David Lekuta Rudisha (Kilgoris, 17 de dezembro de 1988) é um meio-fundista queniano, campeão olímpico, campeão mundial e recordista mundial dos 800 metros.

David Rudisha
campeão olímpico
David Rudisha
Atletismo
Nome completo David Lekuta Rudisha
Apelido "Orgulho da África"[1]
Modalidade 800 metros
Nascimento 17 de dezembro de 1988 (35 anos)
Kilgoris, Quênia
Nacionalidade Quénia queniano
Recorde mundial 800 metros - 1:40.91 (2012)
Medalhas
Jogos Olímpicos
Ouro Rio 2016 800 m


Ouro Londres 2012 800 m


Campeonatos Mundiais
Ouro Pequim 2015 800 m


Ouro Daegu 2011 800 m
Campeonato Mundial Júnior
Ouro Pequim 2006 800 m

Em agosto de 2010, Rudisha bateu o recorde mundial da prova de 800 m durante o Meeting ISTAF Berlim, estabelecendo a marca de 1:41.09.[2] O recorde anterior, que já tinha treze anos, pertencia ao dinamarquês, nascido no Quênia, Wilson Kipketer, desde 1997.[3] Uma semana depois voltou a quebrar seu próprio recorde em Rieti, na Itália, baixando o tempo para 1:41.01.[4]

Em Londres 2012, Rudisha tornou-se campeão olímpico e quebrou novamente o recorde mundial dos 800 m, com o tempo de 1:40.91, naquela que foi considerada a maior prova de 800 m de todos os tempos.[5] Além do recorde mundial do queniano, todos os outros sete competidores quebraram recordes nacionais, mundiais juniores, marcas pessoais ou fizeram o melhor tempo do ano. O tempo do último colocado - 1:43.77 - Andrew Osagie da Grã-Bretanha, lhe teria dado a medalha de ouro nos Jogos de Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008.[6] No fim do ano recebeu o prêmio de Melhor Atleta Masculino de Londres 2012 dado pela Association of National Olympic Committees (ANOC), entidade que congrega todos os comitês olímpicos nacionais que formam o COI.[7]

Sem poder competir em Moscou 2013 por causa de uma contusão no joelho durante um treino em Nova York, que teve que operar,[8] Rudisha passou o ano de 2014 e início de 2015 tentando recuperar a forma, sendo derrotado três vezes neste período, duas delas pelo botsuano Nijel Amos, medalha de prata em Londres 2012.[9] Mesmo sem voltar à forma de três anos antes em Londres, disputou o campeonato mundial em Pequim 2015, ganhando novamente a medalha de ouro em 1:45.84.[10]

Nos Jogos Olímpicos da Rio 2016, voltou a conquistar a medalha de ouro, fazendo a marca de 1:42:15 e tornando-se bicampeão olímpico dos 800 metros, o primeiro atleta a conseguir a dupla vitória desde o neozelandês Peter Snell em Tóquio 1964.[8]

Vida Pessoal

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Rudisha é um integrante do grupo étnico Masai, no Quênia.[11] Seu pai, Daniel Rudisha, ganhou a medalha de prata integrando o revezamento 4x400 m na Cidade do México 1968 e sua mãe Naomi é uma ex-corredora de 400 m c/ barreiras.[12] É casado com Lizzy Naanyu e tem duas filhas. O jornalista da BBC Sport Tom Fordyce o considera "o maior corredor de 800 metros da história e talvez também seja o cara mais legal nos esportes".[8]

Ver também

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Referências

  1. «RUDISHA AND BOWIE FIND THEIR FEET IN THE BIRD'S NEST STADIUM». IAAF. Consultado em 20 de agosto de 2015 
  2. Queniano bate recorde mundial de 13 anos e Semenya volta a vencer em Berlim UOL Esporte
  3. Jiro Mochizuki (29 de julho de 2009). «Focus on Athletes - David Lekuta RUDISHA» 
  4. IAAF http://www.iaaf.org/IWC10/news/kind=100/newsid=58113.html. Consultado em 10 de agosto de 2012  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  5. «Stunning! Rudisha 1:40.91 World Record in London!». IAAF. Consultado em 10 de agosto de 2012 
  6. «David Rudisha breaks 800m world record in Olympics win». BBC Sport. Consultado em 10 de agosto de 2012 
  7. «RUDISHA GETS ANOC AWARD FOR BEST MALE ATHLETE OF LONDON 2012». IAAF. Consultado em 25 de agosto de 2015 
  8. a b c «Rio Olympics 2016: David Rudisha retains 800m crown». BBC. Consultado em 29 de agosto de 2016 
  9. «Golden day for Kenya at championships». Daily Nation. Consultado em 26 de agosto de 2015 
  10. «REPORT: MEN'S 800M FINAL – IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS, BEIJING 2015». IAAF. Consultado em 25 de agosto de 2015 
  11. «RUDISHA: FOLLOWING IN THE FOOTSTEPS OF KONCHELLAH AND KIPKETER?». IAAF. Consultado em 29 de agosto de 2016 
  12. «RUNNING IN THE FAMILY». spikes.iaaf.org. Consultado em 29 de agosto de 2016