Diário de uma Criada de Quarto
romance de Octave Mirbeau publicado em 1900
Nota: Para outros significados, veja Journal d'une femme de chambre.
Diário de uma criada de quarto – em francês Le Journal d'une femme de chambre – é um romance do jornalista, panfletário, crítico de arte, romancista e autor dramático francês Octave Mirbeau, publicado em 1900, durante o Caso Dreyfus[1].
Le Journal d'une femme de chambre | |
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Diário de uma Criada de Quarto [PT] | |
Diário de uma criada de quarto | |
Autor(es) | Octave Mirbeau |
Idioma | Língua francesa |
País | França |
Lançamento | 1900 |
Páginas | 324 |
Edição portuguesa | |
Tradução | Adelino dos Santos Rodrigues |
Editora | Minerva |
Lançamento | 1973 |
Comentários
editarMirbeau estigmatiza a escravidão dos tempos modernos, a domesticidade, e exibe os segredos repugnantes da burguesia. Antes de Jean-Paul Sartre, ele suscita angústia existencial e náusea[2].
Retrato fiel da época, este romance conta a história de Celestina, criada de quarto atraente e autora muito lúcida do diário, e confronta duas classes que se odeiam e desprezam mutuamente: a burguesia corrupta e a criadagem explorada, cuja condição humana sempre se nega[3].
Adaptações cinematográficas
editar- Дневник горничной (Mikhail Martov, Rússia, 1916).
- Diary of a Chambermaid (Jean Renoir, Estados Unidos, 1946).
- Le journal d'une femme de chambre (Luis Buñuel, França, 1964).
- Journal d'une femme de chambre (Benoît Jacquot, França, 2015).
Citações
editar- "Hoje, 14 de Setembro, às três da tarde, por um tempo ameno, cinzento e chuvoso, dei entrada no meu novo emprego. Em dois anos, é já o décimo segundo. Já não falo dos que tive nos anos anteriores. Não tinham conto possível. Bem me posso gabar de ter visto por dentro muita casa, muita cara... muita alma imunda..."
- "A adoração do milhão !... É um sentimento baixo, comum não só aos burgueses, mas também à maior parte de nós, os pequenos, os humildes, os que não têm onde cair mortos neste mundo."
Referências
- ↑ Octave Mirbeau, L’Affaire Dreyfus, Librairie Séguier, 1991.
- ↑ Pierre Michel, « Le Journal d'une femme de chambre, ou voyage au bout de la nausée », Éditions du Boucher, 2001, pp. 3-31 ; Pierre Michel, Jean-Paul Sartre et Octave Mirbeau, Société Octave Mirbeau, 2005, 67 p.
- ↑ Annie Rizk, « De Mirbeau à Genet – Les bonnes et le crime en littérature », Cahiers Octave Mirbeau, n° 17, 2010, p. 68-76 ; Anita Staron, « “La servitude dans le sang”. L'image de la domesticité dans l'œuvre d'Octave Mirbeau », Statut et fonctions du domestique dans les littératures romanes, Wydawnictwo UMCS, Lublin, 2004, p. 129-140.
Ligações externas
editar- «Le Journal d'une femme de chambre» (PDF) (em francês).
- «Pierre Michel, preâmbulo de Le Journal d'une femme de chambre» 🔗 (PDF) (em francês).
- Maria Carrilho-Jézéquel, « Rhétorique de la satire dans Le Journal d'une femme de chambre », Cahiers Octave Mirbeau, n° 1, 1994, p. 94-103 (em francês).
- Maria Carrilho-Jézéquel, « La Tentation du grotesque dans Le Journal d'une femme de chambre », Cahiers Octave Mirbeau, n° 4, 1997, p. 250-256 (em francês).
- Serge Duret, « Le Journal d’une femme de chambre, ou la redécouverte du modèle picaresque », Cahiers Octave Mirbeau, Predefinição:N°2, 1995, p. 101-124 (em francês).
- Serge Duret, «Le Journal d’une femme de chambre œuvre baroque ? », Cahiers Octave Mirbeau, Predefinição:N°4, 1997, p. 236-249 (em francês).
- Mateus Kacowicz, Preâmbulo de O Diario de uma camereira, Xenon, 2016.