Dendrocincla merula badia
Dendrocincla merula badia é uma subespécie de arapaçu-da-taoca, pertencente à família Furnariidae e ao gênero Dendrocincla. Se trata de uma espécie endemica do Brasil.[1]
Dendrocincla merula badia | |||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Estado de conservação | |||||||||||||||
Vulnerável (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
| |||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||
D. merula badia (Zimmer, 1934) |
Área de Ocorrência
editarOcorre na Amazônia Oriental, restrita ao Centro de Endemismo Belém. Habita matas de terra firme e ripárias, normalmente no interior da mata primária com sub-bosque aberto. [2][3]
É encontrado aos casais ou em pequenos bandos e é um seguidor obrigatório de formigas de correição (Eciton burchelli e Labidus praedator), dependendo dessas para encontrar alimento, que consiste em artrópodes e, ocasionalmente, pequenos vertebrados. Também segue porcos-do-mato, capturando as presas afugentadas pelos bandos. Os indivíduos movimentam-se bastante, procurando colunas ativas de formigas de correição, podendo se deslocar vários quilômetros por dia. [2][3]
É dependente de florestas e da presença de formigas de correição, animais que necessitam de grandes áreas preservadas para sobreviver.[3]
Taxonomia
editarDemonstrou, por meio de estudos moleculares, ser reciprocamente monofilética em relação às outras populações da espécie D. merula. Isso justifica a consideração dessa população como pelo menos uma espécie filogeneticamente independente ou como uma unidade evolutiva significativa de importância para a conservação.[4]
Ameaças
editarDegradação do habitat natural, causada principalmente pelo desmatamento e pela expansão agrícola. A fragmentação do habitat também pode estar afetando a população da espécie, pois ela requer áreas contínuas de floresta para sobreviver.[1][2][3]
Referências
editar- ↑ a b c «Dendrexetastes paraensis paraensis». Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade - SALVE. Consultado em 5 de maio de 2024
- ↑ a b c Lees, A. C.; Moura, N. G. de; Santana, A.; Aleixo, A.; Barlow, J.; Berenguer, E.; Ferreira, J.; Gardner, T. A. (2012). «Paragominas: a quantitative baseline inventory of an eastern Amazonian avifauna.». Consultado em 6 de maio de 2024
- ↑ a b c d Da Silva, José Maria Cardoso; Rylands, Anthony B.; Da FONSECA, Gustavo A. B. (junho de 2005). «The Fate of the Amazonian Areas of Endemism». Conservation Biology (em inglês) (3): 689–694. ISSN 0888-8892. doi:10.1111/j.1523-1739.2005.00705.x. Consultado em 6 de maio de 2024
- ↑ «ARA - Atlas de Registros de Aves». ara.cemave.gov.br. Consultado em 18 de maio de 2023