Pega-azul
A pega-azul[1] (Cyanopica cyanus), ou rabilongo[2], é uma ave da família Corvidae (corvos).
Pega-azul | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Cyanopica cyanus ( Pallas, 1776) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Características
editar- Comprimento: 34 a 35 cm
- Envergadura: 13 a 14 cm
- Peso: 65 a 76 g
- Longevidade:
Distribuição
editarEsta ave é nativa do sul da Península Ibérica (Portugal e Espanha) e também da China, Coreia, Japão, norte da Mongólia e sul da Rússia.
Esta distribuição tão particular deve-se à fragmentação de uma população contínua que se estendia desde a Península Ibérica ao Extremo Oriente há cerca de 1,2 milhões de anos. A divisão deveu-se às alterações climáticas provocadas pela última Idade do Gelo: a redução da temperatura foi tão acentuada que fez com que as populações desta espécie tivessem desaparecido da Europa de Leste e do Médio Oriente, resistindo apenas as populações situadas nos extremos do continente euro-asiático. Aí encontraram refúgio, pois as temperaturas eram mais toleráveis.
Habitat
editarNa Península Ibérica, o seu habitat natural são as matas de azinheiras e sobreiros do centro e sul. São ainda vistas com frequência em olivais, pinhais, pomares e eucaliptais.
Reprodução
editarÉ durante os meses de Abril e Maio que a pega-azul inicia o seu período reprodutivo. Geralmente nidificam em colónias, podendo encontrar-se, por vezes, vários ninhos na mesma árvore. A postura é de 5 a 7 ovos que são incubados durante 15 dias exclusivamente pelas fêmeas, sendo estas, entretanto, alimentadas pelos machos.
Alimentação
editarA base da sua alimentação são os insectos, que no Outono complementa com bagas e sementes.
Subespécies
editarDadas as recentes descobertas (mais precisamente, em 2002) sobre a distribuição e a filogenia da pega-azul, a sua classificação sistemática encontra-se neste momento em discussão. As seguintes subespécies, baseadas em características morfológicas e padrões geográficos diferentes:
- C. cyanus cooki (Península Ibérica)
- C. cyanus cyanus (Ásia)
- C. cyanus gili (Península Ibérica)
- C. cyanus pallescens (Ásia)
- C. cyanus interposita (Ásia)
- C. cyanus japonica (Ásia)
- C. cyanus jeholica (Ásia)
- C. cyanus kansuensis (Ásia)
- C. cyanus koreensis (Ásia)
- C. cyanus stegmanni (Ásia)
- C. cyanus swinhoei (Ásia)
continuam a ser válidas, mas as últimas pesquisas indicam não haver diferenças genéticas significativas que justifiquem a existência de duas subespécies na Península Ibérica e nove na Ásia. As evidências científicas apontam para a existência de duas espécies pertencentes ao género Cyanopica, uma na Península Ibérica (Cyanopica cooki) e outra na Ásia (Cyanopica cyanus). Esta última, por sua vez, contém a subespécie proveniente do Japão Cyanopica cyanus japonica, que aparenta estar suficientemente isolada da restante população para ser assim considerada.[3]
Referências
- ↑ S.A, Priberam Informática. «PEGA-AZUL». Dicionário Priberam. Consultado em 1 de março de 2021
- ↑ S.A, Priberam Informática. «RABILONGO». Dicionário Priberam. Consultado em 1 de março de 2021
- ↑ Koon Wah Fok, Christopher M. Wade and David T. Parkin. «Inferring the phylogeny of disjunct populations of the azure-winged magpie Cyanopica cyanus from mitochondrial control region sequences». Proc. R. Soc. Lond. B. 269: 1671–1679