Degenerescência macular

doença que causa diminuição acentuada da visão central
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A degeneração macular (português brasileiro) ou degenerescência macular (português europeu), também conhecida como degeneração macular relacionada à idade (DMRI) ou degenerescência macular da idade (DMI), é uma condição médica que provoca perda de visão no centro do campo visual (a mácula), devido a danos na retina.[1][3]

Degenerescência macular
Degenerescência macular
Retina em que se observa degenerescência macular intermédia
Sinónimos Degenerescência macular senil, degeneração macular, degenerescência da mácula, degenerescência macular da idade (DMI), degenerescência macular relacionada com a idade (DMRI)
Especialidade Oftalmologia
Sintomas Perda visual acentuada no centro do campo de visão[1]
Complicações Alucinações visuais[1]
Início habitual Após os 55 anos de idade[1]
Tipos Precoce, intermédia, tardia[1]
Causas Lesões na mácula da retina[1]
Fatores de risco Fatores genéticos, fumar[1]
Método de diagnóstico Exame oftalmológico[1]
Prevenção Exercício, alimentação saudável, não fumar[1]
Tratamento Terapia anti-VEGF intra-vítrea, coagulação laser, terapia fotodinâmica[1]
Frequência 6,2 million (2015)[2]
Classificação e recursos externos
CID-10 H35.30
CID-9 362.50
CID-11 1514301548
DiseasesDB 11948
MedlinePlus 001000
eMedicine 1223154
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Na fase inicial podem não se manifestar sintomas relevantes.[1] À medida que a doença avança, o sintoma mais evidente é a a perda visual gradual no centro do campo de visão, que pode afetar um ou ambos os olhos.[1] Embora não cause cegueira total, a perda de visão central pode fazer com que seja difícil reconhecer rostos, conduzir, ler ou realizar tarefas no dia-a-dia.[1] Em alguns casos podem-se manifestar alucinações visuais sem, no entanto, estarem associadas a doença mental.[1]

Causa e diagnóstico

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A degenerescência macular tem geralmente início a partir dos 55 anos de idade.[1][3] Entre os fatores de risco estão fatores genéticos e fumar.[1] A doença é causada pela degenerescência da mácula da retina.[1] O diagnóstico é realizado com exames oftalmológicos.[1] Em função da gravidade, a degenerescência macular pode ser classificada em precoce, intermédia ou tardia.[1] O tipo tardio pode ainda ser classificado nas formas seca ou húmida, sendo que a forma seca corresponde a 90% dos casos.[1][4]

Prevenção e tratamento

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Entre as medidas de prevenção estão a prática regular de exercício físico, manter uma alimentação saudável e não fumar.[1] Não existe cura ou tratamento capazes de reverter a acuidade visual entretanto perdida.[1] A progressão da forma seca pode ser atrasada com terapia anti-VEGF intra-vítrea ou, ainda que de forma menos comum, com coagulação laser ou terapia fotodinâmica.[1] Os suplementos de vitaminas antioxidantes e sais minerais não aparentam ter qualquer efeito na prevenção do aparecimento da doença.[5] No entanto, esses suplementos podem atrasar a progressão em pessoas que já tenham a doença.[6]

Epidemiologia

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Em 2015 a degenerescência macular afetava 6,2 milhões de pessoas em todo o mundo.[2] Em 2013 foi a quarta causa mais comum de cegueira, apenas atrás das cataratas, parto pré-termo e glaucoma.[7] A doença é mais comum em pessoas com idade superior a 50 anos.[1][4] Nos Estados Unidos, a prevalência da doença é de 0,4% entre os 50 e 60 anos de idade, 0,7% entre os 60 e 70 anos de idade, 2,3% entre os 70 e 80, e cerca de 12% em pessoas com mais de 80 anos.[4]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x «Facts About Age-Related Macular Degeneration». National Eye Institute. Junho de 2015. Consultado em 21 de dezembro de 2015. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2015 
  2. a b GBD 2015 Disease and Injury Incidence and Prevalence Collaborators (outubro de 2016). «Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 310 diseases and injuries, 1990-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015». The Lancet. 388 (10053): 1545–1602. PMC 5055577 . PMID 27733282. doi:10.1016/S0140-6736(16)31678-6 
  3. a b «Degenerescência macular». Instituto CUF. Consultado em 9 de janeiro de 2020 
  4. a b c Mehta S (setembro de 2015). «Age-Related Macular Degeneration». Primary Care. 42 (3): 377–91. PMID 26319344. doi:10.1016/j.pop.2015.05.009 
  5. Evans JR, Lawrenson JG (julho de 2017). «Antioxidant vitamin and mineral supplements for preventing age-related macular degeneration». The Cochrane Database of Systematic Reviews. 7: CD000253. PMC 6483250 . PMID 28756617. doi:10.1002/14651858.CD000253.pub4 
  6. Evans JR, Lawrenson JG (julho de 2017). «Antioxidant vitamin and mineral supplements for slowing the progression of age-related macular degeneration». The Cochrane Database of Systematic Reviews. 7: CD000254. PMC 6483465 . PMID 28756618. doi:10.1002/14651858.CD000254.pub4 
  7. Vos, Theo; Barber, Ryan M.; Bell, Brad; Bertozzi-Villa, Amelia; Biryukov, Stan; Bolliger, Ian; Charlson, Fiona; Davis, Adrian; Degenhardt, Louisa; Dicker, Daniel; Duan, Leilei; Erskine, Holly; Feigin, Valery L.; Ferrari, Alize J.; Fitzmaurice, Christina; Fleming, Thomas; Graetz, Nicholas; Guinovart, Caterina; Haagsma, Juanita; Hansen, Gillian M.; Hanson, Sarah Wulf; Heuton, Kyle R.; Higashi, Hideki; Kassebaum, Nicholas; Kyu, Hmwe; Laurie, Evan; Liang, Xiofeng; Lofgren, Katherine; Lozano, Rafael; et al. (agosto de 2015). «Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 301 acute and chronic diseases and injuries in 188 countries, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013». The Lancet. 386 (9995): 743–800. PMC 4561509 . PMID 26063472. doi:10.1016/s0140-6736(15)60692-4 

Ligações externas

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