Decapterus macarellus
Decapterus macarellus (G. Cuvier, 1833), conhecida pelos nomes comuns de cavalinha-de-reis ou cavalinha-do-reis, é uma espécie de peixes pelágicos da família Carangidae. Com distribuição natural alargada nas regiões tropicais e subtropicais de todos os oceanos, a espécie é por vezes capturada na pesca lúdica e é utilizada como isco na pesca comercial.[1]
cavalinha-de-reis Decapterus macarellus | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Decapterus macarellus (G. Cuvier, 1833) |
Descrição
editarO comprimento máximo registado para a espécie é de 46 cm.[2] O corpo elongado aparenta ser cilíndrico quando em vista frontal,[1] sendo a espécie identificada pela presença de uma pequena barbatana isolada, localizada entre as barbatanas dorsal e caudal.[3] A espécie apresenta 9 espinhas e 31-36 raios na sua barbatana dorsal e 7 espinhas e 27-30 raios na sua barbatana anal.[1]
As barbatanas apresentam coloração azul-esverdeada a negra, com reflexos metálicos e a região ventral é esbranquiçada.[1] a margem do opérculo apresenta uma pequena mancha negra,[4] mas não há manchas ao longo da linha lateral.[5] As barbatanas caudais são avermelhadas[5] a verde-amarelado.[4]
Distribuição e habitat
editarA espécie tem distribuição natural circuntropical, estando presente em vastas áreas de todos os oceanos. No Atlântico ocidental, onde é frequente, distribui-se desde as costas da Nova Escócia e Bermuda, para sul até ao litoral do Rio de Janeiro,[6] apesar de ser pouco comum no Golfo do México.[7] No Atlântico oriental distribui-se desde a ilha de Santa Helena, ilha da Ascensão e o arquipélago de Cabo Verde[8] até ao Golfo da Guiné,[8] aos arquipélagos dos Açores e Madeira.[9] No Oceano Índico, ocorre no Mar Vermelho e Golfo de Aden até às costas da África do Sul, ilhas Mascarenhas, Seychelles e Sri Lanka.[10] No Oceano Pacífico, foi assinalado ao largo da ilha Revillagigedo, no Golfo da Califórnia e na costa do Equador.[11]
A FAO considera a espécie nativa nas costas do Atlântico nordeste e noroeste, em ambas as costas do Atlântico Central, no Mar Mediterrâneo e no Mar Negro, nas costas subtropicais de ambas as margens do Atlântico Sul, no Oceano Índico ocidental e oriental e no noroeste, centro oeste, centro leste e sudoeste do Oceano Pacífico.[1]
Nas regiões subtropicais a espécie ocorre até aos 400 m de profundidade.[1] Prefere águas límpidas e ocorre frequentemente em torno de ilhas e atóis.[12] Apesar de ser por vezes capturado junto à superfície, prefere profundidades entre 40 m e 200 m. A espécie alimenta-se principalmente de zooplâncton.[13]
A espécie é capturada frequentemente na pesca lúdica e desportiva, sendo também relativamente importante no contexto da pesca comercial.[1] Apesar da maioria das capturas se destinarem a uso como isco, pode ser directamente utilizda na alimentação humana, embora sejam conhecidos casos em que transmitiu a ciguatera.[14] Como isco é utilizada na captura dos grandes peixes pelágicos que naturalmente se alimentam da espécie.[15][16]
A espécie é utilizada na preparação de kusaya (くさや?), um prato tradicional das ilhas Izu (伊豆諸島 Izu-shotō?) que consiste numa iguaria confeccionada com peixe fermentado.
Referências
editar- ↑ a b c d e f g «Fishbase.org entry on Mackerel scad». Consultado em 16 de dezembro de 2012
- ↑ Jiménez Prado, P. & P. Béarez, 2004. Peces Marinos del Ecuador continental. Tomo 2: Guía de Especies / Marine fishes of continental Ecuador. Volume 2: Species Guide. SIMBIOE/NAZCA/IFEA
- ↑ «GMA.org entry on Mackerel scad». Consultado em 20 de agosto de 2008
- ↑ a b Smith-Vaniz, W.F., 1986. Carangidae. p. 638-661. In M.M. Smith and P.C. Heemstra (eds.) Smiths' sea fishes. Springer-Verlag, Berlin.
- ↑ a b Randall, J.E. 1996 Caribbean reef fishes. Third edition - revised and enlarged. T.F.H. Publications, Inc. Ltd., Hong Kong. 3rd ed. 368 p.
- ↑ Floeter, S.R., J.L. Gasparini, L.A. Rocha, C.E.L. Ferreira, C.A. Rangel and B.M. Feitoza, 2003. "Brazilian reef fish fauna: checklist and remarks" (updated Jan. 2003) Arquivado em 25 de maio de 2015, no Wayback Machine., Brazilian Reef Fish Project
- ↑ Cervigón, F. 1993 Los peces marinos de Venezuela. Volume 2. Fundación Científica Los Roques, Caracas,Venezuela. 497 p.
- ↑ a b Smith-Vaniz, W.F., J.C. Quéro and M. Desoutter, 1990. Carangidae. p. 729-755. In J.C. Quero, J.C. Hureau, C. Karrer, A. Post and L. Saldanha (eds.) Check-list of the fishes of the eastern tropical Atlantic (CLOFETA). JNICT, Lisbon; SEI, Paris; and UNESCO, Paris. Vol. 2.
- ↑ Smith-Vaniz, W.F., 1986. Carangidae. p. 815-844. In P.J.P. Whitehead, M.-L. Bauchot, J.-C. Hureau, J. Nielsen and E. Tortonese (eds.) Fishes of the north-eastern Atlantic and the Mediterranean. UNESCO, Paris. vol. 2.
- ↑ Smith-Vaniz, W.F., 1984. Carangidae. In W. Fischer and G. Bianchi (eds.) FAO species identification sheets for fishery purposes. Western Indian Ocean fishing area 51. Vol. 1. [pag. var.]. FAO, Rome.
- ↑ Smith-Vaniz, W.F., 1995. Carangidae. Jureles, pámpanos, cojinúas, zapateros, cocineros, casabes, macarelas, chicharros, jorobados, medregales, pez pilota. p. 940-986. In W. Fischer, F. Krupp, W. Schneider, C. Sommer, K.E. Carpenter and V. Niem (eds.) Guia FAO para Identification de Especies para lo Fines de la Pesca. Pacifico Centro-Oriental. 3 Vols. FAO, Rome.
- ↑ Cervigón, F., R. Cipriani, W. Fischer, L. Garibaldi, M. Hendrickx, A.J. Lemus, R. Márquez, J.M. Poutiers, G. Robaina and B. Rodriguez, 1992. Fichas FAO de identificación de especies para los fines de la pesca. Guía de campo de las especies comerciales marinas y de aquas salobres de la costa septentrional de Sur América. FAO, Rome. 513 p. Preparado con el financiamento de la Comisión de Comunidades Europeas y de NORAD.
- ↑ Smith-Vaniz, W.F., 1995. Carangidae. Jureles, pàmpanos, cojinùas, zapateros, cocineros, casabes, macarelas, chicharros, jorobados, medregales, pez pilota. p. 940-986. In W. Fischer, F. Krupp, W. Schneider, C. Sommer, K.E. Carpenter and V. Niem (eds.) Guia FAO para Identification de Especies para lo Fines de la Pesca. Pacifico Centro-Oriental. 3 Vols. FAO, Rome.
- ↑ Coupal, L., E. Bédard, C. Peguero and I.S. Durante 1992 Repertorio ictionímici de la República Dominicana. Fáscículo I : Acanthuridae - Carangidae. LIRD.
- ↑ Randall, J.E. and V.E. Brock 1960 Observations on the ecology of Epinephelinae and lutjanid fishes of the Society Islands, with emphasis on food habits. Trans. Am. Fish. Soc. 89(1):9-16.
- ↑ Sudekum, A.E., J.D. Parrish, R.L. Radtke and S. Ralston, 1991
Ligações externas
editar- (em inglês) Animal Diversity Web : Decapterus macarellus
- Catalogue of Life. Species 2000: Leiden, the Netherlands https://www.catalogueoflife.org/data/search?q=Decapterus+macarellus&type=EXACT Em falta ou vazio
|título=
(ajuda) - Ed. Froese, Rainer; Pauly, Daniel. «"{{{género}}} {{{espécie}}}"». www.fishbase.org (em inglês). FishBase
- «Decapterus macarellus» (em inglês). NCBI
- uBio: Decapterus macarellus (non Cuvier, 1833)
- Decapterus macarellus, (Cuvier, 1833). acedido através de: World Register of Marine Species em [http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=126807.
- http://www.gma.org/fogm/Decapterus_macarellus.htm
- http://www.thejump.net/id/mackerel-scad.htm
- http://www.fishbase.org/summary/SpeciesSummary.php?id=993