Arquidiocese de Chapecó

Circunscrição eclesiástica católica romana no Brasil
(Redirecionado de Diocese de Chapecó)

A Arquidiocese de Chapecó (Archidioecesis Xapecoënsis) é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no Brasil, no estado de Santa Catarina. Pertence ao Conselho Episcopal Regional Sul IV da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sendo metropolitana das Dioceses de Caçador, Lages e Joaçaba. A sé episcopal está na catedral de Santo Antônio de Pádua, na cidade de Chapecó, no estado de Santa Catarina.[1]

Arquidiocese de Chapecó
Archidiœcesis Xapecoënsis
Arquidiocese de Chapecó
Catedral Metropolitana Santo Antônio de Pádua
Localização
País  Brasil
Dioceses sufragâneas Caçador
Joaçaba
Lages
Estatísticas
Área 15 663 km²
Informação
Rito Romano
Criação da diocese 14 de janeiro de 1958 (67 anos)
Elevação a arquidiocese 5 de novembro de 2024 (3 meses)
Catedral Catedral Santo Antônio de Pádua
Padroeiro Santo Antônio de Pádua
Governo da arquidiocese
Arcebispo Odelir José Magri
Vigário-geral Padre Ademir Rubini
Jurisdição Arquidiocese
Outras informações
Página oficial http://www.diocesechapeco.org.br
Mapa
Mapa da área da arquidiocese
dados em catholic-hierarchy.org

Abrange 41 municípios do oeste catarinense:

Abelardo Luz, Anchieta, Caibi, Campo Erê, Caxambu do Sul, Chapecó, Coronel Freitas, Cunha Porã, Descanso, Dionísio Cerqueira, Faxinal dos Guedes, Galvão, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Iporã do Oeste, Ipuaçu, Ipumirim, Itá, Itapiranga, Maravilha, Modelo, Mondaí, Nova Itaberaba, Palma Sola, Palmitos, Pinhalzinho, Quilombo, Romelândia, São Carlos, São Domingos, São João do Oeste, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Saudades, Seara, Tunápolis, Vargeão, Xanxerê, Xavantina e Xaxim (46 paróquias).[2]

Histórico

editar

A Diocese de Chapecó foi erigida canonicamente pelo Papa Pio XII, por meio da Constituição Apostólica Palmensis - Lagensis (Palmensis et Xapecoënsis), de 14 de janeiro de 1958,[3] também designada como bula Quoniam venerabilis Frater. Seu território é oriundo do desmembramento de áreas da Diocese de Lages e da então Prelazia de Palmas.[1]

Em 5 de novembro de 2024, o Papa Francisco elevou a Diocese de Chapecó a Arquidiocese metropolita, atribuindo-lhe como sufragâneas as dioceses de Caçador, Joaçaba e Lages.[4]

Bispos

editar
Nome Período Notas
Arcebispos
Odelir José Magri, M.C.C.J. 2024- Atual
Bispos
Odelir José Magri, M.C.C.J. 2015-2024 Elevado a Arcebispo
Manoel João Francisco 1998-2014 Nomeado bispo de Cornélio Procópio
José Gomes 1968-1998 Renunciou por limite de idade
Wilson Laus Schmidt 1962-1968 Renunciou. Nomeado bispo titular de Sínada na Mauritânia
José Thurler 1959-1962 Nomeado Bispo coadjutor de Sorocaba

Controvérsia

editar

Em 9 de fevereiro de 2025, durante a missa de instalação da Arquidiocese de Chapecó na Catedral Santo Antônio, ocorreu um incidente que gerou controvérsia. Vivian Schwanke De Oliveira, ministra da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), participou da celebração vestindo túnica e estola azul, acompanhando padres e bispos na procissão de entrada. Ela permaneceu no presbitério, participou ativamente da consagração eucarística e recebeu a comunhão.[5]

De acordo com o Código de Direito Canônico da Igreja Católica, especificamente o cânon 908, é proibido aos sacerdotes católicos concelebrar a Eucaristia juntamente com ministros de Igrejas ou comunidades eclesiais que não estão em plena comunhão com a Igreja Católica. Além disso, o cânon 844 estabelece que os ministros católicos só podem administrar licitamente os sacramentos aos fiéis católicos, que, por sua vez, somente os recebem licitamente dos ministros católicos.[5]

O arcebispo de Chapecó, dom Odelir José Magri, que presidiu a celebração, destacou o caráter ecumênico do evento, mencionando a presença de autoridades religiosas de diferentes denominações, incluindo a ministra da IEAB e um pastor da Igreja Renovar em Cristo. Após a repercussão do ocorrido, dom Odelir emitiu uma nota de esclarecimento informando que comunicou à Nunciatura Apostólica no Brasil sobre as circunstâncias do incidente, classificando-o como uma violação inadvertida das normas litúrgicas. Ele reafirmou o compromisso da arquidiocese com a ortodoxia doutrinal e a prática litúrgica correta, comprometendo-se a evitar erros futuros.[5]

Referências

  1. a b Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (2009). Anuário Católico do Brasil. 2009/2010 12 ed. Brasília: CERIS; CNBB; CRB. p. 1300-1304. 1424 páginas 
  2. «A História» 
  3. Pius XII (1958). «Constitutio Apostolica Palmensis - Lagensis (Palmensis et Xapecoënsis». Acta Apostolicae Sedis (em latim). 50 (11): 507-510 
  4. «Erezione delle Province Ecclesiastiche di Joinville e di Chapecó (Brasile)» (em italiano). Sala de Imprensa da Santa Sé, Rinunce e nomine, 05.11.2024 
  5. a b c Digital, A. C. I. «Ministra anglicana concelebra missa de instalação da arquidiocese de Chapecó e comunga». ACI Digital. Consultado em 14 de fevereiro de 2025 

Ligações externas

editar