte meridional |
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Referências
- ↑ «Visitare la Crypta Balbi: un viaggio nella storia di Roma, dall'antichità ad oggi» (em italiano). Viaggi e Vacanze in Italia. 10 de março de 2014
- ↑ a b c Coarelli, Filippo (2014). Rome and Environs, An Archeological Guide (em inglês). [S.l.]: University of California Press. p. 281-282. ISBN 978-0-520-28209-4
Ligações externas
editar- «Site oficial» (em italiano). Soprintendenza Speciale per i Beni Archeologici di Roma. Consultado em 15 de março de 2018. Arquivado do original em 5 de janeiro de 2018