Deus e o Diabo na Terra do Sol
Deus e o diabo na terra do sol é um filme brasileiro de 1964, do gênero drama, dirigido por Glauber Rocha. Considerado um marco do cinema novo, foi gravado em Monte Santo, Bahia.[1] Em novembro de 2015 o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.[2] Foi listado por Jeanne O Santos, do Cinema em Cena, como "clássicos nacionais".[3]
Deus e o Diabo na Terra do Sol | |
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Othon Bastos, em destaque no cartaz do filme. | |
Brasil 1964 • pb • 120 min | |
Género | drama faroeste |
Direção | Glauber Rocha |
Produção | Jarbas Barbosa Luiz Augusto Mendes Glauber Rocha Luiz Paulino dos Santos |
Roteiro | Glauber Rocha Walter Lima Jr. |
Elenco | Geraldo Del Rey Yoná Magalhães Maurício do Valle Othon Bastos |
Música | Sérgio Ricardo |
Cinematografia | Waldemar Lima |
Direção de arte | Paulo Gil Soares |
Figurino | Paulo Gil Soares |
Edição | Rafael Justo Valverde |
Idioma | português |
Foi a escolha oficial do governo brasileiro para representar o país no Festival de Cannes de 1964, tendo sido selecionado pelo festival para a seção oficial, ao lado de Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos.[4] Também foi escolhido para representar o Brasil ao Oscar de melhor filme internacional, na edição do Oscar 1965, porém não conseguiu ficar entre os selecionados.[5]
Sinopse
editarO sertanejo Manoel e sua mulher Rosa levam uma vida sofrida no interior do país, uma terra desolada e marcada pela seca. No entanto, Manoel tem um plano: usar o lucro obtido na partilha do gado com o coronel para comprar um pedaço de terra. Quando leva o gado para a cidade, alguns animais morrem no percurso. Chegado o momento da partilha, o coronel diz que não vai dar nada a Manoel, porque o gado que morreu era dele, ao passo que o que chegou vivo era seu. Manoel se enfurece, mata o coronel e foge para casa. Ele e sua esposa resolvem ir embora, deixando tudo para trás.
Manoel decide juntar-se a um grupo religioso liderado por um santo (Sebastião) que lutava contra os grandes latifundiários e em busca do paraíso após a morte. Os latifundiários decidem contratar Antônio das Mortes para perseguir e matar o grupo.
Elenco
editar- Geraldo Del Rey - Manoel
- Yoná Magalhães - Rosa
- Othon Bastos - Corisco
- Maurício do Valle - Antônio das Mortes
- Lídio Silva - Sebastião
- Sônia dos Humildes - Dadá
- Roque Santos - Cego Júlio
- João Gama - Padre
- Antônio Pinto - Coronel da Região
- Milton Rosa - Coronel Moraes
Principais prêmios e indicações
editarFestival de Cannes 1964 (França)
- Indicado ao Grand Prix (Palma de Ouro).
Referências
- ↑ Cinemateca Brasileira
- ↑ André Dib (27 de novembro de 2015). «Abraccine organiza ranking dos 100 melhores filmes brasileiros». Abraccine. abraccine.org. Consultado em 26 de outubro de 2016
- ↑ Jeanne O Santos. «Clássicos nacionais». Cinema em Cena. CartaCapital. Consultado em 29 de junho de 2019
- ↑ Atílio Avancini e Juliana Penna. «Antologia da Crítica Cinematográfica em Vidas Secas». Revista Brasileira de História da Mídia. Consultado em 13 de março de 2021
- ↑ «Desde 1960, relembre filmes que tentaram vaga brasileira no Oscar». G1. 13 de março de 2021. Consultado em 28 de junho de 2017